Pai de vereador pode dar nome à unidade de saúde

por Assessoria Comunicação publicado 08/11/2006 19h45, última modificação 14/06/2021 09h00
Projeto do líder do prefeito na Câmara de Curitiba, vereador Mario Celso Cunha (PSDB), que denomina de José Roberto Hinça a Unidade de Saúde Rio Bonito foi aprovado na sessão plenária desta quarta-feira (08), por unanimidade.
“Vou falar de uma pessoa de bem que nos deixou uma série de exemplos de vida e lembranças de bons atos para seus filhos e que, apesar da vida difícil, sempre lutou com dignidade”, disse Mario Celso, ao justificar a iniciativa.
Exemplo de vida
O homenageado nasceu na Lapa, onde viveu até os 18 anos. Desde pequeno ajudava seus pais na lavoura. Ativo, curioso e autodidata, foi aprendendo outras atividades, como lidar com eletricidade. “O espírito de solidariedade sempre foi traço marcante na personalidade de Hinça”, explicou o vereador, afirmando que o homenageado sempre se preocupou com a saúde dos colegas, parentes e vizinhos, sendo  chamado para ajudar aos que necessitavam de socorros médicos.
Aos 18 anos, mudou-se com a família para Araucária, onde trabalhou como gerente de indústria têxtil e, à noite, era locutor na rádio Cambijú. Casou-se  com Lindamir Pilato, com quem teve cinco filhos, entre eles o vereador Joacir Roberto Hinça (caçula). Com  dificuldades financeiras, ensinou-lhes o caminho da luta, da dignidade, honestidade e princípios cristãos.
Em 1964, através de concurso, ingressou no Departamento de Estradas de Rodagem (DER), como motorista de caminhão, trabalhando até se aposentar.
Curitiba
Em 1968, mudou-se com a família  para o bairro de Campo de Santana, em Curitiba, lugar pobre, carente de infra-estrutura  e sem unidade de saúde. A partir daí, a população começou a procurá-lo para pedir auxílio, passando a ser chamado de "enfermeiro da região".
Aos 23 anos, talvez por excesso de trabalho, preocupações e renda muito pequena para atender sua família, sofreu o primeiro enfarte numa seqüência de cinco. Mesmo debilitado, fazia bicos como eletricista. Sempre esteve ligado à Igreja do Rocio de Campo de Santana, ajudando na construção do salão paroquial e ginásio de esportes em mutirões com demais moradores do bairro, inclusive na mão-de-obra.
“Lutou muito pela região, pedindo incansavelmente obras e melhorias. Sempre com esperança liderava e conclamava o apoio dos moradores para seus anseios”, lembrou Mario Celso, acrescentando que sua alegria contagiava a todos.