Em votação unânime, os vereadores aprovaram nesta terça-feira (13) o título de cidadão honorário de Curitiba ao padre Renaldo Amauri Lopes, diretor-presidente do Pequeno Cotolengo do Paraná (006.00012.2016). Natural de Florianópolis (SC), o homenageado tem 49 anos de idade e, desde 1988, é missionário em diversas ações sociais da Congregação São Luís Orione.

Sete parlamentares enalteceram o trabalho social do Pequeno Cotolengo, que acolhe hoje mais de 200 pessoas com deficiências, em estado de abandono ou em situação de risco, e a trajetória de vida do padre. “De família pobre, foi jardineiro, catador de frutos do mar e vendedor de picolé antes de ingressar no seminário, aos 18 anos. Desde então dedica a vida aos mais pobres”, destacou o autor do projeto de Cidadania Honorária. Lopes já fez trabalho social no Uruguai, no Cabo Verde e em uma comunidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, vulnerabilizada pelo tráfico de drogas.

O vínculo do padre Renaldo Lopes com o Paraná, explicou o vereador, dura mais de 25 anos. Em 1990, o homenageado cursou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Antes, em 1986, fez o Ensino Médio na região metropolitana, em Quatro Barras, no Instituto Pio XII. Ele voltou ao município em 1997. Em 2001, foi transferido para a igreja do bairro Santa Quitéria, na capital, onde passou sete anos. No ano passado, quando voltou de Dourados, passou a trabalhar no Pequeno Cotolengo.

“O trabalho no Pequeno Cotolengo se deve aos idealistas que lá estão todos os dias, aos voluntários que apoiam a instituição”, “homenagear o padre [Renaldo Lopes] é homenagear a instituição, que serve de exemplo para outras cidades”, “quem não conhece o trabalho do Pequeno Cotolengo devia ir lá, devia conhecer”, disseram vereadores durante a aprovação da Cidadania Honorária. O diretor-presidente da instituição acompanhou a votação em plenário. Nesta quarta-feira (14), o projeto de lei estará novamente na pauta, para a votação em segundo turno.

Segundo turno
O plenário confirmou, nesta terça-feira (13), em votação de segundo turno, o título de cidadão honorário ao cônsul-geral do Japão em Curitiba, Toshio Ikeda (006.00014.2016). Advogado e diplomata, o homenageado chegou a Curitiba em abril de 2014, com o trabalho de ampliar a cooperação entre o Japão e o Brasil (leia mais). Os títulos, no entanto, só serão entregues após o período eleitoral.

Restrições eleitorais
Durante o período eleitoral, nas notícias divulgadas pela Câmara de Curitiba, ficará restrita ao SPL (Sistema de Proposições Legislativas) a informação sobre a autoria das peças legislativas – projetos de lei, requerimentos ao Executivo, pedidos de informação, moções e sugestões, por exemplo. Dos 38 parlamentares atuais, 32 são candidatos à reeleição – logo restrições também ocorrerão na cobertura do plenário e das comissões temáticas, para que a comunicação pública do órgão não promova o desequilíbrio do pleito. A instituição faz isso em atendimento às regras eleitorais deste ano, pois serão escolhidos a chefia do Executivo e os vereadores da próxima legislatura (2017-2020).