Outubro Rosa: iniciativa leva diagnóstico a funcionários da Câmara
O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no Brasil e no mundo, atrás apenas do câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é que 60 mil novos casos sejam diagnosticados no país, em 2018. Pensando nisso, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC), em parceria com o Sesi e a Fiep, promove entre os dias 23 e 24 de outubro ações voltadas à prevenção e conscientização ao câncer de mama, em alusão ao Outubro Rosa, campanha mundial de alerta à doença.
Nesses dois dias, entre as 9h e as 17h, exames serão realizados na unidade móvel do Cuide-se Mais, um caminhão que ficará no estacionamento do Anexo III da Câmara. A iniciativa é voltada para servidores efetivos, comissionados, terceirizados e estagiários. A mamografia é realizada a partir dos 40 anos (ou dos 35, se há sintomas ou casos na família). O papanicolau (que detecta o câncer de colo do útero) e as avaliações de pele não têm restrições de idade. O diagnóstico do câncer de próstata é ofertado a homens, via coleta de sangue (para verificar a dosagem do PSA). É pré-requisito ter agendado o atendimento, que neste ano somaram 193 pedidos.
A vinda da equipe do Cuide-se Mais foi uma articulação do Setor de Medicina e Saúde Ocupacional (SMSO) da Câmara de Vereadores com o apoio do vereador Dr. Wolmir Aguiar (PSC). É dele a autoria da lei municipal 15.082/2017, que incluiu no calendário oficial de Curitiba o Outubro Rosa. Segundo o parlamentar, a ideia do mês alusivo surgiu nos Estados Unidos na década de 1990, quando se iniciou a conscientização sobre a realização da mamografia. Também foi nessa época em que se realizaram as primeiras ações como a distribuição de fitinhas de cor rosa e a iluminação de prédios e monumentos com a mesma cor. No Brasil, a tradição iniciou em 2002.
De acordo com a chefe do SMSO, Liege da Fonseca Rocha, a realização de medidas preventivas dentro do ambiente de trabalho dos servidores aumenta o alcance da conscientização e facilita o acesso ao diagnóstico precoce. “São exames muito importantes para a saúde da mulher, para serem feitos não só no Outubro Rosa. Aí incluímos o papanicolau uma vez ao ano [para diagnóstico de câncer de colo de útero] e a mamografia a cada dois anos, a partir dos 35 anos de idade”, explica Liege.
Segundo o Instituto de Oncologia do Paraná (IOP), um câncer descoberto no estágio inicial aumenta em até 90% a chance de cura. Por isso, principalmente a partir dos 50 anos de idade, a mamografia de rotina é recomendada. Conforme o Ministério da Saúde, nos últimos 20 anos, apenas países desenvolvidos mostraram redução na mortalidade causada por câncer de mama. O órgão atribui aos programas de controle do câncer, especialmente de ações voltadas à detecção precoce e tratamento, as razões determinantes para essa redução.
Conforme o Ministério da Saúde, muitos fatores podem aumentar as chances de se desenvolver câncer de mama, como a obesidade, o consumo de bebida alcoólica, exposição frequente a radiações, histórico hormonal e reprodutivo, uso prolongado de contraceptivos orais além de fatores hereditários.
Além disso, o Ministério preconiza, como medidas preventivas, se manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas para reduzir o risco de câncer de mama. Os principais sinais ou sintomas que podem indicar a doença são caroço (nódulo) fixo e geralmente indolor, alterações no bico do peito ou saída de líquido anormal das mamas, pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço. “Se perceber qualquer alteração no aspecto do seio ou dor, a mulher deve procurar atendimento médico”, alerta Liege da Fonseca.
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