Organizadores da Smart City Expo querem projeto piloto em Curitiba
Depois de homenagear os organizadores da Smart City Expo Curitiba em março, nesta quarta-feira (2) a Câmara Municipal recebeu os sócios da empresa paranaense iCities, que organizou o evento, para a Tribuna Livre: André Telles, Roberto Marcelino, Eduardo Marques e Caio Castro. O convite partiu do vereador Professor Euler (PSD), um dos autores dos votos de louvor e congratulações aos jovens (076.00010.2018). “Estamos à disposição do município para pensar em conjunto um projeto piloto, que seja uma rua, um bairro”, disse Telles.
“[A ideia é] a criação de um ecossistema inteligente para fornecer soluções aos clientes finais”, afirmou o empresário, que ao lado de Roberto Marcelino fundou a empresa, em 2012. Marques e Castro entraram na iniciativa em 2015. “Mesmo os vereadores, quem tiver interesse por determinado tema, por um assunto no qual a gente possa ajudar, estamos à disposição”, completou André Telles, dizendo que é comum, nas cidades que recebem o evento, a implementação de soluções. “É o que temos visto em Casablanca, Istambul, Buenos Aires”, exemplificou Marcelino.
Os empresários são os representantes no país do evento Smart City Expo, o maior do gênero no mundo, que começou na Espanha graças ao Fira de Barcelona – um consórcio espanhol do qual participam a prefeitura da cidade, a Câmara de Comércio de Barcelona e o governo da Catalunha. Neste ano, foi a primeira vez que se realizou o evento no Brasil. A atividade combinou um congresso mundial sobre "cidades inteligentes" – as "smart cities", em inglês – com uma feira, na qual 22 empresas brasileiras e estrangeiras apresentaram seus projetos para o futuro das cidades no mundo.
“Já está certo que em março de 2019 será realizada a 2ª edição”, disseram os sócios da iCities. “Devemos trazer grandes nomes ano que vem”, adiantou Roberto Marcelino, que relatou haver conversas sobre isso com gerentes da Hiperloop, empresa do grupo dirigido por Elon Musk, da Tesla, que neste ano abriu sua primeira unidade no Brasil, em Contagem (MG).
“Somos uma empresa que está bem próxima do poder público, pois ele precisa fomentar as iniciativas [de inovação]. E por termos acesso a soluções já testadas, estamos também muito próximos das universidades, dos centros de pesquisa”, relatou Eduardo Marques, para quem uma forma da entes públicos ajudarem seria adotarem projetos de dados abertos. “Especialmente em relação à saúde e à educação, pois traríamos soluções mais assertivas”.
Caio Castro, nesse argumento, defendeu que a tecnologia não é fim nela própria, mas um meio, “uma ferramenta para dar melhor qualidade de vida aos cidadãos”. Além de Euler e Serginho do Posto (PSDB), presidente da Câmara Municipal, fizeram perguntas aos empresários os vereadores Felipe Braga Côrtes (PSD), Bruno Pessuti (PSD), Noemia Rocha (PMDB), Pier Petruzziello (PTB), Thiago Ferro (PSDB), Goura (PDT) e Mauro Bobato (Pode). Os parlamentares sugeriram que as demandas da iCities sejam concentradas na Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e Tecnologia da Informação, de forma a estreitar a troca de informações entre o Legislativo e a empresa.
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