"Obras concluídas dentro do cronograma", afirma secretário da Copa

por Assessoria Comunicação publicado 04/06/2014 15h30, última modificação 24/09/2021 10h01
“O grande legado para Curitiba começa com as obras do PAC da Copa. A cidade é a capital brasileira que mais soube aproveitar esses investimentos. E com um detalhe: todas foram concluídas dentro do cronograma.” A afirmação é do secretário municipal extraordinário da Copa de 2014, Reginaldo Luiz Cordeiro, durante a Tribuna Livre da Câmara Municipal desta quarta-feira (4).

O convidado reconheceu que, em 2013, a atual gestão assumiu a Prefeitura de Curitiba com obras atrasadas. Para ele, a cidade só as entregou no prazo porque foram criadas uma comissão executiva e um comitê gestor. “Entendemos que era impossível uma única secretaria dar conta de tantos compromissos. Por isso, envolvemos outras pastas para direcionar as ações e propor investimentos em outras áreas. Isso tudo para termos tranquilidade na matriz de responsabilidade”.

Ainda segundo Cordeiro, que também responde por Urbanismo, outro grande legado para a cidade – e a atual gestão municipal – é que o Mundial ensinou sobre a importância do trabalho unido e integrado. “Tivemos muita habilidade, rapidez e entendimento para realizar essa integração. Não só entre os órgãos municipais, como estaduais e federais”, complementou (com sonora).

O legado material

Os principais projetos do PAC da Copa concluídos são o corredor aeroporto-rodoferroviária, onde foram investidos R$ 151 milhões; a implantação do Sistema Integrado de Monitoramento (SIM), que custou R$ 61 milhões; e a extensão da Linha Verde Sul, R$ 20 milhões. A prefeitura também alocou recursos na revitalização da praça Afonso Botelho, ao lado da Arena da Baixada.

“Foram investidos R$ 2 milhões na revitalização do entorno da Arena. Na última segunda [2 de junho] também entregamos à população a requalificação da rodoferroviária, em pleno funcionamento”, disse Reginaldo Cordeiro. O secretário, no entanto, não informou quanto foi aplicado na reforma do Estádio Joaquim Américo, que terá a capacidade para 41.638 torcedores durante o Mundial.

De acordo com Suzana Costa, técnica da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), toda a mobilidade urbana foi pensada com base na origem da venda dos ingressos para os jogos na Arena – que ocorrem nos dias 16 (Irã x Nigéria), 20 (Honduras X Equador), 23 (Austrália x Espanha) e 26 (Argélia x Rússia). Do total de entradas vendidas até o momento, 65% são de residentes em Curitiba.

O legado imaterial

Na Tribuna Livre, a Secopa também apresentou o legado imaterial para a capital paranaense. Segundo Aline Pinto, técnica da pasta, a Copa do Mundo consolida Curitiba para a realização de grandes eventos e promove a cidade nacional e internacionalmente. “Tanto a prefeitura, quanto as empresas investiram na capacitação e qualificação profissional. Queremos e vamos receber bem os turistas”, completou.

A valorização do voluntariado foi outro aspecto apontado em plenário. Conforme dados da secretaria, cerca de duas mil pessoas serão voluntárias durante os jogos. Além disso, quatro projetos sociais foram viabilizados mediante parceria com patrocinadores oficiais do evento, entre eles o “Taxista Amigo do Turista” e o “Caminhos da Copa”.

A Prefeitura de Curitiba ainda criou o Comitê de Proteção Integral dos Direitos de Crianças e Adolescentes no Contexto de Grandes Eventos, com o objetivo de articular projetos e ações de garantia desses direitos. O colegiado é formado por representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Dúvidas dos parlamentares

Na rodada de perguntas dos vereadores, Felipe Braga Côrtes (PSDB) indagou sobre como está a situação da desapropriação de terrenos no entorno da Arena da Baixada. De acordo com Reginaldo Cordeiro, o Atlético Paranaense tem até 31 de dezembro para repassar os imóveis à prefeitura. “Os títulos do potencial construtivo do estádio já estão à venda no mercado imobiliário”, completou.

Mestre Pop (PSC), por sua vez, perguntou por que o estádio não tem internet gratuita (wi-fi) para os torcedores. O secretário respondeu que a oferta do serviço não está entre as obrigações da FIFA ou do comitê organizador do mundial. Questionado por Zé Maria (SDD) se a Arena da Baixada está adaptada para receber pessoas com deficiência, o convidado afirmou que solicitará à FIFA uma agenda para que a Comissão de Acessibilidade possa fiscalizar a reforma do estádio antes do início dos jogos.

Também participaram do debate os vereadores Chico do Uberaba (PMN), Helio Wirbiski (PPS), Valdemir Soares (PRB), Mauro Ignácio (PSB), Aldemir Manfron (PP), Professora Josete (PT) e Sabino Picolo (DEM).