Obra da BR-476 é discutida com técnicos

por Assessoria Comunicação publicado 28/09/2006 17h25, última modificação 11/06/2021 08h55
“O que interessa para os moradores é a economia de tempo e a segurança.” A afirmação é do primeiro vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Jair Cézar (PTB), durante reunião realizada nesta quarta-feira (27), no Colégio Aníso Teixeira, no Atuba, quando foi debatida a duplicação da BR-476, a Estrada da Ribeira, no trecho de Curitiba. Estavam presentes o presidente da Comec, Alcidino Bittencourt Pereira, e o engenheiro José Álvaro Twardowski, do Ippuc, responsável pelo sistema viário da cidade. A obra, segundo o parlamentar, prejudicará os moradores da Vila Esperança, Asa Branca, Planta Tabajara e Campo Alto, que ficarão sem saída.
Jair Cézar sugere a construção de rótula na entrada da Vila Esperança. “Não há retorno para que se faça conversão à esquerda. Os usuários terão que se deslocar dois quilômetros da capital para acesso aos bairros”, disse o vereador, para quem a benfeitoria foi aguardada durante muito tempo e, agora, está sendo executada de uma forma que trará prejuízos ao comércio, estudantes e usuários das linhas de ônibus, já que será uma rodovia de alta velocidade”.
Esclarecimentos
Alcidino Bitencourt afirmou que, nos 75 quilômetros do trecho, serão construídos 16 terminais, que darão condições mais dignas aos moradores. “Estamos aqui para prestar esclarecimentos e fazer as adaptações necessárias aos problemas que nos forem colocados”, disse, acrescentando que o programa leva em consideração as necessidades da comunidade .
Ao detalhar o projeto, o engenheiro Valter Fannini, da Comec, lembrou que a via era muito antiga e não tinha condições de assumir as novas funções de corredor de ônibus e de escoamento de carga. De acordo com Fanini, a rodovia passará a ter seis pistas, calçada iluminada entre elas, além de uma via marginal com calçada e iluminação, proporcionando segurança aos pedestres e acabando com o problema do trânsito. “A falta de barreiras é que torna a conversão perigosa. Com a construção da marginal, os bairros vão ter um acesso exclusivo específico”, justificou. Já para a saída dos bairros, o engenheiro afirmou que os usuários têm que ir até a Rua Antônio de Cristo, onde podem optar pela BR-116 ou a marginal. No local, existe um bolsão com capacidade de espera e sinalização de semáforos.
O vereador Jair Cézar argumentou, porém, que as ruas Antônio de Cristo, Ricardo Gonçalves Junior e Durvalina Fernandes, que escoariam o tráfego da marginal, não têm estrutura adequada e que seriam necessárias melhorias. Os líderes comunitários Luiz Osnick e Paulinho do videokê reiteraram a afirmação.
Ippuc
Para o engenheiro José Álvaro Twardowski, o poder público tem de garantir a acessibilidade, já que é um direito constitucional. Ressaltou a falta de recursos para a construção de trincheiras e passarelas e disse que os bolsões de espera e semáforos garantem a mobilidade. Lembrou, ainda, que a Rua Alcindo Fanaya também pode ser utilizada como ligação. Acatou, porém, a reivindicação de Jair Cézar, prometendo oferecer sugestões.
Nova reunião
Nova reunião deve ocorrer em 20 dias, quando o presidente da Comec deve apresentar solução para o pedido de Jair Cézar, também aceito pela comunidade.