O grande erro de Requião

por Assessoria Comunicação publicado 11/04/2007 16h10, última modificação 16/06/2021 06h35
Uma grande revolta tomou conta da família atleticana ao saber que o governador Roberto Requião atendeu um pedido do diretor da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, e assinou um documento para a CBF indicando o Estádio do Pinheirão como sub-sede para a Copa do Mundo, caso o Brasil seja o indicado pela Fifa para sediar a competição em 2014.
Os deputados estão se mobilizando na Assembléia Legislativa, visando elaborar um protesto oficial contra esta decisão. O presidente do Clube Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia, está revoltado com a indicação e afirmou que vai lutar com todas as armas para reverter este quadro, considerando que a Arena do rubro-negro tem condições de sediar a Copa, inclusive com os projetos que serão executados até 2014.
Na Câmara Municipal de Curitiba, os vereadores também estão empenhados em mostrar ao governador e ao presidente da CBF o equívoco que é apontar um estádio com tantos problemas, caso do Pinheirão, para ser uma sub-sede. O vereador Mario Celso Cunha (PSDB), líder do prefeito Beto Richa na Casa, afirmou que, “apesar de atleticano, o governador Roberto Requião não acompanha futebol e deve ter sido sugestionado por terceiros, interessados em prejudicar o Atlético Paranaense. Com certeza ele foi ingênuo ao encaminhar esta indicação. Foi uma traição aos seus melhores auxiliares, casos de Doático Santos e do seu fiel amigo deputado Alexandre Curi, além do presidente da Assembléia, Nelson Justus, todos atleticanos, empenhados há muitos anos nesta luta para colocar a Kyocera Arena como sub-sede do mundial”.
Os vereadores de Curitiba assinaram um documento para protestar contra a decisão, com uma justificativa onde demonstram as diferenças entre os dois estádios do conflito. Mario alegou que “o Gomyde foi inteligente, como conselheiro do Coritiba, em abalar as estruturas atleticanas, armando a cilada para o governador entrar numa fria”. Os parlamentares querem saber também das dívidas da Federação Paranaense de Futebol, que administra o Pinheirão. Inclusive, a situação da penhora do estádio por dívidas de IPTU e INSS, além de fraudes com diversos credores, que, segundo órgãos da imprensa esportiva, chega a R$ 15 milhões. A localização do Pinheirão é outro fator negativo, já que à noite o nevoeiro toma conta da região e o lençol freático faz com que as enchentes no local sejam constantes, impossibilitando até a passagem de atletas pelos túneis.