Novo coronavírus: vereadores discutem EPIs para Saúde e Educação
por Fernanda Foggiato
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publicado
11/05/2020 21h10,
última modificação
26/08/2020 00h54
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba.
Temas relacionados à pandemia da covid-19 foram discutidos na sessão desta segunda-feira. (Foto: Carlos Costa/CMC)
Em pronunciamentos no pequeno expediente da sessão plenária da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta segunda-feira (11), diversos vereadores comentaram temas relacionados à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Dentre eles, a diminuição dos índices de isolamento social, decisão liminar sobre o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos servidores da Saúde e a distribuição de kits de alimentação para alunos da rede municipal.
Segundo a líder da oposição, Noemia Rocha (MDB), a queda nos índices de isolamento social “mostra resistência [da população] e preocupa muito, porque vem o avanço da doença”. Ela alertou que a covid-19 não atinge apenas idosos e à valorização dos servidores da saúde pública, “à frente desta batalha, desta guerra”. A vereadora comentou decisão liminar da 5ª Vara da Fazenda Pública, em favor do Sindicato dos Servidores Municipais de Enfermagem de Curitiba (Sismec), na última sexta-feira (8), para o fornecimento de EPIs e o afastamento imediato de servidores do grupo de risco (60 anos ou mais, além dos portadores de doenças crônicas).
“Se nossos servidores da Saúde estão tendo dificuldade para ter acesso aos EPIs, imagina nas outras áreas”, declarou Professora Josete (PT). Para ela, a entrega dos kits de alimentação, a partir desta segunda, para alunos das escolas municipais, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e Centros de Educação Infantil (CEIs) conveniados à Prefeitura de Curitiba deveria ter sido melhor organizada pela Secretaria Municipal da Educação (SME). “A preocupação agora é que não existem EPIs para o atendimento às famílias. Estamos colocando em risco tanto as servidoras e servidores das escolas quanto os pais e as mães”, afirmou.
Na avaliação de Ezequias Barros (PMB), emendas parlamentares alocadas para eventos, que devido à proibição de aglomerações não terão como ser realizados neste ano, poderiam ser realocadas para a compra de EPIs. Ele fez a sugestão após agradecer a prefeitura pela revitalização da rua Pedro Zagonel, uma solicitação de seu gabinete, e de outras obras no bairro Novo Mundo. Mesmo com as restrições orçamentárias pelo combate à covid-19, defendeu, muito tem sido feito pela cidade.
Outros temas
Toninho da Farmácia (DEM) avaliou que muitas pessoas não estão adotando o adequado isolamento e distanciamento social. Também alertou aos cuidados necessários para se evitar a propagação da covid-19, como o uso de máscaras. De acordo com ele, a região da CIC já registrou óbitos pela doença. “É uma situação grave, uma situação séria e tem muita gente que está brincando. O que a gente pede é que as pessoas tenham consciência, não estamos pedindo que as pessoas deixem de trabalhar”, pontuou.
Osias Moraes (Republicanos) parabenizou o Governo do Paraná pelo programa Comida Boa, auxílio emergencial de R$ 50 a famílias em situação de vulnerabilidade social, para a compra de alimentos. Os cartões começam a ser distribuídos na capital nesta segunda, em 67 igrejas, com o apoio do Exército e sob a orientação da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho. “É um projeto muito bacana”, comentou Noemia Rocha.
Moares ainda falou sobre a ação Delivery Solidário, promovida no último sábado (9), em todo o país, pelo projeto Unisocial, braço da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), para a distribuição de cestas básicas. “Atendeu milhares de famílias em todo o Brasil. Famílias de presidiários, que estão em condições precárias de alimentação. Reuniu muitas pessoas, colaboradores.” Conforme o vereador, foram contempladas cerca de 9.270 famílias.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba