Nova concessão de rodovias terá obras nos contornos Norte e Sul de Curitiba
Vereador Mauro Ignácio tem informado a CMC sobre as novas concessões de rodovias no Paraná. (Foto: Reprodução/YouTube CMC)
Na sessão plenária desta segunda-feira (22), o vereador Mauro Ignácio (DEM) compartilhou, no plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), um resumo da apresentação técnica feita pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística, empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura) aos membros do G7, no dia 15 de março, sobre as novas concessões de rodovias no Paraná e as obras que impactam Curitiba (confira aqui). Estão previstos investimentos nas ligações da capital com Campo Largo e com Araucária, além de obras nos contornos Norte e Sul.
“São obras previstas para os primeiros dez anos [da concessão] e esperamos que de fato aconteçam. Há que se ter um trabalho em cima disso e não cometer os erros do passado, desse pedágio que está vigente”, posicionou-se Mauro Ignácio, que tem buscado interlocução com a Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Por iniciativa do parlamentar, a CMC aprovou, no início de março, uma moção de apoio à ação fiscalizatória dos deputados estaduais (leia mais).
Fazem parte do G7 a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar), a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) e a Associação Comercial do Paraná (ACP).
Obras do Lote 1
Em todo o Paraná, está prevista a concessão de 3.327 km, dos quais 1.783 km serão duplicados e 492 km receberão a “terceira faixa”. Deste total, as obras que impactam Curitiba estão concentradas naquilo que se convencionou chamar de Lote 1 (confira aqui). Nesta porção do projeto, a previsão é de R$ 6,5 bilhões em investimentos, ao longo de 473 km, que passam pela região metropolitana da capital e por Ponta Grossa. A previsão é duplicar 339 km já nos primeiros sete anos de concessão.
No que interessa diretamente a Curitiba, estão previstas obras no contorno Norte-Oeste (20 km de duplicação ou terceira faixa na PR-418 nos anos 4º e 5º da concessão), o contorno Sul (15 km de implantação de terceira ou quarta faixa na BR-277 nos anos 6º e 7º), a ligação de Curitiba com Campo Largo (51 km de implantação da terceira faixa na BR-277 nos anos 7º e 8º) e a ligação da capital com Araucária (12 km de implantação da terceira faixa na BR-476 nos anos 5º e 6º).
“A BR-277 vai ter 51 km de terceira faixa, do Parque Barigui até São Luiz do Purunã, o que é uma boa notícia. A gente precisava dessas obras”, comemorou Mauro Ignácio, repetindo a abordagem da Frente da Alep sobre o assunto, que segundo o vereador tem sido buscar, nas negociações, o “menor preço com mais obras em menos tempo”.
Apoio às ciclovias
Na mesma sessão, a pedido do vereador Professor Euler (PSD), foi aprovada moção de apoio à inclusão de ciclovias nas obras dessas concessões que passem em áreas urbanas (416.00006.2021). “Isto é importante, pois temos um número cada vez maior de pessoas que utilizam essas rodovias não apenas para transporte, mas também para suas atividades esportivas. O pessoal que pratica o triátlon e o ciclismo precisa de grandes extensões de pista para poder treinar e tem utilizado as rodovias para isso”, ponderou.
“Já que se está em processo de estudo, que se pense seriamente a respeito de implantação de ciclovias nos trechos urbanos”, continuou Euler, que informou estar em contato “com o nosso ex-colega vereador, agora deputado estadual, Goura (PDT)”, porque ele está mobilizando pessoas e entidades em relação a essa demanda, “junto a Federação Paranaense de Ciclismo e a outras pessoas da área, e pediram uma moção de apoio doa CMC para reforçar o movimento deles”. Em aparte, Mauro Ignácio apoiou a medida, defendendo que “é preciso uma segurança melhor”.
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