Notas da sessão plenária de 30 de maio - 1ª edição

por Assessoria Comunicação publicado 30/05/2016 14h20, última modificação 07/10/2021 08h12

Falem mal...
Sem citar a reportagem que motivou o comentário, o vereador Professor Galdino (PSDB) disse na tribuna “não se importar com o que plantam na grande imprensa”. “Eu até gosto dessas polêmicas”, comentou, atribuindo a essas situações parte do renome que ele possui na cidade e que, na opinião do parlamentar, ajudaram ele a “ser um dos vereadores mais votados de Curitiba”. Galdino também chamou de “covarde” o autor da nota. (Foto 1)

… mas falem de mim
“Hoje o vereador que não fizer parte da base do prefeito [Gustavo Fruet], vira um "leproso político". Não tenho medo de cara feia, nem de críticas pesadas. O que não pode é, a cada comentário do Professor Galdino, falarem em Conselho de Ética”, reclamou o parlamentar. Galdino disse que quem merece ir para o conselho é “quem tem fantasma, tem desvio de conduta, quem pratica furtos ou "molha a mão de alguém”. “Falem mal, mas falem de mim”, rebateu o vereador.

Gasto com publicidade I
“O volume de gastos com publicidade mostra o descaso da atual administração com os gastos que realmente são úteis”, criticou, da tribuna, o vereador Jorge Bernardi (Rede). O parlamentar cita que, ao buscar informações no Portal da Transparência da Prefeitura de Curitiba, contabilizou R$ 20 milhões em despesas com comunicação de fevereiro de 2015 até janeiro deste ano. “Com este dinheiro a prefeitura poderia contratar mais 100 guardas municipais”, reclamou. (Foto 2)

Gasto com publicidade II
Bernardi antecipou que fará um pedido de informações para obter dados sobre essas despesas com publicidade. “Será que foi aplicado em campanhas educativas? Será que os pagamentos estão em dia? Não vemos obras sendo concluídas em Curitiba, a não ser algumas da gestão anterior”, expôs o parlamentar. Bernardi apontou que os R$ 20 milhões foram para a empresa Competence. “Gastar R$ 20 milhões em publicidade parece jogar dinheiro no lixo de maneira irresponsável”, finalizou.

Gasto com publicidade III
Em resposta às críticas de Bernardi, o líder do prefeito na Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), respondeu que Gustavo Fruet é o que menos gastou com publicidade. “Até agora, foram R$ 77 milhões”, disse Salamuni, “Cássio Taniguchi gastou R$ 297 milhões no primeiro mandato e R$ 298 milhões no segundo. Beto Richa, de 2005 a 2008, gastou R$ 183 milhões em publicidade. Richa e Ducci juntos, de 2009 a 2012, mais R$ 123 milhões”. “E o vereador Bernardi, que fez parte de algumas dessas gestões, não reclamou [na época]”, questionou.

Lobistas
O vereador Chicarelli (PSDC) disse em plenário que irá expor, dentro da Câmara Municipal, visitas e conversas de parlamentares com donos de empresas, proprietários de postos de gasolina e de empreiteiras. “Nos Estados Unidos a figura dos lobistas é regulamentada. No Brasil, não. Não vou falar o nome dos lobistas, nem dos vereadores”, ponderou, “mas vou denunciar [a prática]”. Ele citou projeto próprio, que proíbe a prefeitura de contratar serviços de doadores das campanhas municipais (leia mais).

Dúvida de eleitor I
“Recebi um e-mail do cidadão Percy Carneiro, e acredito que todos os parlamentares também, no qual ele me pergunta quais os três principais projetos que eu aprovei nesta legislatura, três leis de minha autoria e quantas faltas eu tive”, relatou Tico Kuzma (Pros). O vereador elogiou a iniciativa de Carneiro, que diz ser morador do bairro Uberaba, e assina o e-mail com o número do título de eleitor. “Eu não tive nenhuma falta, nem justifiquei ausência nesta legislatura”, respondeu Kuzma.  (Foto 3)

Dúvida de eleitor II
Tico Kuzma respondeu as perguntas da tribuna, destacando seus projetos de multa para quem for flagrado consumindo drogas (005.00276.2014); a proposta de regulamentação do transporte individual a partir da internet, semelhantes ao Uber (005.00037.2016); e a realização de vistorias periódicas nas edificações de Curitiba (005.00021.2013). Nas leis de sua autoria, ele indicou a criação do Conselho Municipal de Segurança (14.739/2015), exigência de laudo para equipamentos de diversão (14.320/2013) e a divulgação dos médicos em plantão nas unidades de saúde (14.637/2015).

Política nacional I
O vereador Professor Galdino (PSDB) elogiou em plenário, nesta segunda-feira, projeto de lei do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do polêmico político carioca, que criminaliza a apologia ao comunismo (PL 5.358/2016). Para o membro da Câmara Municipal, “o lulopetismo queria transformar o Brasil numa ditadura tropical, nos moldes do Hugo Chávez”. “O comunismo é tão nefasto quanto o fascismo”, disse Galdino, equiparando Stálin – que o parlamentar associou ao Partido dos Trabalhadores – a Hitler.

Política nacional II
“Nem Hitler, nem Stálin. Nem Dilma, nem Temer. Eleições diretas já para a presidência da república”, rebateu Jorge Bernardi (Rede).  “A extrema direita é tão prejudicial quanto a extrema esquerda para a democracia. Nós, Galdino, estamos na mesma oposição à administração municipal, mas não posso concordar com a sua posição [de apoio] em relação ao Bolsonaro. Ele é um atraso para a nação, com suas posições preconceituosas, homofóbicas e contrárias à uma sociedade plural”, defendeu Bernardi.

Política nacional III
“No que diz respeito ao Partido dos Trabalhadores, no qual estou filiada desde 1990, Stálin nunca foi referência para nenhuma das correntes da legenda”, rebateu, também, a vereadora Professora Josete. “Eu defendo a democracia e os direitos humanos. Hitler, Stálin e Bolsonaro, pra mim, têm a mesma classificação negativa. Tudo que vem dessa pessoa [Bolsonaro] me cheira a preconceito, corrupção e fundamentalismo”, criticou. (Foto 4)