Notas da Sessão Plenária de 19 de fevereiro - 1ª edição
Bancada de oposição I
Antes do início da audiência pública desta quarta-feira (19), Dalton Borba (PDT) utilizou o espaço do pequeno expediente para solicitar à Mesa Diretora da Câmara de Curitiba “o devido cuidado na condução dos trabalhos, para que não se repita o que aconteceu ontem e que o rol de questionamentos não vire palanque eleitoreiro”. O vereador fez referência à audiência pública de prestação de contas da Secretaria de Finanças, realizada nesta terça-feira (18), e lamentou que a bancada da oposição tenha sido chamada de “bancada arco-íris”.
Bancada de oposição II
“Esta bancada faz o contraponto necessário e inafastável do processo democrático. Cada vez que tentamos calar aqueles que pensam diferente de nós, estamos violando fatalmente o processo democrático. Quero entender que aqui é uma Casa democrática, que não impõe o pensamento da maioria - que não raro vota sem questionar, sem fazer a crítica necessária. Passei minha vida inteira defendendo a democracia e jamais deixarei que aqueles que não pensam como eu deixem de emitir sua opinião, é assim que se evolui”, afirmou o parlamentar.
Bancada de oposição III
“Foi uma fala inoportuna em um momento inadequado”, criticou Professor Euler (PSD). O vereador atribui o discurso a Mauro Ignácio (PSB) e afirmou que a oposição é mesmo arco-íris, por “ser capaz de enxergar todas as cores que compõem a realidade, as cores de todas as etnias dos curitibano, as cores dos pobres e dos ricos, de todas as religiões e também dos servidores municipais e dos cidadãos por eles servidos”.
Bancada de oposição IV
Euler fez uma série de comparações com as cores e políticas públicas que ele entende não estarem sendo bem geridas pela Prefeitura, como cultura, problemas com alagamentos, educação e segurança. Também condenou gastos do gabinete do prefeito em viagens, almoços e jantares em “restaurantes de luxo” e passagens de avião em classe executiva. Se disse indignado com o gasto com garrafas de água San Pellegrino, “consumidas ao custo de R$ 28, com o nosso dinheiro. Com orgulho, pertenço sim à bancada arco-íris, que contrapõe a bancada cinza, que só consegue enxergar a cor do asfalto”, arrematou.
Bancada de oposição V
Noemia Rocha (MDB) fez coro aos colegas da oposição e diz que integra a bancada “com muita alegria”, pois tem feito oposição “coerente e responsável” desde seu primeiro mandato. Na opinião de Noemia, a fala de Mauro Ignácio foi “desnecessária” e ela argumentou que para “salvar a cidade”, houve a desvinculação da cobrança da taxa do lixo do IPTU, e aumento de arrecadação com o Nota Curitibana, por exemplo. “Se viesse um novo pacotaço eu faria a mesma coisa, pois não admito a retirada de direitos e conquistas dos servidores. Nossa luta é para que haja independência [em relação ao] Poder Executivo, sendo que esta Casa tem autonomia para tomar decisões importantes”.
Bancada de oposição VI
Mauro Ignácio (PSB) lembrou que a CMC foi invadida durante quatro vezes durante a votação do pacote de ajuste fiscal, em 2017, e que vários vereadores foram “xingados e agredidos”. Ele valorizou os vereadores que “não se omitiram e tiveram responsabilidade e coragem diante de projetos ditos impopulares” e destacou que “a bancada favorável à cidade tem dado governabilidade à gestão Rafael Greca”.
Bancada de oposição VII
“Passados três anos, a cidade está saneada e recuperada. E causa indignação a alguns o paralelo feito ontem pelo secretário Vitor Puppi, entre como a cidade foi encontrada e como está hoje, com obras em todos os locais, a folha de pagamento e o 13º em dia, com saúde e educação funcionando. Fiz referência à bancada do arco-íris porque muitos acham que o prefeito está sentado em cima de um pote de dinheiro, que há dinheiro para tudo. Teríamos que ter orçamento de R$ 100 bilhões anuais [para resolver tudo], mas não temos essa possibilidade”.
Bancada de oposição VIII
Na avaliação de Mauro Ignácio, a bancada de oposição, “não tendo o que mostrar”, tem que se valer da demagogia e do populismo, pois não enxerga os avanços da cidade. “Vocês têm que reconhecer que nossa cidade é modelo, que está avançando e é referência, não só em asfalto, que é o mais pedido nas audiências”. Por fim, o vereador lembrou que as emendas dos vereadores ao orçamento são executadas pois as finanças estão em dia graças ao ajuste fiscal aprovado pela CMC.
Motoristas de aplicativos I
Bruno Pessuti (PSD) pediu mais respeito e a criação de políticas públicas para os motoristas de aplicativos em Curitiba. Segundo o vereador, os trabalhadores são responsáveis pela arrecadação de R$ 24 milhões por ano, por meio do preço público que é pago à Prefeitura, portanto devem ser vistos como “parceiros” do Município, “além de ajudarem a movimentar a economia, seja com a manutenção do carro, combustível ou alimentação”.
Motoristas de aplicativos II
“É um dinheiro novo que entra [para a Prefeitura] e não foi preciso aumentar impostos para arrecadar mais”, emendou Pessuti. O parlamentar ainda defendeu a aprovação do projeto que autoriza a livre circulação dos motoristas de apps em grandes eventos e adiantou que vai apresentar proposta, com Ezequias Barros (Patriota), para ampliar as vagas de embarque e desembarque, “para que possam trabalhar com tranquilidade e que não sejam ostensivamente atrapalhados por uma administração que os enxerga como inimigos”.
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