Notas da sessão plenária de 13 de junho - 1ª edição

por Assessoria Comunicação publicado 13/06/2018 15h25, última modificação 27/10/2021 10h13

Risco de interdição I
Presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte, Maria Leticia Fagundes (PV) alertou ao risco de interdição da Maternidade Victor Ferreira do Amaral, vinculada ao Hospital de Clínicas e localizada no bairro Água Verde. O estabelecimento recebeu indicativo de interdição ética do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) e terá 90 dias para corrigir os problemas apontados. Essas irregularidades, disse ela, devem-se à estrutura física, falta de materiais para prestação dos serviços e carência de recursos humanos. “Acreditem ou não, chove dentro da maternidade, que funciona à míngua. Médicos fazem coisas além do que deveriam fazer”, declarou. Segundo a parlamentar, a maternidade funciona desde 1913 e atende apenas pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), com cerca de 2 mil nascimentos por ano.(Foto 1)

Risco de interdição II
“A Secretaria Municipal da Saúde está criteriosamente cuidando de seu compromisso com a maternidade, através do convênio. Abro uma grande reflexão aqui às emendas que fizemos à saúde no ano passado [ao orçamento de 2018]. Existem hospitais que atendem apenas SUS, e se observarmos nossas emendas, dedicamos valores altos a hospitais que atendem também convênios e particulares, que recebem recursos até internacionais”, completou a vereadora, dando o exemplo do Erasto Gaertner. “Faço uma autocrítica, porque eu coordenei [o protocolo das proposições à área], e acho que dedicamos nenhuma emenda ao Victor Ferreira do Amaral.” Felipe Braga Côrtes (PSD) avaliou que a maternidade passa por problemas “há muito tempo”, e opinou que também seria interessante uma visita da Comissão de Saúde ao local.

Regimes de urgência I
“A gente não pode votar regime de urgência da forma que foi feito, na velocidade que foi feito. No vídeo fica muito claro a velocidade que foi feita a votação. Tem que ser debatido pelo plenário. [Independentemente] se vai ser aprovado ou não, tem que ter mais cuidado na forma na leitura”, opinou Felipe Braga Côrtes (PSD) sobre as votações dessa terça-feira (12), quando foram aprovados o trâmite diferenciado a dois projetos de iniciativa do prefeito. O vereador pediu que a Mesa Diretora reavalie a análise desse tipo de requerimentos, inseridos na segunda parte da ordem do dia (após a deliberação dos projetos).  (Foto 2)

Regimes de urgência II

“Não deixa de ser uma conduta que fica ruim perante a opinião pública. Hoje o que fazemos aqui tem repercussão fora. Atinge todo o Parlamento. Acaba tendo uma repercussão negativa a forma que foi feito o regime de urgência”, complementou Braga Côrtes. “Não basta ser regime de urgência, tem que ser lido em regime de urgência. Eu sei que temos que estar atentos, mas [com] a velocidade que foram lidos, é rápido demais”, avaliou a líder da oposição, vereadora Noemia Rocha (MDB). Nessa terça, Goura (PDT) também havia reclamado da leitura, crítica rebatida pelo quarto-secretário da Casa, Cristiano Santos (PV).

Muralha Digital I

Por falta de tempo na sessão plenária, os vereadores não ouviram o secretário municipal da Defesa Social e de Trânsito, Guilherme Rangel. Ele falaria sobre o programa do Executivo chamado Muralha Digital, apresentado pelo prefeito Rafael Greca ao presidente Michel Temer em março passado. “Independentemente dos partidos, as portas [da secretaria] estão abertas. Me sinto em casa aqui na Câmara, então volto a hora que precisar, para que a gente possa explicar com calma, que vocês tirem todas suas dúvidas. É um projeto [de videomonitoramento em pontos-chave] vinculado ao [conceito de] smartcities. Um dos projetos que vão colocar Curitiba novamente na vanguarda da segurança pública no Brasil”, declarou o representante do Executivo municipal. (Foto 3)

Muralha Digital II
Rangel chegou ao plenário, acompanhado de assessores da pasta, durante a discussão dos projetos de lei. A sessão seria suspensa para sua fala durante a segunda parte da ordem do dia, mas os parlamentares justificavam votos a uma sugestão ao Executivo de Noemia Rocha (MDB), líder da oposição, derrubada pela base (saiba mais em breve). “Peço que o secretário fique à vontade para voltar outro dia e prestar o esclarecimento, conversar com os vereadores, visto que era um projeto extremamente importante e não haverá tempo”, lamentou o líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB). (Foto 4)

Vigília pró-Lula I
Professora Josete (PT) disse que a Vigília Lula Livre, em Curitiba desde a prisão do ex-presidente, dia 7 de abril, mantém suas atividades, com a participação de diferentes movimentos sociais, sindicais e partidários. Segundo ela, “esses diversos segmentos entendem que a prisão é consequência e a continuidade do golpe que o Brasil passa”. “Quero destacar que na última semana houve a presença do Juan Grabios, representante do papa Francisco, e ele foi impedido de visitar o presidente Lula. Infelizmente mais uma vez algumas coisas que só se explicam porque vivemos um momento de golpe, de Estado de exceção. Independentemente desta postura autoritária, seja da Polícia Federal ou da Justiça, ele trouxe uma mensagem de alento, de apoio. Infelizmente a grande mídia não registra estes fatos.” (Foto 5)

Vigília pró-Lula II

“Se eventualmente for impedida a participação do presidente Lula nas eleições, será a primeira vez no Brasil que alguém que não foi condenado em última instância será impedido de participar do processo eleitoral”, continuou Josete. Felipe Braga Côrtes (PSD) discordou da vereadora: “Se existe a Lei da Ficha Limpa, se existe a questão da pessoa cometer um crime, a corrupção, enfim, é difícil de entender. Eu não consigo defender, está muito claro o esquema de corrupção, que está generalizado. Não é de apenas um partido”. Para ele, “é o momento de virarmos a página como um todo”. O parlamentar citou, como exemplos negativos, as operações estaduais Quadro Negro e Publicano e a proposta de colaboração premiada do engenheiro civil Maurício Fanini, ex-diretor da Secretaria da Educação do Paraná, vazada na semana passada. “Supostamente não se pode mentir em uma delação, e ele relata crimes e corrupção vindos há muito tempo.”