Noemia destaca documentário indígena
A líder da oposição na Câmara Municipal, vereadora Noemia Rocha (PMDB), prestigiou, nesta semana, a exibição do documentário “Quebrando o Silêncio”, na primeira aldeia urbana do Sul do País – Kakané Porã, localizada no Campo de Santana. Na ocasião, a parlamentar entregou votos de congratulações e aplausos à jornalista Sandra Terena, diretora do filme sobre o infanticídio indígena. “Ela é merecedora desta homenagem, pois desenvolve um belíssimo trabalho pelo seu povo”, justificou a vereadora.
Segundo Noemia, Terena é a única jornalista indígena da região Sul do Brasil e uma das únicas do Brasil. Além disso, é presidente da ONG Aldeia Brasil. Destacou que através do documentário fica clara a luta pela vida engajada pela cineasta. “Ela luta pela continuidade de seu povo, com o cuidado de evidenciar a verdadeira história e sua cultura”, disse.
Durante a estréia estadual do filme, Terena falou sobre a importância das pessoas conhecerem a realidade do infanticídio. “Este ato é visto por alguns órgãos oficiais como uma lenda, um fato que não acontece, mas infelizmente a prática existe e precisamos mostrar isso a todos”, comentou, acrescentando que “nos preocupamos bastante em não impor as coisas e nem fazer julgamento de valor, se esta ação é certa ou errada, mas queremos mostrar que existe uma alternativa, que podemos dizer não ao sacrifício de crianças.”
A jornalista agradeceu a homenagem da parlamentar e afirmou que é importante o apoio das autoridades. “Toda ajuda nos dá mais respaldo para trabalhar. Precisamos de parceiros que se sensibilizem com a causa, que nos ajudem a disseminar o tema na sociedade”.
Gleisi Hoffmann também participou do evento.
Resgate
“O objetivo do trabalho desenvolvido por Sandra Terena foi resgatar e valorizar a cultura indígena no Brasil e acho que ela fez isso muito bem”, ressaltou Oswaldo Eustáquio Filho, um dos produtores do documentário.
Leandro dos Santos, representante do povo caingangue, fez a abertura com a apresentação de canções indígenas. Quem passou pelo local também pôde conhecer alguns artigos produzidos pelas etnias caingangue, guaraní e xetá. De acordo com Levir Rodrigues, de 16 anos, as tribos moram no mesmo ambiente, mas tomam bastante cuidado para que seja preservada a cultura de cada grupo. “Meu pai me ensinou a técnica e eu irei ensinar para meus filhos. Fazemos isso com tudo”, afirmou.
Para Ana Alice Neres, o documentário abre a oportunidade para pessoas de outras culturas conhecerem e entenderem a vida dos índios por outra ótica. “O vídeo foi feito por uma índia que vive todo dia esta realidade. Se o homem branco assistir verá quem somos”, informou.
O filme
O vídeo mostra uma série de depoimentos sobre a vida dos sobreviventes de infanticídio indígena e de famílias que saíram das aldeias para salvar a vida de seus filhos. Para a gravação foram pesquisados, durante três anos, povos indígenas do Alto Xingu e do Amazonas, onde 350 mulheres foram ouvidas.
O infanticídio ainda é prática comum em muitas aldeias indígenas do Brasil. As vítimas são gêmeos, deficientes ou nascidos de relações instáveis, de acordo com a crença de cada aldeia. No entanto, a prática é cada vez mais contestada pelos próprios índios.
Segundo Noemia, Terena é a única jornalista indígena da região Sul do Brasil e uma das únicas do Brasil. Além disso, é presidente da ONG Aldeia Brasil. Destacou que através do documentário fica clara a luta pela vida engajada pela cineasta. “Ela luta pela continuidade de seu povo, com o cuidado de evidenciar a verdadeira história e sua cultura”, disse.
Durante a estréia estadual do filme, Terena falou sobre a importância das pessoas conhecerem a realidade do infanticídio. “Este ato é visto por alguns órgãos oficiais como uma lenda, um fato que não acontece, mas infelizmente a prática existe e precisamos mostrar isso a todos”, comentou, acrescentando que “nos preocupamos bastante em não impor as coisas e nem fazer julgamento de valor, se esta ação é certa ou errada, mas queremos mostrar que existe uma alternativa, que podemos dizer não ao sacrifício de crianças.”
A jornalista agradeceu a homenagem da parlamentar e afirmou que é importante o apoio das autoridades. “Toda ajuda nos dá mais respaldo para trabalhar. Precisamos de parceiros que se sensibilizem com a causa, que nos ajudem a disseminar o tema na sociedade”.
Gleisi Hoffmann também participou do evento.
Resgate
“O objetivo do trabalho desenvolvido por Sandra Terena foi resgatar e valorizar a cultura indígena no Brasil e acho que ela fez isso muito bem”, ressaltou Oswaldo Eustáquio Filho, um dos produtores do documentário.
Leandro dos Santos, representante do povo caingangue, fez a abertura com a apresentação de canções indígenas. Quem passou pelo local também pôde conhecer alguns artigos produzidos pelas etnias caingangue, guaraní e xetá. De acordo com Levir Rodrigues, de 16 anos, as tribos moram no mesmo ambiente, mas tomam bastante cuidado para que seja preservada a cultura de cada grupo. “Meu pai me ensinou a técnica e eu irei ensinar para meus filhos. Fazemos isso com tudo”, afirmou.
Para Ana Alice Neres, o documentário abre a oportunidade para pessoas de outras culturas conhecerem e entenderem a vida dos índios por outra ótica. “O vídeo foi feito por uma índia que vive todo dia esta realidade. Se o homem branco assistir verá quem somos”, informou.
O filme
O vídeo mostra uma série de depoimentos sobre a vida dos sobreviventes de infanticídio indígena e de famílias que saíram das aldeias para salvar a vida de seus filhos. Para a gravação foram pesquisados, durante três anos, povos indígenas do Alto Xingu e do Amazonas, onde 350 mulheres foram ouvidas.
O infanticídio ainda é prática comum em muitas aldeias indígenas do Brasil. As vítimas são gêmeos, deficientes ou nascidos de relações instáveis, de acordo com a crença de cada aldeia. No entanto, a prática é cada vez mais contestada pelos próprios índios.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba