No sábado, 1º Seminário Integrado reuniu agentes de segurança e Consegs de Curitiba
Durante o dia, 45 membros de Consegs participaram de atividades com a Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal.
Nesse sábado (9), foi realizado o 1º Seminário Integrado dos Agentes da Segurança Pública e dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) de Curitiba. Com um formato inédito, o evento reuniu 45 representantes de Consegs da capital do Paraná com membros da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Guarda Municipal e da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), em atividades de um dia inteiro, pensadas para ampliar a integração da comunidade ao cotidiano das atividades das forças de segurança.
“Era para ter realizado o seminário no dia 2 de abril, que é o dia dedicado aos Consegs no Paraná, mas ficou muito em cima da hora, daí estamos realizando o evento hoje. Quando eu penso neste 1º Seminário, as palavras ‘aproximação’, ‘integração’, ‘solidariedade’ me vêm à cabeça, mas eu penso também em empatia. Empatia que é nós nos colocarmos no lugar de outras pessoas e, aqui, essas outras pessoas são as forças de segurança pública”, disse Tico Kuzma (Pros), presidente da CMC.
A atividade foi realizada pela Câmara Municipal de Curitiba, por meio da Escola do Legislativo, pela Escola Superior da Polícia Civil e pela Coordenação Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs). Pela manhã, foram quatro palestras e, à tarde, os conselheiros foram submetidos ao simulador de situações reais do Centro de Formação da Polícia Civil. “Essa integração trará frutos, como novos eventos e parcerias a partir desse encontro hoje”, destacou o diretor da Escola Superior da Polícia Civil do Paraná, Rafael Ferreira Vianna.
“A ideia da atividade surgiu quando o presidente da CMC visitou a Escola Superior da Polícia Civil e conheceu o simulador de abordagem policial”, contextualizou Vianna, referindo-se ao equipamento que coloca as pessoas dentro de uma situação real de abordagem policial. “É importantíssimo que a gente possa falar da formação do policial, das dificuldades enfrentadas por ele no dia a dia, nas suas decisões de trabalho, e compartilhar isso com a comunidade, para que ela possa visualizar a atividade policial. É dever de todos nós pensar o melhor para a sociedade e para a segurança pública”, disse o diretor.
Um dos articuladores da atividade, o coronel Chehade Elias Geha, da Polícia Militar do Paraná, coordenador estadual dos Consegs, destacou que “por trás de cada cidadão [representando aqui um Conseg] existem um, dois bairros de Curitiba, mais de 50 mil pessoas. Eles merecem nossa admiração e respeito, assim como de todos os governos, pois são pessoas voluntárias, que no horário de folga, depois dos seus afazeres diários, ainda se preocupam com a segurança pública”.
No mesmo sentido, o coordenador da Defesa Civil de Curitiba, inspetor Nelson Ribeiro, agradeceu a oportunidade de aproximar as instituições da população. “Os presidentes de Consegs já sabem qual é a função deles, que é fazer essa ligação da comunidade com o poder público. Mas, estar ajustando essa conversa, trazendo para um debate mais próximo, faz com que eles entendam a realidade das forças de segurança pública”, concordou o Jornalista Márcio Barros (PSD), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública da CMC. “A segurança pública é um dever do Estado, mas diz respeito a todos os cidadãos. Eu elogio esse voluntariado dos Consegs”, concluiu Carlos Barbosa, diretor da Escola do Legislativo da CMC.
Atividades do seminário
Foram realizadas quatro palestras, sendo uma do diretor da Escola da Civil, Rafael Vianna, sobre a formação policial; outra do capitão Elieser Antonio Durante, da PM-PR, sobre as contribuições da mobilização social à segurança pública; uma terceira, do capitão Trevisan Karpinski, da PM-PR, sobre as relações entre arquitetura e crime; e uma quarta, da inspetora Cleusa Pereira, à frente do Centro de Formação e Desenvolvimento Profissional da GM (CFGM), sobre o papel da corporação na segurança pública.
“A segurança pública é complexa, então o nosso maior desafio é fazer essa complexidade se tornar fácil. Quando falamos em segurança, nós falamos em trazer qualidade de vida para as pessoas. Em se tratando disso, é um tema multidisciplinar, que envolve questões físicas, de saúde, de deslocamento e de habitação. A nossa maior tarefa hoje é levar para o cidadão, para as pessoas do povo, que tem outras ocupações, que não são afetas à segurança pública, levar essa compreensão que isso tudo depende dela”, adiantou o capitão Karpinski.
Trabalhando na coordenação estadual dos Consegs, o capitão Durante disse que o evento é importante para que os membros dos conselhos “entendam a importância da comunidade reunir esforços para se proteger melhor dos problemas referentes à criminalidade e à violência, e apresentar casos de sucesso de Consegs ativos no Paraná e que têm projetos neste campo, para eles entenderem como isso tem se materializado”. “A ideia é apresentar para eles, como a capacidade da comunidade de se organizar e se mobilizar, quais são os frutos que isso produz na prática”, disse.
“Todo evento que tem essa programação de estar unindo comunidade e forças de segurança são bem-vindos. Eles promovem a integração, a construção de um objetivo em comum e todos têm a ganhar. Hoje, temos na Guarda Municipal uma gama muito grande de atuações, desde o trânsito até a defesa civil, além do apoio à população no dia a dia, com os encaminhamentos hospitalar e policial”, pontuou a inspetora Cleusa.
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