No plenário, candidatos a ouvidor apresentam suas propostas

por Assessoria Comunicação publicado 26/03/2015 11h45, última modificação 29/09/2021 09h45

Os três candidatos ao cargo de ouvidor de Curitiba apresentaram, nesta quinta-feira (26), perante os vereadores, suas propostas para a gestão da Ouvidoria. Diocsianne Moura, Clóvis Costa e Maurício Arruda foram selecionados por uma comissão eleitoral "com participação da prefeitura, do Legislativo e da sociedade civil" entre 33 candidatos inscritos e um deles deve ser eleito ainda hoje pela maioria absoluta do plenário.

A ordem da apresentação foi definida por sorteio e a primeira a falar foi a jornalista Diocsianne Moura. A candidata defendeu que a Ouvidoria seja um instrumento de democracia participativa e parceira da administração pública. Ela argumentou que não tem ligação com partidos ou grupos políticos e ressaltou sua atuação na vida pública como voluntária em Organizações Não Governamentais, bem como suas atividades na iniciativa privada.

"Vivemos um momento histórico na democracia e destaco aqui o fato de ser mulher e participar desta disputa. Ao mesmo tempo, sinto orgulho e tristeza, pois nós mulheres ainda somos uma classe minoritária nas instituições que regem o país", afirmou. (Leia aqui entrevista feita com a candidata pela Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal)

O advogado Clóvis Costa explicou como seria o funcionamento ideal da Ouvidoria e rebateu os argumentos de que o serviço poderia ser confundido com o 156, ou interferir no trabalho dos vereadores. "Vamos trabalhar na defesa dos direitos coletivos e permitir que a população participe cada vez mais das decisões sobre o futuro da cidade. Não vamos tratar de troca de lâmpada queimada, mas dos grandes temas de Curitiba", afirmou.

Costa destacou as "prerrogativas únicas" que a Ouvidoria vai ter, e que, segundo ele, nenhum outro órgão público possui atualmente. "Caso o Ouvidor não aja após receber uma denúncia, ele será passível de crime de responsabilidade. Portanto, é mais um espaço que surge para somar esforços, para fazer valer os direitos fundamentais dos nossos cidadãos por meio do diálogo", concluiu. (Leia aqui entrevista feita com o candidato pela Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal)

Último a falar, o advogado Maurício Arruda propôs uma Ouvidoria "humana, que funcione como um elo entre os poderes constituídos". Arruda expôs os resultados obtidos pela Ouvidoria da Guarda Municipal de Curitiba, onde trabalha atualmente, e sugeriu estender à Ouvidoria de Curitiba as boas práticas que, afirmou, trouxeram bons resultados à comunidade.

O candidato disse que, para o serviço do ouvidor ser referência, deve em primeiro lugar "cuidar bem das pessoas", prestando atendimento qualificado ao cidadão; ter uma boa estrutura física, com instalações acessíveis; ser bem divulgada à população e possuir um telefone de acesso gratuito, do tipo 0800. Ele concluiu dizendo que, com a Ouvidoria, espera garantir "maior participação da sociedade na construção das políticas públicas". (Leia aqui entrevista feita com o candidato pela Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal)