“Sem dúvida esta quinta-feira [15], que também é Dia do Professor, é uma data histórica para Curitiba. Hoje, a Câmara Municipal se torna a terceira cidade do Paraná a abrir uma Escola do Legislativo – e eu, que estou neste projeto há 12 anos, posso afirmar que haverá uma mudança total aqui dentro”, elogiou Florian Madruga, presidente da Associação Brasileira das Escolas do Legislativo e de Contas (Abel), na posse da diretoria da Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores.

A “mudança total”, disse Madruga, ocorre tanto nos parlamentares e servidores públicos, que terão acesso a cursos de aperfeiçoamento e treinamentos, quanto na relação da Casa com a sociedade curitibana. “A Escola do Legislativo tem a missão de ser uma escola de cidadania”, frisou o presidente da Abel. Ele veio para Curitiba para o primeiro evento de caráter nacional da Escola do Legislativo da capital, cuja diretoria foi nomeada mês passado após dois anos de preparação e atividades-piloto (leia mais).

Na ocasião, marcada pela palestra do historiador Antonio José Barbosa, da UnB (Universidade de Brasília), sobre o papel do Legislativo na história do Brasil (saiba mais), também foi assinado um protocolo de intenções entre a Associação Brasileira das Escolas do Legislativo e a Câmara de Curitiba. O acordo, firmado pelo presidente Ailton Araujo (PSC) e pelo diretor da Escola do Legislativo, Antônio Torrens, prevê transferência de tecnologia, intercâmbio de recursos humanos e apoio em atividades técnico-científicas.

“A sociedade brasileira exige qualidade dos serviços públicos, e a Escola do Legislativo existe para fazer frente ao desafio. Não é possível um serviço eficiente, sem o preparo adequado”, disse Torrens, que também defendeu ser papel deste novo projeto aproximar a sociedade da Câmara de Vereadores. Integram a primeira equipe da escola os servidores Amanda Moreno (coordenadora de cursos), Deini Porto (coordenador administrativo) e Cristina de Jesus (secretária) – o mandato dessa diretoria termina em dezembro de 2016.

“Quando eu comecei este projeto em 2003, no Senado, onde sou funcionário há 42 anos, o Brasil tinha três Escolas do Legislativo. Hoje, em 2015, são 116. Dos 399 municípios paranaenses, só Palmeira e Toledo já criaram as suas escolas. A da  Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) voltou a funcionar agora”, comentou Florian Madruga. Ele apontou que o artigo 39 da Constituição Federal determina que a administração pública deve ter escolas de governo para capacitação dos servidores públicos e defendeu que “o dia que tivermos educação plena no Brasil, vamos viver num lugar em que não se ouvirá falar de tragédias”. “Educação é tudo na vida de todos nós”, completou.

Data histórica
“Todos apostam na educação como solução para os problemas”, concordou o vereador Pedro Paulo (PT), primeiro-secretário da Câmara. “E hoje, no dia 15 de outubro, nós estamos realizando um sonho, que é ter também uma Escola do Legislativo. Quero destacar o compromisso dos vereadores com a proposta. O compromisso do ex-presidente Paulo Salamuni (PV), que na sua gestão deu espaço para que a ideia crescesse”, comentou. Falando em nome dos parlamentares, Pedro Paulo disse que a direção da escola tem o apoio da Mesa Executiva.

Salamuni também classificou a data como “histórica” e que a inauguração da Escola do Legislativo “é o começo de uma jornada de mil quilômetros. “E todo o início de caminhada depende do primeiro passo”. “As pessoas passam, os vereadores passam, só que as instituições ficam. Vamos ver como que o dia de hoje entrou para a história daqui a 10 anos, 20 anos, porque significa uma mudança de cultura”, defendeu. A solenidade foi acompanhada por Professora Josete (PT) e Bruno Pessuti (PSC).

Ainda acompanharam o evento: Ernesto Xavier de Oliveira Neto, Edson Gil dos Santos e Anselmo Osório, da Câmara de Palmeira; Guilherme Lucchesi, da Escola da Alep; e Relindo Schlegel, diretor da regional Sul da Abrascam (Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais); os vereadores Pietro Arnaud (PTB) e Célio Guimarães (PV), vice-presidentes, respectivamente, das Câmaras Municipais de Ponta Grossa e da Lapa; Waldirlei Bueno (SD), do Legislativo de Colombo; além da consultora de projetos da Editora Positivo, Zita Lago, e Marcelo Vitorino, do Rotary Curitiba Centro.