No Dia do Meio Ambiente, vereadores alertam à sustentabilidade

por Assessoria Comunicação publicado 05/06/2018 14h15, última modificação 27/10/2021 09h57

O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta terça-feira (5), foi lembrado na sessão plenária da Câmara Municipal de Curitiba. Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Metropolitanos do Legislativo, Fabiane Rosa (PSDC) abriu o debate e defendeu que a data sirva para “reflexão, mudança de hábitos, atitudes, porque todo mundo pode fazer algo para melhorar, pelo futuro e por nós mesmos”.

Para a vereadora, as mudanças podem ocorrer “em casa, no trabalho, com a redução do lixo, com a destinação [adequada]”. “Quando eu era criança a gente falava tanto a respeito das futuras gerações. Só no momento em que faltar água, ar, com a extinção das espécies, que as pessoas se darão conta que podiam ter mudado hábitos no dia a dia”, completou.

Goura (PDT), que também integra o colegiado, apontou que o Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído em 1972, neste ano tem como tema o combate à poluição causada pelos resíduos plásticos. “A poluição causada pelo plástico ameaça a vida selvagem e as plantas, aumentando o risco de enchentes. Na última década, mais plástico foi produzido que em todo o século passado. Por ano, [são] consumidos entre 500 milhões e 1 trilhão de sacolas plásticas em todo o planeta”, alertou.

“Até 2050 teremos mais plástico que peixes em nossos mares. Todos os dias consumimos copinhos plásticos para café, água. A gente pode mudar isso. Nos oferecem [em restaurantes etc.] canudinhos, que usamos por dois minutos apenas. Podemos recusar”, propôs. De acordo com Goura, 100 toneladas de plástico reciclado poupam o uso de 1 tonelada de petróleo. Ele também defendeu iniciativas e projetos de seu gabinete voltados ao meio ambiente, como a audiência pública sobre a revitalização do rio Belém e proposição para aumentar a vida útil dos táxis híbridos e elétricos (005.00289.2017).

Noemia Rocha (MDB), ao comentar o Dia do Meio Ambiente, falou do projeto (005.00123.2017) de sua iniciativa que trata da logística reversa das bitucas de cigarro. O item foi vetado da lei municipal 14.152/2012, de sua autoria. “A bituca leva cinco anos para ser dissolvida. Ela entope bueiros. Hoje é proibido jogar a bituca [no chão], mas o prefeito na época [Luciano Ducci] vetou o artigo 2º da lei, que era a logística reversa. A cada dez bitucas se faz uma folha de papel A4 artesanal, gerando recursos à comunidade, a associações.”

Segundo a parlamentar, o veto foi solicitado pela indústria tabagista. “O projeto agora está tramitando. Não há ilegalidade. Completa a lei. Vamos evitar o corte de árvores”, acrescentou Noemia Rocha. Ainda no debate sobre a data, Zezinho Sabará (PDT) destacou campanhas antigas da Prefeitura de Curitiba voltadas ao tema. “Sem a preservação do meio ambiente não há vida. Tinha projetos de antigamente [da prefeitura, educativos] muito importantes, que hoje estão esquecidos”, avaliou.  “O meio ambiente é um corpo, e o corpo precisa ser cuidado, tratado”, sustentou Osias Moraes (PRB).

Comissão de Meio Ambiente

Fabiane Rosa e Goura também citaram a reunião dessa segunda-feira (4) da Comissão de Meio Ambiente. O colegiado recebeu representantes do grupo Ecos – uma equipe intersetorial composta por integrantes do Sesc, Fecomércio e outras instituições que adota estratégias e ações para que o ambiente corporativo seja menos impactante para o meio ambiente – e apresentará à Mesa Diretora, na próxima semana, um plano com propostas ao Legislativo.

“O setor público deve ser exemplo disso à sociedade. A Câmara de Curitiba possui um alto potencial e deve considerar a redução e a otimização do uso de materiais e recursos. São vários itens que a gente coloca neste plano, com os 5 Rs [repense, reduza, reaproveite, recicle e recuse]. Isso acaba também reduzindo custos. São ideias viáveis, que dá para fazer”, disse Fabiane. Segundo Goura, uma das demandas, inclusive de servidores da Casa, é a implantação de um vestiário e de bicicletário no anexo III, “para que a gente possa estimular cada vez mais o uso de modais não poluentes”.

Convênio com a Sanepar
Líder da maioria na Casa, Pier Petruziello (PTB) convidou todos os vereadores para a assinatura, nesta tarde, do novo contrato entre Prefeitura de Curitiba e Governo do Paraná para o saneamento básico da cidade – autorizado pela lei municipal 15.220/2018. Ele destacou a formalização do convênio com a Sanepar no Dia Mundial do Meio Ambiente.

O vereador defendeu que o contrato prevê, dentre outros pontos, a fiscalização dos esgotos clandestinos em toda a bacia do rio Belém, o monitoramento da qualidade da água dos rios que formam o rio Iguaçu, o desligamento de esgotos a céu aberto na CIC, no Cajuru e no Sítio Cercado, obras contra cheias de rios e a correção de tubulações rompidas e campanhas educativas.