No aniversário de 102 anos de João Paulo II, CMC tem solenidade
Legado do Papa João Paulo II foi destacado por padre João Luiz Borges, em nome dos homenageados. (Foto: Carlos Costa/CMC)
Das 22 personalidades indicadas para receberem o prêmio Papa João Paulo II este ano, 15 estiveram na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) na noite desta quarta-feira (18) para a sessão solene que marcou a entrega da honraria. A premiação é destinada àquelas que se destacam em ações de apoio à Igreja Católica Apostólica Romana e leva o nome de João Paulo II, único pontífice da história a visitar a capital paranaense.
Realizada presencialmente no Palácio Rio Branco – e transmitida pelas redes sociais –, a solenidade contou com a presença do vice-governador do Paraná, Darci Piana; e do superintendente do Instituto Municipal de Turismo (IMT), Paulo Cesar Nauiack, representando o prefeito Rafael Greca. Também teve a participação do Coral Cecilianista de Santo Atanásio, com repertório de músicas sacras, e a exibição de um vídeo que relembrou a passagem do pontífice por Curitiba, em 1980.
A mesa de trabalhos foi conduzida pelo vice-presidente da CMC, Tito Zeglin (PDT), e foi formada, ainda, por Flávia Francischini (União), primeira-secretária; Professora Josete (PT), segunda-secretária; Mauro Ignácio (União), quarto-secretário; e padre João Luiz Borges Lemos, representando todos os homenageados.
O prêmio foi instituído pelo Legislativo em 2006 – por meio da lei municipal 11.765/2006, já revogada – e hoje é regulamentado pela lei complementar 109/2018. Este ano, a Câmara Municipal indicou 22 personalidades para receberem a honraria (decreto legislativo 05/2022). A condecoração é entregue às pessoas físicas e jurídicas não governamentais que se destacaram no último ano em atividades de apoio às causas defendidas pela Igreja Católica.
Em nome do Legislativo, Tito Zeglin relembrou a trajetória de São João Paulo II, que dá nome à premiação. “Nenhum homem, nenhuma mulher de boa vontade pode esquivar-se ao compromisso de lutar para vencer o mal com o bem. É uma batalha que se combate validamente com as armas do amor. E onde reina o amor, sem dúvida nenhuma, reina a paz”, disse, parafraseando o pontífice. Segundo o vereador, a mensagem foi dada pelo Papa no Dia Mundial da Paz, em 2005.
“Todos [os homenageados] são testemunhas da igreja viva, em unidade e em comunidade, indo ao encontro do próximo, dos mais necessitados, crescendo na fé e vivendo na comunhão de Deus. Hoje, João Paulo II faria 102 anos”, completou o vereador. “O papa foi uma figura familiar em todo o mundo, capaz de atrair multidões de até 4 milhões de pessoas. Sua grande missão [foi a de] ser um anunciador do evangelho. Sempre usou seu cargo para chamar a atenção para o drama dos mais necessitados e oprimidos. Seu legado é imensurável, sendo aclamado como um dos maiores líderes do século passado".
“João Paulo II visitou mais de 120 países no mundo, levando a mensagem católica, mas, sobretudo, uma mensagem de paz e união entre os povos. Aqui, no Paraná, no Couto Pereira, mais de 60 mil pessoas estavam presentes [na missa realizada por João Paulo II, em 1980. O maior número de pessoas, em um recinto fechado, em todo o estado, até hoje”, relembrou o vice-governador, Darci Piana. Segundo ele, como cristão, católico apostólico romano, foi importante ver a Câmara homenagear “abnegados filhos e filhas de Deus, que tão bem fazem a seus próximos, seja em obras sociais seja em sacerdócio”.
Quem foi agraciado
Dos 22 indicados para receberem o Prêmio Papa João Paulo II em 2022, 15 estiveram na solenidade. Foram eles: padre Eguione Nogueira Ricardo, homenageado de Carol Dartora (PT); padre João Luiz Borges Lemos, de Flávia Francischini; frei Gilson de Lima Freitas, escolhido por Hernani (PSB); Julio César Lisbôa Maldonado, de João da 5 Irmãos (União); Marcelo Bigardi, indicado por Jornalista Márcio Barros (PSB); e Pedro Rafael Ioungblood, homenageado de Mauro Bobato (Pode).
Também receberam a premiação ontem: Carlos Luiz Bacheladenski, de Mauro Ignácio; Eliezer Teixeira, escolhido por Nori Seto; frei João Nilson Dantas Barbosa, indicado por Oscalino do Povo (PP); Josemar Czornei, de Osias Moraes (Republicanos); padre Lédio Milanez, de Professora Josete; Rozalina de Paula, de Sidnei Toaldo (Patriota); Representação Central da Comunidade Brasileiro - Polonesa Do Brasil - Braspol, de Tito Zeglin (PDT); e Anadir Miguel Jabonski, indicado por Zezinho Sabará (União).
=> Confira todas as imagens da sessão solene no Flickr da CMC.
Em nome dos homenageados, padre João Luiz Borges Lemos também destacou o legado de João Paulo II para a Igreja Católica e para os cristãos. “Entre tantas coisas, o que mais me marcou [em seu pontificado] foi sua vida missionária. E talvez seja isso que me impulsiona a sair pelo mundo e pregar o evangelho. Em todos os tempos foi o papa que mais países visitou, para levar sua mensagem".
“[São João Paulo II foi] o papa peregrino do amor. Seu primeiro gesto ao pisar em solo estrangeiro era abaixar-se para beijar a terra daquela nação, daquele povo. Seu beijo sempre foi um ato sublime, de quem vem para amar, sem colocar medidas para o amor. Ele desejava levar a todos a mensagem de Deus, que é o amor. Sempre com franqueza e misericórdia. Sem omitir a verdade que liberta, que é Jesus Cristo”, disse o padre. A premiação, complementou, reconhece “trabalhos, histórias e pessoas” e por “trás de cada homenageado, certamente tem uma multidão”.
O decreto legislativo que concede o prêmio também lista as seguintes personalidades: Reonaldo Luiz Pizoni, escolhido por Dalton Borba (PDT); Bernardo Pires Küster, indicado por Eder Borges (PP); José Carlos Fonsatti, de Herivelto Oliveira (Cidadania); padre Manoel Messias Vilela, de Leonidas Dias (Solidariedade); padre Hermes Pergher, escolhido por Marcos Vieira (PDT); Emily Luci Buch, de Noemia Rocha (MDB); Humberto Ferreira Pontes Filho, indicado por Professor Euler (MDB); e Associação Pequena Obra Franciscana, indicada por Tico Kuzma (Pros).
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