"Ninguém é obrigado a comprar velório virtual", diz vereador

por Assessoria Comunicação publicado 15/04/2014 12h20, última modificação 23/09/2021 08h55

Autor do projeto do “velório virtual”, o vereador Chico do Uberaba usou da palavra nesta terça-feira (15), durante a sessão plenária, para reforçar que “nenhuma pessoa é obrigada a contratar o serviço, mas os cemitérios precisam oferecer a transmissão online”. O parlamentar reclamou da interpretação que jornais têm dado à iniciativa. “O projeto de lei diz que as famílias poderiam optar pelo serviço, não que seria uma despesa fixa. Usa quem quer”, afirmou.

A polêmica começou ontem, após a divulgação do protocolo, na Câmara de Curitiba, da proposição 005.00070.2014. A matéria diz que os cemitérios localizados no município “devem dispor” do “velório virtual”. “Em nenhum momento diz lá que o cidadão é obrigado a pagar por isto”, insistiu Chico do Uberaba.

O “velório virtual” consistiria em captar imagens dentro das capelas onde os corpos são velados e transmiti-las em tempo real pela internet. Teria acesso à transmissão, explica Chico do Uberaba, somente as pessoas que tivessem autorização da família contratante do serviço. O controle seria feito mediante a distribuição de senhas de acesso. “A transmissão dependeria do aval da família”, frisa o vereador.

Perguntado sobre o custo dessa novidade para os cemitérios administrados pela Prefeitura de Curitiba, Chico do Uberaba rebateu dizendo que o “velório virtual” é uma “tecnologia barata” e que o investimento poderia ser feito com aquilo que já é pago ao Executivo por quem utiliza os cemitérios públicos. “Já cobram R$ 105,53 de quem utiliza os cemitérios do Santa Cândida e Boqueirão. No Água Verde e Cemitério Municipal, a taxa é de R$ 168,85. Dá para tirar a diferença daqui”, apontou o vereador.