Notas de plenário
Urbs
O presidente da Urbs, Marcos Isfer, que esteve na sessão plenária desta terça-feira (3), na Câmara de Curitiba, apresentou aos parlamentares, além de explicações sobre as atividades da empresa, também um CD com informações técnicas da metodologia tarifária do sistema integrado de transporte da Grande Curitiba.
Equipe
Isfer estava acompanhado pelo gestor de operação, Luiz Filla; pelo diretor de transporte, Fernando Ghignone, e, entre outros técnicos da equipe, a diretora de trânsito, Rosangêla Battistela, e Rubens de Camargo Penteado, diretor de desenvolvimento.
Composição
A Urbs possui 1.559 servidores em diferentes funções de gerenciamento. Estes profissionais técnicos administram os sistemas de transporte urbano, escolar, táxis, fretes e cadastramento de moto-fretistas, que está em regulamentação. A empresa ainda cuida do mobiliário urbano e atendimento a terminais e pontos de ônibus, incluídas mais de 300 estações tubo. Estão entre os servidores agentes da Diretran, que atuam na fiscalização e gestão de todo o transporte da cidade.
Referência
Isfer informou aos vereadores que a Urbs é referência nacional para outros órgãos assemelhados. É visitada por técnicos em transporte que vêm em busca da tecnologia que a empresa disponibiliza.
Presença
Representantes da Câmara de Quedas do Iguaçu, Elcio Jaime e Anorosvaldo Colombo, acompanharam a sessão plenária.
Custos
Na explanação feita por Isfer, foram relatados todos os itens operacionais, que incluem custos com lubrificantes, rodagem, consumo de pneus e limpeza dos veículos antes da saída das garagens para as linhas de circulação. Atuam nesta área 235 funcionários. Em peças e acessórios, a Urbs gasta 8% da receita, o que representa um valor mensal de R$ 3.820.492,39.
Pessoal
Entre as despesas da Urbs para manter o sistema de transporte da capital estão R$ 5.937.323,16 para pagamento de cobradores e R$ 10.583.780,54, de motoristas.
Despesas
O presidente da Urbs relacionou custos mensais da empresa, explicando item a item sobre despesas administrativas, de capital, com atividades complementares exercidas, quando necessário, por motoristas e também com o fundo assistencial, seguro de vida, plano de saúde, cestas básicas, atendimento médico com portadores de necessidades especiais, manutenção de equipamentos e encargos.
Fundo
Para administrar o Fundo de Urbanização de Curitiba são utilizados 4% do valor da tarifa, referentes ao custo do gerenciamento do sistema. No cálculo da tarifa, são consideradas projeções de receita e despesas pela média mensal anual. O custo total é dividido pelo número de passageiros pagantes equivalentes. É deste cálculo que resulta o valor da tarifa.
Audiência
Isfer garantiu que em breve será marcada audiência pública para o processo de licitação das empresas operadoras do transporte coletivo urbano, em resposta às indagações da vereadora Julieta Reis (DEM). O presidente da Urbs também explicou sobre o volume de isenções, que alcançam carteiros, oficiais de justiça, policiais fardados, estudantes e usuários do shopping popular e das Ruas de Cidadania.
Anel
Anel viário e transferência definitiva ao município do trecho da BR-476 foram indagações do vereador Tico Kuzma (PSB). Porém, segundo Isfer, faltam recursos federais para totalizar a obra que a Prefeitura realizou em parte. Quanto à fiscalização na Linha Verde, as informações esclareceram que a Diretran está firmando convênio com a Polícia Rodoviária e implantando radares fixos.
Autuações
Empresas que deveriam realizar reformas nos terminais estão sendo autuadas por omissão aos contratos firmados com a Urbs, de acordo com esclarecimentos prestados à líder de oposição, Professora Josete (PT). A parlamentar também questionou sobre a criação do Conselho Municipal de Transporte, prevista na legislação aprovada na Casa.
Equipamentos
Também em resposta à Professora Josete, Isfer afirmou que os equipamentos diferenciados do transporte coletivo de Curitiba não entram nos custos da tarifa.
Tarifa
Caíque Ferrante (PRP) quis saber sobre tributos que incidem na tarifa, especialmente em relação às alíquotas do ISS e ICMS. “A desoneração do transporte coletivo” poderia, conforme Isfer, reduzir substancialmente a tarifa. “Porém, no Brasil não há prioridade do transporte coletivo sobre o transporte individual”, comentou o presidente. Segundo ele, tributos como IPI, combustível e outras taxas poderiam ser avaliadas pelo governo federal para privilegiar o transporte coletivo.
Licitação
Licitação, subsídio e criação do Conselho de Transporte foram temas apontados pelo vereador Pedro Paulo (PT). Situações políticas interferiram, em sua opinião, sobre questões técnicas. “Não há caixa preta na Urbs”, respondeu Isfer. “Critérios utilizados pelos dois órgãos gerenciadores dos sistemas (Urbs e Comec) impedem essa ocorrência”, assegurou o presidente, acrescentando que licitação e seguros sobre acidentes serão temas incluídos no processo que a empresa fará brevemente.
Câmeras
O vereador Paulo Frote (PSDB) indagou sobre a colocação de câmeras na rodoviária e pontos da praça Tiradentes e Nestor de Castro, para coibir o tráfico de drogas. A medida está em andamento.
Semáforos
Marcos Isfer esclareceu que estão na Copel algumas reivindicações para desonerar os gastos da Urbs com semáforos. As lâmpadas dos equipamentos deverão ser trocadas para reduzir custos de operação.
Passe livre
“A renúncia fiscal é tolhida por lei sem a apresentação da origem de recursos, o que inviabiliza a implantação do passe livre reivindicado pelos movimentos estudantis”, de acordo com as informações. A Secretaria Municipal de Educação é quem faz repasse para cobrir isenções feitas aos estudantes de primeiro grau. “Para os setores secundário e universitário não há como o município se responsabilizar”, respondeu Isfer ao vereador Pedro Paulo (PT).
Preocupação
Causou bastante preocupação aos parlamentares a manifestação liderada pela diretoria da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) nas galerias do plenário, nesta tarde. Embora o direito de reivindicação reconhecido pela Mesa Executiva e pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, o ato extrapolou o bom senso e mesmo o direito dos demais presentes à Casa, para ouvir as explicações.
Sem legitimidade
Isfer também foi participante ativo de movimentos reivindicativos estudantis que mudaram muitos panoramas políticos, assim como o vereador petista Jonny Stica. Entretanto, ambos opinaram que a manifestação deveria ser pacífica e respeitosa para garantir sua legitimidade.
Transparência
Para Marcos Isfer, a Urbs age com transparência em relação às amostragens de planilhas, principalmente quanto à Rede Integrada de Transporte (RIT). Lamenta, entretanto, que a Comec tenha, em gestões anteriores, deixado de participar desta importante discussão, onerando ainda mais a operacionalidade por Curitiba. A informação atendeu solicitação do vereador Algaci Túlio (PMDB).
Compensação
Complementando, Isfer disse que a reforma do Terminal do Cabral compensará, por convênio com a Comec, o déficit gerado com os terminais de Guaraituba e Roça Grande, feitos sem consulta na época.
Araucária
Araucária é o único município da Grande Curitiba que reembolsa os custos da tarifa integrada, que origina um déficit anual de grande monta.
Superlotação
Para o vereador Emerson Prado (PSDB), a “superlotação é um problema que está acima do preço da tarifa.” Foi explicado que “é uma questão de pico, em função dos horários coincidentes do comércio, indústria e serviço público.” Para reduzir o impacto, a Urbs tem previsão de inclusão de 90 novos ônibus na frota, principalmente para as linhas Ligeirinho e Ligeirão.
Ganhos
Para os ganhos históricos citados pelo vereador Omar Sabbag Filho (PSDB), Marcos Isfer lembrou que o maior custo da Urbs é com o vandalismo, que somou mais de mil ações contra ônibus, placas de sinalização, além de roubo de semáforos. Para essas perdas, conclamou, inclusive, que os movimentos estudantis sejam coniventes na fiscalização sobre o vandalismo, que encarece a passagem. Upes e Ubes poderiam ajudar.
Violência
Para os atos de violência e assédio no interior dos veículos, reclamados pela vereadora cantora Mara Lima (PSDB), o presidente da Urbs garantiu providências.
Prorrogação
A sessão precisou de prorrogação do horário regimental para permitir que todos os vereadores se manifestassem. Também falaram Francisco Garcez e Serginho do Posto, do PSDB; Roberto Hinça e Tito Zeglin, do PDT; Valdemir Soares (PRB), Noemia Rocha (PMDB), Renata Bueno (PPS) e Denilson Pires (DEM).
O presidente da Urbs, Marcos Isfer, que esteve na sessão plenária desta terça-feira (3), na Câmara de Curitiba, apresentou aos parlamentares, além de explicações sobre as atividades da empresa, também um CD com informações técnicas da metodologia tarifária do sistema integrado de transporte da Grande Curitiba.
Equipe
Isfer estava acompanhado pelo gestor de operação, Luiz Filla; pelo diretor de transporte, Fernando Ghignone, e, entre outros técnicos da equipe, a diretora de trânsito, Rosangêla Battistela, e Rubens de Camargo Penteado, diretor de desenvolvimento.
Composição
A Urbs possui 1.559 servidores em diferentes funções de gerenciamento. Estes profissionais técnicos administram os sistemas de transporte urbano, escolar, táxis, fretes e cadastramento de moto-fretistas, que está em regulamentação. A empresa ainda cuida do mobiliário urbano e atendimento a terminais e pontos de ônibus, incluídas mais de 300 estações tubo. Estão entre os servidores agentes da Diretran, que atuam na fiscalização e gestão de todo o transporte da cidade.
Referência
Isfer informou aos vereadores que a Urbs é referência nacional para outros órgãos assemelhados. É visitada por técnicos em transporte que vêm em busca da tecnologia que a empresa disponibiliza.
Presença
Representantes da Câmara de Quedas do Iguaçu, Elcio Jaime e Anorosvaldo Colombo, acompanharam a sessão plenária.
Custos
Na explanação feita por Isfer, foram relatados todos os itens operacionais, que incluem custos com lubrificantes, rodagem, consumo de pneus e limpeza dos veículos antes da saída das garagens para as linhas de circulação. Atuam nesta área 235 funcionários. Em peças e acessórios, a Urbs gasta 8% da receita, o que representa um valor mensal de R$ 3.820.492,39.
Pessoal
Entre as despesas da Urbs para manter o sistema de transporte da capital estão R$ 5.937.323,16 para pagamento de cobradores e R$ 10.583.780,54, de motoristas.
Despesas
O presidente da Urbs relacionou custos mensais da empresa, explicando item a item sobre despesas administrativas, de capital, com atividades complementares exercidas, quando necessário, por motoristas e também com o fundo assistencial, seguro de vida, plano de saúde, cestas básicas, atendimento médico com portadores de necessidades especiais, manutenção de equipamentos e encargos.
Fundo
Para administrar o Fundo de Urbanização de Curitiba são utilizados 4% do valor da tarifa, referentes ao custo do gerenciamento do sistema. No cálculo da tarifa, são consideradas projeções de receita e despesas pela média mensal anual. O custo total é dividido pelo número de passageiros pagantes equivalentes. É deste cálculo que resulta o valor da tarifa.
Audiência
Isfer garantiu que em breve será marcada audiência pública para o processo de licitação das empresas operadoras do transporte coletivo urbano, em resposta às indagações da vereadora Julieta Reis (DEM). O presidente da Urbs também explicou sobre o volume de isenções, que alcançam carteiros, oficiais de justiça, policiais fardados, estudantes e usuários do shopping popular e das Ruas de Cidadania.
Anel
Anel viário e transferência definitiva ao município do trecho da BR-476 foram indagações do vereador Tico Kuzma (PSB). Porém, segundo Isfer, faltam recursos federais para totalizar a obra que a Prefeitura realizou em parte. Quanto à fiscalização na Linha Verde, as informações esclareceram que a Diretran está firmando convênio com a Polícia Rodoviária e implantando radares fixos.
Autuações
Empresas que deveriam realizar reformas nos terminais estão sendo autuadas por omissão aos contratos firmados com a Urbs, de acordo com esclarecimentos prestados à líder de oposição, Professora Josete (PT). A parlamentar também questionou sobre a criação do Conselho Municipal de Transporte, prevista na legislação aprovada na Casa.
Equipamentos
Também em resposta à Professora Josete, Isfer afirmou que os equipamentos diferenciados do transporte coletivo de Curitiba não entram nos custos da tarifa.
Tarifa
Caíque Ferrante (PRP) quis saber sobre tributos que incidem na tarifa, especialmente em relação às alíquotas do ISS e ICMS. “A desoneração do transporte coletivo” poderia, conforme Isfer, reduzir substancialmente a tarifa. “Porém, no Brasil não há prioridade do transporte coletivo sobre o transporte individual”, comentou o presidente. Segundo ele, tributos como IPI, combustível e outras taxas poderiam ser avaliadas pelo governo federal para privilegiar o transporte coletivo.
Licitação
Licitação, subsídio e criação do Conselho de Transporte foram temas apontados pelo vereador Pedro Paulo (PT). Situações políticas interferiram, em sua opinião, sobre questões técnicas. “Não há caixa preta na Urbs”, respondeu Isfer. “Critérios utilizados pelos dois órgãos gerenciadores dos sistemas (Urbs e Comec) impedem essa ocorrência”, assegurou o presidente, acrescentando que licitação e seguros sobre acidentes serão temas incluídos no processo que a empresa fará brevemente.
Câmeras
O vereador Paulo Frote (PSDB) indagou sobre a colocação de câmeras na rodoviária e pontos da praça Tiradentes e Nestor de Castro, para coibir o tráfico de drogas. A medida está em andamento.
Semáforos
Marcos Isfer esclareceu que estão na Copel algumas reivindicações para desonerar os gastos da Urbs com semáforos. As lâmpadas dos equipamentos deverão ser trocadas para reduzir custos de operação.
Passe livre
“A renúncia fiscal é tolhida por lei sem a apresentação da origem de recursos, o que inviabiliza a implantação do passe livre reivindicado pelos movimentos estudantis”, de acordo com as informações. A Secretaria Municipal de Educação é quem faz repasse para cobrir isenções feitas aos estudantes de primeiro grau. “Para os setores secundário e universitário não há como o município se responsabilizar”, respondeu Isfer ao vereador Pedro Paulo (PT).
Preocupação
Causou bastante preocupação aos parlamentares a manifestação liderada pela diretoria da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) nas galerias do plenário, nesta tarde. Embora o direito de reivindicação reconhecido pela Mesa Executiva e pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, o ato extrapolou o bom senso e mesmo o direito dos demais presentes à Casa, para ouvir as explicações.
Sem legitimidade
Isfer também foi participante ativo de movimentos reivindicativos estudantis que mudaram muitos panoramas políticos, assim como o vereador petista Jonny Stica. Entretanto, ambos opinaram que a manifestação deveria ser pacífica e respeitosa para garantir sua legitimidade.
Transparência
Para Marcos Isfer, a Urbs age com transparência em relação às amostragens de planilhas, principalmente quanto à Rede Integrada de Transporte (RIT). Lamenta, entretanto, que a Comec tenha, em gestões anteriores, deixado de participar desta importante discussão, onerando ainda mais a operacionalidade por Curitiba. A informação atendeu solicitação do vereador Algaci Túlio (PMDB).
Compensação
Complementando, Isfer disse que a reforma do Terminal do Cabral compensará, por convênio com a Comec, o déficit gerado com os terminais de Guaraituba e Roça Grande, feitos sem consulta na época.
Araucária
Araucária é o único município da Grande Curitiba que reembolsa os custos da tarifa integrada, que origina um déficit anual de grande monta.
Superlotação
Para o vereador Emerson Prado (PSDB), a “superlotação é um problema que está acima do preço da tarifa.” Foi explicado que “é uma questão de pico, em função dos horários coincidentes do comércio, indústria e serviço público.” Para reduzir o impacto, a Urbs tem previsão de inclusão de 90 novos ônibus na frota, principalmente para as linhas Ligeirinho e Ligeirão.
Ganhos
Para os ganhos históricos citados pelo vereador Omar Sabbag Filho (PSDB), Marcos Isfer lembrou que o maior custo da Urbs é com o vandalismo, que somou mais de mil ações contra ônibus, placas de sinalização, além de roubo de semáforos. Para essas perdas, conclamou, inclusive, que os movimentos estudantis sejam coniventes na fiscalização sobre o vandalismo, que encarece a passagem. Upes e Ubes poderiam ajudar.
Violência
Para os atos de violência e assédio no interior dos veículos, reclamados pela vereadora cantora Mara Lima (PSDB), o presidente da Urbs garantiu providências.
Prorrogação
A sessão precisou de prorrogação do horário regimental para permitir que todos os vereadores se manifestassem. Também falaram Francisco Garcez e Serginho do Posto, do PSDB; Roberto Hinça e Tito Zeglin, do PDT; Valdemir Soares (PRB), Noemia Rocha (PMDB), Renata Bueno (PPS) e Denilson Pires (DEM).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba