Notas de plenário

por Assessoria Comunicação publicado 03/03/2009 21h40, última modificação 23/06/2021 08h13
Urbs
O presidente da Urbs, Marcos Isfer, que esteve na sessão plenária desta terça-feira (3), na Câmara de Curitiba, apresentou aos parlamentares, além de explicações sobre as atividades da empresa, também um CD com informações técnicas da metodologia  tarifária do sistema integrado de transporte da Grande Curitiba.

Equipe

Isfer estava acompanhado pelo gestor de operação,  Luiz Filla; pelo diretor de transporte,  Fernando Ghignone, e, entre outros técnicos da equipe, a diretora de trânsito,  Rosangêla Battistela, e  Rubens  de Camargo Penteado, diretor de desenvolvimento.
 
Composição

A Urbs possui 1.559 servidores em diferentes funções  de gerenciamento.  Estes profissionais técnicos administram  os sistemas de transporte urbano, escolar, táxis, fretes e  cadastramento de moto-fretistas, que está em regulamentação. A empresa ainda cuida do mobiliário urbano e atendimento a terminais e  pontos de ônibus, incluídas mais de 300 estações tubo. Estão entre os servidores agentes da  Diretran, que atuam na fiscalização e gestão de todo o  transporte da cidade.

Referência
Isfer informou aos vereadores  que a Urbs é referência nacional para  outros órgãos assemelhados. É visitada por técnicos em transporte que vêm  em busca da tecnologia  que a empresa  disponibiliza.

Presença
Representantes da Câmara de Quedas do Iguaçu, Elcio Jaime e Anorosvaldo Colombo, acompanharam a sessão plenária.

Custos
Na explanação feita por Isfer, foram relatados todos os itens operacionais, que incluem custos com lubrificantes, rodagem, consumo de pneus e limpeza dos veículos antes da saída  das garagens para as linhas de circulação.  Atuam nesta área 235 funcionários.  Em peças e acessórios, a Urbs gasta 8% da receita, o que representa um valor mensal de R$ 3.820.492,39.

Pessoal
Entre as despesas da Urbs para manter o sistema de transporte da capital estão R$ 5.937.323,16 para pagamento de cobradores e R$ 10.583.780,54, de  motoristas.

Despesas
O presidente da Urbs  relacionou  custos mensais da empresa, explicando item a item sobre  despesas administrativas, de capital, com atividades complementares exercidas, quando necessário, por motoristas e também  com o fundo assistencial, seguro de vida,  plano de saúde, cestas básicas,  atendimento médico com portadores de necessidades especiais, manutenção de equipamentos e encargos.    

Fundo
Para administrar o Fundo de Urbanização de  Curitiba são utilizados 4% do valor da tarifa, referentes ao custo do gerenciamento do sistema. No cálculo da tarifa, são consideradas projeções de receita e despesas pela média mensal anual. O custo total é dividido pelo número de passageiros pagantes equivalentes. É deste cálculo que resulta o valor da tarifa.

Audiência

Isfer garantiu que em breve será marcada  audiência pública para o processo de licitação das empresas operadoras do transporte coletivo urbano, em resposta às indagações da vereadora Julieta Reis (DEM). O presidente da Urbs também explicou sobre o volume de isenções, que alcançam carteiros, oficiais de justiça, policiais fardados, estudantes e  usuários do shopping popular e das Ruas de Cidadania.

Anel
Anel viário e transferência definitiva ao município do trecho da BR-476 foram indagações do vereador Tico Kuzma (PSB). Porém,  segundo Isfer, faltam recursos federais para totalizar a obra que  a Prefeitura realizou em  parte.  Quanto à fiscalização na Linha Verde, as informações esclareceram que a Diretran  está firmando convênio  com a Polícia Rodoviária e implantando  radares fixos.

Autuações

Empresas que deveriam realizar reformas nos terminais estão sendo autuadas por omissão aos contratos firmados com a Urbs, de acordo com  esclarecimentos prestados à líder de oposição, Professora Josete (PT). A parlamentar também questionou sobre a criação do Conselho Municipal de Transporte, prevista na legislação aprovada na Casa.

Equipamentos

Também em resposta à Professora Josete, Isfer afirmou que os equipamentos diferenciados do transporte coletivo de  Curitiba  não entram nos custos da tarifa.

Tarifa
Caíque Ferrante (PRP)  quis saber sobre  tributos que incidem na tarifa, especialmente em relação às alíquotas do ISS e ICMS. “A desoneração do transporte coletivo” poderia, conforme Isfer, reduzir substancialmente a tarifa. “Porém, no Brasil não há prioridade do transporte coletivo sobre o transporte individual”,  comentou o presidente.  Segundo ele, tributos como IPI, combustível e outras taxas poderiam ser avaliadas pelo governo federal para privilegiar o transporte coletivo.  

Licitação

Licitação, subsídio e criação do Conselho  de Transporte foram  temas apontados pelo vereador Pedro Paulo (PT). Situações políticas interferiram, em sua opinião, sobre  questões técnicas. “Não há caixa preta na Urbs”, respondeu Isfer. “Critérios utilizados pelos dois órgãos gerenciadores dos sistemas (Urbs e Comec) impedem essa ocorrência”, assegurou o presidente, acrescentando que licitação e seguros sobre acidentes serão temas incluídos no processo que a empresa fará brevemente.

Câmeras
O vereador Paulo Frote (PSDB)  indagou sobre a colocação de câmeras na rodoviária e pontos da praça Tiradentes e Nestor de Castro, para coibir o tráfico de drogas.  A medida está em andamento.

Semáforos
Marcos Isfer esclareceu que estão na Copel algumas reivindicações para desonerar os gastos da Urbs com semáforos. As lâmpadas dos  equipamentos deverão ser trocadas para reduzir custos de operação.

Passe livre
“A renúncia fiscal é tolhida por lei sem a apresentação da origem de recursos, o que inviabiliza a implantação do passe livre reivindicado pelos movimentos estudantis”, de acordo com as  informações.    A Secretaria Municipal de Educação é quem faz  repasse para cobrir  isenções feitas aos estudantes de primeiro grau. “Para os setores secundário e universitário não há como o município se responsabilizar”, respondeu Isfer ao vereador Pedro Paulo (PT).

Preocupação

Causou bastante preocupação aos parlamentares a  manifestação liderada pela diretoria da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) nas galerias do plenário, nesta tarde. Embora o direito de reivindicação  reconhecido pela Mesa Executiva e pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, o ato extrapolou o bom senso e mesmo o direito dos demais presentes à Casa, para ouvir as explicações.

Sem legitimidade
Isfer também foi participante ativo de movimentos reivindicativos estudantis que mudaram muitos panoramas políticos, assim como o vereador petista Jonny Stica.  Entretanto, ambos opinaram que a manifestação deveria ser pacífica e respeitosa para garantir sua legitimidade.

Transparência
Para Marcos Isfer, a Urbs age com transparência em relação às amostragens de planilhas, principalmente quanto à Rede Integrada de Transporte (RIT). Lamenta, entretanto, que a Comec tenha, em gestões anteriores, deixado de participar desta importante discussão, onerando ainda mais a operacionalidade por Curitiba. A informação atendeu solicitação do vereador Algaci Túlio (PMDB).
   
Compensação
Complementando,  Isfer  disse que a reforma do Terminal do Cabral  compensará, por convênio com a Comec, o déficit gerado com  os terminais de Guaraituba e Roça Grande, feitos sem consulta na época.

Araucária
Araucária é o único município da Grande Curitiba que reembolsa os custos da tarifa integrada, que origina um déficit anual de grande monta.
 
Superlotação
Para o vereador Emerson Prado (PSDB), a “superlotação é um problema que está acima do preço da tarifa.” Foi explicado que “é uma questão de pico, em função dos  horários coincidentes do comércio, indústria e serviço público.” Para reduzir o impacto, a Urbs tem  previsão de inclusão de 90 novos ônibus na frota, principalmente para as linhas Ligeirinho e Ligeirão.

Ganhos
Para os ganhos históricos citados pelo vereador Omar Sabbag Filho (PSDB), Marcos Isfer lembrou que o maior custo da Urbs é com o vandalismo, que somou mais de mil ações contra ônibus, placas de sinalização, além de roubo de semáforos.     Para essas perdas, conclamou, inclusive, que os movimentos estudantis sejam  coniventes na fiscalização sobre o vandalismo, que encarece a passagem.  Upes e Ubes poderiam ajudar.

Violência
Para os atos de violência e assédio no interior dos veículos, reclamados pela vereadora cantora Mara Lima (PSDB), o presidente da Urbs  garantiu  providências.

Prorrogação
A sessão precisou de prorrogação do horário regimental para permitir que todos os vereadores se manifestassem. Também falaram Francisco Garcez e Serginho do Posto, do PSDB; Roberto Hinça  e Tito Zeglin, do PDT; Valdemir Soares  (PRB), Noemia Rocha (PMDB),  Renata Bueno (PPS) e Denilson Pires (DEM).