Nely Almeida critica impunidade ao MST

por Assessoria Comunicação publicado 02/05/2008 19h35, última modificação 21/06/2021 09h42
A vereadora Nely Almeida (PSDB) questionou, na Câmara de Curitiba, a omissão das autoridades quanto à atuação do MST. Para a parlamentar, é um estímulo aos baderneiros de plantão, que põe em cheque a democracia no Brasil. “A liberdade encontrada por essa gente, como todos sabem, depõe contra o governo, fazendo com que a imagem do País, já desgastada, perca o pouco de dignidade que ainda resta, principalmente no exterior”, avalia. Nely Almeida afirma que o MST continua preocupando os donos de terra e lembra que o movimento já ocupou muitas propriedades durante 12 anos de atividades ilícitas.
“Recentemente, integrantes do movimento ocuparam agências do Banco do Brasil em 14 cidades. Eles ampliaram o protesto em 12 Estados sob a justificativa de que lutam, de forma correta, pela reforma agrária. Essa declaração é falsa, porque os líderes exigem a liberação de linhas de crédito, apoio à produção e financiamento para a construção da casa própria, mas, depois de algum tempo, vendem os imóveis e invadem outras propriedades”, contesta.
Segundo a vereadora, a impunidade em relação ao MST precisa ser barrada. “Da forma como está, o movimento pode até ser transformado em partido político e eleger representantes nos três poderes, o que seria absurdo”, diz. Nely Almeida cita a invasão, recentemente, das praças de pedágio no Paraná. “Na ocasião, os invasores justificaram a atitude afirmando que o MST integrou uma manifestação que fez parte do Abril Vermelho, que lembra a morte de 19 sem-terra no Pará, em 1996. Na praça da BR-277, entre Curitiba e o litoral, cerca de 1,2 mil veículos deixaram de pagar a tarifa, gerando prejuízos de R$ 180 milhões do Estado com as concessionárias”, conclui.