Na segunda, CMC dá o pontapé oficial da Semana Barão do Serro Azul
Em 2021, na primeira edição, o Palácio Rio Branco recebeu a placa que incluiu o prédio histórico no circuito cultural da Semana do Barão do Serro Azul. Foto: (Rodrigo Fonseca/CMC)
No próximo domingo, 6 de agosto, começa em Curitiba mais uma edição da Semana do Barão de Serro Azul, data que foi instituída pela lei municipal 15.687/2020. Durante toda a semana, várias atividades culturais serão promovidas pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) em diferentes pontos da cidade, relembrando a vida e a história de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul. Na segunda-feira (7), o pontapé oficial para o evento será dado durante a sessão plenária.
A primeira edição do evento aconteceu em 2021, um ano após a aprovação da lei, que é de iniciativa do vereador Serginho do Posto (União). O 6 de agosto é o dia do nascimento de Ildefonso Correia, em 1849. Ele foi fundador da Associação Comercial do Paraná (ACP), do Clube Curitibano e ex-presidente da Câmara de Curitiba. E recebeu o título de barão em 1888, da princesa Isabel. Foi um dos maiores exportadores de mate do mundo e um dos primeiros abolicionistas.
Em 2021, na primeira edição, o Palácio Rio Branco recebeu a placa que incluiu o prédio histórico no circuito cultural da Semana do Barão do Serro Azul. A placa tem um QR Code, que direciona para a biografia do homenageado. O circuito é formado por oito espaços da cidade que estão relacionados com a vida e os feitos de Ildefonso Pereira Correia, atualmente considerado um dos heróis nacionais por sua atuação na Revolução Federalista.
Fazem parte deste circuito, o Solar do Barão, prédio construído por ele como residência de sua família; o Cine Passeio, onde funcionou a Impressora Paranaense, que imprimia rótulos das embalagens de erva-mate (exportadas pelo Barão); a sede da ACP, da qual Ildefonso Correia foi um dos fundadores; a Pracinha do Batel, onde funcionou o seu engenho de erva-mate; a antiga sede do Clube Curitibano, do qual foi o primeiro presidente, atualmente sede da Cohab; a Escola Tiradentes, construída por ele; e o seu túmulo no Cemitério Municipal.
Assim como o Palácio Rio Branco, os outros pontos do circuito também receberam uma marcação de reconhecimento histórico, com identificação do Barão do Serro Azul. Os recursos foram alocados com emenda parlamentar de Serginho do Posto, autor da lei.
A programação de 2023
A 3ª edição da Semana do Barão do Serro Azul começa no domingo (6), às 10h, com a celebração do aniversário do Barão, na 6ª Roda de Matte Cultural, no Centro Histórico. Na segunda, durante a sessão plenária, ocorrerá uma solenidade. Na terça-feira (8), está agendada uma palestra de abertura do Encontro de Negócios sobre a Condecoração do Barão do Serro Azul, na ACP. Quarta-feira (9) será o dia de uma oficina para crianças com a Família Folha, na Fazenda Urbana do Cajuru, entre 14h e 16h30. Haverá distribuição da revista em quadrinhos do Barão e plantio de erva-mate.
Na quinta-feira (10), a partir de 19h, no Memorial de Curitiba, tem palestra com Letícia Geraldi Ghesti, autora do livro “Os Ilustres Irmãos Rebouças” e pesquisadora da história do Barão, e assinatura do termo de criação da Sociedade Afeitos do Barão (compromisso da comissão para Semana do Barão 2024). Na sexta-feira (11), a FCC coordena uma visita guiada ao Cemitério Municipal de Curitiba, às 19h. E no sábado (12), dia de encerramento da semana, haverá Roda de Matte na Feira do Juvevê, de 9h às 12h, e oficina e exposição no Solar do Barão.
Herói nacional
Segundo biografia publicada pela Prefeitura de Curitiba, o Barão do Serro Azul “era tido como traidor no passado, mas hoje é considerado herói, responsável por Curitiba ter saído ilesa da passagem dos maragatos pela cidade, em plena Revolução Federalista. Ele morreu cedo, aos 44 anos, em 20 de maio de 1894. Foi fuzilado com outros homens do seu círculo pelas forças legalistas durante a viagem de trem até Paranaguá, sua cidade natal, de onde supostamente seria levado preso até o Rio de Janeiro.
Empreendedor visionário, foi um destacado produtor e exportador de erva-mate. Para produzir os rótulos das novas embalagens em que passou a exportar o produto, estruturou a Impressora Paranaense. A empresa funcionava no local onde posteriormente o Exército construiu a edificação que hoje, restaurada, abriga o Cine Passeio.
A empresa ficava a poucos metros de sua bela residência (adquirida pela Prefeitura e transformada no Centro Cultural Solar do Barão) e da atual sede da Junta Comercial (da qual ele é um dos fundadores). O Barão do Serro Azul também fundou a Associação Comercial e o Clube Curitibano, além de ter sido deputado provincial e presidente interino da Província. Abolicionista, libertou seus escravos e foi condecorado em 1888 pela Princesa Isabel com o título de Barão do Serro Azul.
Em 2009, após 114 anos de sua morte, teve seus atos de heroísmo reconhecido ao ter o seu nome inscrito no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, que fica no salão principal do Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília”.
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