Na quarta, Tribuna Livre liga Curitiba ao maior roubo da história da pirataria

por José Lázaro Jr. — publicado 20/08/2021 18h10, última modificação 23/08/2021 13h11
Marcos Juliano Ofenbock, autor do livro “Crônicas do Pirata Zulmiro”, participa da sessão plenária a convite de Herivelto Oliveira.
Na quarta, Tribuna Livre liga Curitiba ao maior roubo da história da pirataria

Ilustração de um jornal americano de 1920 interessado na história do pirata Zarolho, Zulmiro e José Sancho. (Foto: Acervo Marcos Juliano Ofenbock)

Na quarta-feira (25), a partir das 9h, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC), na Tribuna Livre, recebe o pesquisador Marcos Juliano Ofenbock, autor do livro “Crônicas do Pirata Zulmiro”. E não se trata de ficção, aliás, muito pelo contrário, a conversa vai ser sobre como documentos oficiais do Legislativo ajudaram a elucidar um dos maiores roubos da história da pirataria mundial. Ofenbock já tratou dessa história no podcast da CMC, o Curitibacast, no qual contou em detalhes como o pirata Zulmiro veio se esconder no Pilarzinho em 1838 (ouça aqui). 

O convite para participar da sessão plenária, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da CMC, foi do vereador Herivelto Oliveira (Cidadania). Ofenbock vai compartilhar com Curitiba suas últimas descobertas sobre a biografia de Francis Hodder, ou João Francisco Inglês, ou Zulmiro. O eremita que morava no Pilarzinho e só revelou sua história de vida a um amigo, no fim da vida, a quem confessou ter escondido um valioso tesouro na Ilha da Trindade, no litoral do Espírito Santo. Diz-se que seriam relíquias da Catedral de Lima, roubadas em 1821.

Membro de uma nobre família inglesa, Hodder matou um colega oficial da marinha britânica numa discussão de bar, desertou e se tornou o pirata Zulmiro. Para despistar as autoridades, Zulmiro teria se escondido em Curitiba, no bairro Pilarzinho, em 1838, após escapar da marinha inglesa. Tudo parecia lenda até Ofenbock descobrir o nome de João Francisco Inglês no livro de registro de sepultamentos do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, no final de 2018, e juntar as peças do quebra-cabeças.