Na quarta, Tribuna Livre liga Curitiba ao maior roubo da história da pirataria
Ilustração de um jornal americano de 1920 interessado na história do pirata Zarolho, Zulmiro e José Sancho. (Foto: Acervo Marcos Juliano Ofenbock)
Na quarta-feira (25), a partir das 9h, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC), na Tribuna Livre, recebe o pesquisador Marcos Juliano Ofenbock, autor do livro “Crônicas do Pirata Zulmiro”. E não se trata de ficção, aliás, muito pelo contrário, a conversa vai ser sobre como documentos oficiais do Legislativo ajudaram a elucidar um dos maiores roubos da história da pirataria mundial. Ofenbock já tratou dessa história no podcast da CMC, o Curitibacast, no qual contou em detalhes como o pirata Zulmiro veio se esconder no Pilarzinho em 1838 (ouça aqui).
O convite para participar da sessão plenária, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da CMC, foi do vereador Herivelto Oliveira (Cidadania). Ofenbock vai compartilhar com Curitiba suas últimas descobertas sobre a biografia de Francis Hodder, ou João Francisco Inglês, ou Zulmiro. O eremita que morava no Pilarzinho e só revelou sua história de vida a um amigo, no fim da vida, a quem confessou ter escondido um valioso tesouro na Ilha da Trindade, no litoral do Espírito Santo. Diz-se que seriam relíquias da Catedral de Lima, roubadas em 1821.
Membro de uma nobre família inglesa, Hodder matou um colega oficial da marinha britânica numa discussão de bar, desertou e se tornou o pirata Zulmiro. Para despistar as autoridades, Zulmiro teria se escondido em Curitiba, no bairro Pilarzinho, em 1838, após escapar da marinha inglesa. Tudo parecia lenda até Ofenbock descobrir o nome de João Francisco Inglês no livro de registro de sepultamentos do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, no final de 2018, e juntar as peças do quebra-cabeças.
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