Na ProMulher, Carlise Kwiatkowski promete Curitiba unida na defesa das mulheres
No biênio 2025-206, a Procuradoria da Mulher será dirigida pela vereadora Carlise Kwiatkowski. (Foto: Carlos Costa/CMC)
“Quando o direito de uma mulher for violado, essa Casa estará unida para dizer que isto não cabe nesta cidade. Uma mulher com direitos violados é uma família ferida, que vai desencadear uma série de acontecimentos que exigirão a ação do Estado. Não podemos deixar que tenha qualquer espírito de segregação. Nós queremos união, trabalhar ao lado de homens de bem, pois quando homens e mulheres se unem, a força da Criação se revela”, afirmou Carlise Kwiatkowski (PL), nesta segunda-feira (13), ao assumir a Procuradoria da Mulher (ProMulher) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
No biênio 2025-2026, ao lado de Carlise Kwiatkowski na Procuradoria da Mulher, estarão Rafaela Lupion (PSD) e Vanda de Assis (PT), como primeira e segunda procuradoras-adjuntas. “Nós nos dispomos a trabalhar de forma suprapartidária. Vamos deixar um legado, assim como fizeram as outras procuradoras que vieram antes de nós. Com a união de todos os segmentos, vamos fazer da procuradoria um espaço aberto e de construção dos direitos das mulheres”, prometeu Kwiatkowski. No discurso de posse, disse se inspirar em Maria Mãe de Jesus, na família e em Michele Bolsonaro “que não me deixou desistir da política”.
Prestigiada pela secretária estadual da Mulher, Leandre Dal Ponte, pela procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná, deputada Cloara Pinheiro (PSD) e pela secretaria municipal da Mulher, Marli Teixeira Leite, a cerimônia de posse da Procuradoria da Mulher foi conduzida pelo presidente da Câmara de Curitiba, Tico Kuzma (PSD), secretariado por Bruno Rossi (Agir). “É um momento importante para a CMC, que tem a maior bancada feminina da história da Câmara de Curitiba, designar a nova gestão da Procuradoria da Mulher”, destacou Kuzma, colocando a CMC à disposição da ProMulher.
Rafaela Lupion confirmou que “o foco é fazer um trabalho com as demais procuradorias, órgãos e entidades do Paraná para garantir que não haja violação dos direitos das mulheres”. “A ProMulher serve para a gente construir políticas públicas de garantia de direitos para mulheres. No meu caso, como vereadora do campo popular, para defender políticas para as mulheres em situação de mais vulnerabilidade, das mulheres pretas da periferia”, completou Vanda de Assis. O portal da CMC na internet tem uma seção dedicada às atividades da Procuradoria da Mulher, com e-mail e telefone de contato.
As atribuições da Procuradoria da Mulher da Câmara de Curitiba são receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes denúncias de violência e discriminação contra a mulher, assim como fiscalizar as políticas públicas e os programas municipais para a igualdade entre homens e mulheres e zelar pela participação efetiva das vereadoras nos órgãos e atividades da CMC. É facultado à ProMulher realizar pesquisas, seminários e demais atividades ligadas à representação feminina na política, incluindo a promoção de promover campanhas educativas.
A cerimônia foi acompanhada, em plenário, pelas vereadoras Indiara Barbosa (Novo), Meri Martins (Republicanos), Giorgia Prates - Mandata Preta (PT), Camilla Gonda (PSB), Laís Leão (PDT), Professora Angela (PSOL), Nori Seto (PP), Serginho do Posto (PSD), Bruno Secco (PMB), Da Costa (União), Fernando Klinger (PL), Guilherme Kilter (Novo), Lórens Nogueira (PP) e Olimpio Araujo Junior (PL).
Leandre Dal Ponte: Procuradorias formam rede nacional de apoio às mulheres
Ao discursar na Câmara de Curitiba, a secretaria estadual da Mulher, Leandre Dal Ponte, contou que a ideia da criação de procuradorias nas câmaras municipais surgiu no Congresso Nacional. Deputada federal pelo Paraná desde 2015, ela dirigiu a Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados de 2021 a 2022, quando percebeu que o órgão, além das denúncias, recebia muitos pedidos. “Era um instrumento para acolher demandas das brasileiras, como a de ter uma Delegacia da Mulher em todos os municípios”, contou Dal Ponte.
“Muitos municípios brasileiros sequer têm delegacias [quanto mais uma delegacia especializada], mas todos têm câmaras de vereadores. Daí a ideia de criar uma rede de Procuradorias da Mulher, para apoiar a gestão municipal, porque é nas cidades onde vivem as mulheres”, explicou Leandre Dal Ponte. Nessa esteira, a procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná, Cloara Pinheiro, comemorou que, na sua gestão, elevou de 113 para 162 o número de Procuradorias da Mulher nas câmaras municipais do Paraná. “E já temos mais 15 para instalar!”, comemorou a deputada estadual, pedindo a ajuda das vereadoras para consolidar a rede no estado.
Falando em nome da Prefeitura de Curitiba, a secretária municipal da Mulher, Marli Teixeira Leite, pediu aplausos à educadora Diva Guimarães, falecida na véspera, aos 85 anos, cuja fala sobre enfrentamento do racismo, na Feira Literária de Paraty de 2017, viralizou na internet. “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança, por isso precisamos de toda uma sociedade para combater o racismo, a discriminação, a xenofobia, e de todas as secretarias municipais para avançar na política de cuidado com as mulheres, nos direitos das famílias”, defendeu Marli Leite, colocando-se à disposição da Câmara de Curitiba.
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