Na Câmara, Ricardo Barros fala de eficiência econômica em sua gestão
A convite da vereadora Maria Manfron (PP), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, esteve na Câmara de Curitiba durante a sessão plenária desta segunda-feira (13) e falou sobre seu trabalho à frente do Ministério da Saúde desde que assumiu o cargo, em maio de 2016. Ele destacou a “ação austera” do governo federal com as contas públicas. “Essas medidas resultam da eficiência da economia de R$ 1,9 bilhão nos primeiros 200 dias de gestão, que permitiu oferecer mais de 5.933 serviços de saúde em todo Brasil”, afirmou o chefe da pasta.
Leia também>> Vacina da gripe: trabalhadores do transporte podem ter prioridade
Segundo Barros, pelo menos R$ 1 bilhão foram provenientes da economia na compra de medicamentos, R$ 52,5 milhões em despesas com serviços gerais, R$ 166,1 mi com redução de contratos de informática e R$ 26 milhões em reforma administrativa. “Temos feito um grande esforço, cortamos 300 cargos comissionados e a maior economia foi na compra de remédios. Substituímos o remédio para a AIDS pelo mais moderno do mundo e conseguimos um desconto de 70% para a compra dele”, exemplificou.
A falta de medicamentos nas unidades de saúde já tinha gerado debate na Câmara nesta segunda-feira (leia mais).
O ministro também falou sobre a atuação dos médicos cubanos no programa Mais Médicos do governo federal. “Fizemos agora uma chamada, para brasileiros, e 8.700 compareceram para 1.400 vagas, sinal de que temos brasileiros no mercado pra ocupar. Chamados esses 1.400, 600 já não querem, passam, mas chegam lá e "não dá pra reduzir a carga horária", "não dá pra não trabalhar?" E não é possível”, revelou.
“Por isso que o povo gosta do cubano. O cubano vai lá, fica das oito às seis da tarde, sábado e domingo, come churrasco com a turma, fica o dia inteiro à disposição da população, é esse o tratamento diferenciado que faz com que a aprovação do programa Mais Médicos seja 95%. Mas nós vamos insistir em dar oportunidade aos brasileiros”, complementou.
Sobre o Mais Médicos, Barros informou que existem 1.034 profissionais no Paraná, distribuídos em 318 municípios, sendo 53 deles em Curitiba. No Brasil, são 18.240 profissionais que integram o programa. Segundo o ministro, 4 mil médicos cooperados que trabalham hoje no país serão substituídos, nos próximos três anos, por médicos brasileiros. “Há um edital em andamento para a contratação de 1.624 novos médicos, sendo que mil dessas vagas estavam ocupadas por cubanos”, falou.
Entre as alterações da administração, Ricardo Barros falou dos repasses de recursos federais para atendimento do SUS, que passam a ter apenas duas modalidades. “Nós tínhamos 800 tipos tipos de transferências de recursos para estados e municípios. Cada município tem o seu plano municipal de saúde. Não tem sentido sair lá de Brasília uma ordem de que tem que usar o dinheiro de uma mesma maneira. Encerramos isso e só haverá repasse para custeio e para investimento. O prefeito faz o que quer com o dinheiro e presta contas aos senhores [vereadores] e ao conselho municipal. A autonomia dos municípios é fundamental para termos mais qualidade na saúde”, pontuou.
Entre outras ações destacadas pelo ministro Ricardo Barros, está o aumento no número de transporte de órgãos realizados pela Força Aérea Brasileira, que em 2016 foram 172, e a renovação da frota do Samu, com a substituição de 340 ambulâncias no país.
O ministro esteve acompanhado de seu assessor Marcos Gramado e do coordenador do Ministério da Saúde no Paraná, Alexandre Teixeira.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba