Na Câmara, Greca apresenta balanço de gestão e fala em legado
Ao analisar um ano e meio de gestão à frente da Prefeitura de Curitiba, Rafael Greca enalteceu os feitos na área financeira, com a administração pagando em dia servidores e fornecedores mesmo durante a crise econômica, e na área de mobilidade, com obras de pavimentação e ônibus novos. Fiel ao seu estilo, na sexta visita à Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta quarta-feira (1º), durante 40 minutos apresentou dados, fez promessas, lidou com polêmicas, criticou seu antecessor e falou em legado para os próximos gestores da cidade.
“Com essa Câmara Municipal nos ajudando fortemente [com a aprovação dos projetos de ajuste fiscal chamados de Plano de Recuperação], lavamos o que era sórdido, limpamos o que estava sujo, pagamos o que estávamos devendo, aquecemos o que estava frio, fortalecemos o que estava fraco, cuidamos do que estava abandonado, organizamos o caos herdado. E, tendo feito um pouco de cada vez, chegamos a esse tempo, que ainda não é a metade desta gestão, com a certeza do dever cumprido e com a alegria de ter bem servido Curitiba. Vamos criar juntos uma energia política inovadora, capaz de não abandonar o nosso povo”, disse Greca, após mesclar balanço de gestão com a apresentação do novo zoneamento para a cidade (leia mais).
UPA da CIC
“Estou na luta para abrir a UPA da CIC”, disse Greca, no meio da fala aos vereadores, após dizer que a contratualização com os hospitais do SUS custou R$ 435,8 milhões no primeiro semestre, e que as futuras estavam em dia. “Queira Deus permitir isso [a abertura a UPA]”, continuou, “contra a perversidade do sindicato dos médicos e a vesguice da Justiça do Trabalho, que quer negar a Curitiba o que a todas as cidades e estados é concedido, que é o direito de fazer um serviço R$ 500 mil por mês mais barato do que pagamos no modelo estatal”.
“Não posso eu, prefeito da capital da Lava Jato, consentir com quem quer que eu gaste indevidamente R$ 500 mil a mais por mês quando eu posso economizar e prestar um serviço com mais funcionários, porque a UPA estatal tem 135 funcionários e o modelo que nós construímos nos permite cobrar 171 funcionários”, comentou Greca, dizendo ser avesso ao desperdício de dinheiro público. Uma liminar deferida pelo desembargador Benedito Xavier da Silva, do Tribunal Regional do Trabalho, a pedido do Sindicato dos Médicos do Paraná, suspendeu a terceirização da unidade, que seria administrada por uma organização social. A UPA está fechada desde novembro de 2016.
Pagamentos em dia
“No total, a prefeitura já pagou R$ 405,4 milhões em compromissos assumidos e não pagos pela gestão anterior”, disse o chefe do Executivo, que repetidamente comparou seu desempenho ao do ex-prefeito, Gustavo Fruet. Greca enumerou pagamentos de R$ 80 milhões devidos a fornecedores, R$ 15,8 milhões devidos ao Consórcio Municipal para a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e R$ 68 milhões “referentes aos aportes previdenciários que não haviam sido pagos pelo prefeito Fruet em 2015 e 2016”.
“Além disso, honramos R$ 151,8 milhões de restos a pagar sem empenho e R$ 68 milhões de despesas sem empenho deixadas pelo ex-prefeito Fruet”, situações que o atual gestor da cidade classificou como “um grave descompasso com a Lei de Responsabilidade Fiscal”. “Vale lembrar que os relatórios do Tribunal de Contas do Estado apontaram nos últimos anos um montante vultoso de passivos a descoberto. Pela primeira vez, desde 2014 conseguimos reverter esse resultado em ativo líquido no final de 2017”, afirmou Greca.
População de rua
“É preciso a coragem de denunciar o narcotráfico, ou o micro narcotráfico, [que] se esconde atrás do falso direito da defesa da moradia na rua”, disse o prefeito, que antes do comentário apresentava as ações do Executivo na área da assistência social. “Gente com tornozeleira, ligada ao PCC [Primeiro Comando da Capital, uma facção criminosa], usa os moradores de rua como fachada para a criminalidade. E a cidade, que já tem evidências disso, tem responsabilidade e obrigação de dizer que não passarão”.
O ultimato na criminalidade veio depois de Greca dizer que “é possível viver fora da rua”, que “rua não é moradia”. Segundo o prefeito, em um ano foram fornecidas 78 mil refeições, realizados 2 mil atendimentos e contabilizados 1,8 mil encaminhamentos às unidades de acolhimento. O prefeito destacou o esforço de 36 pessoas em situação de rua que aceitaram participar de cursos de informática e de capacitação para o mercado de trabalho.
Funcionalismo
Prometendo o 13º salário para o dia 22 de novembro, Greca comemorou o fato de “os salários dos 33 mil servidores foram pagos rigorosamente em dia”. Ele atribuiu ao ajuste fiscal a cidade não viver uma situação diferente. “Hoje não vivemos a desdita dos direitos sem sustentabilidade, que são os desenganos, por exemplo, do pobre povo de Porto Alegre, que ouviu as sereias do interesse corporativo e arrebentou a sua história no rochedo da ideologia política”.
“Entre horas extras, abonos, gratificações, indenizações e outras vantagens devidas, e que não haviam sido pagas aos servidores pela gestão Fruet, já adimplimos R$ 10,2 milhões. Saneamos o Instituto Curitiba de Saúde, cuja dívida herdada chegava a R$ 53 milhões – desse total já conseguimos pagar R$ 20,5 milhões. Estamos na luta para zerar também esta pendência”. “Pela primeira vez os aportes previdenciários estão garantidos no orçamento da cidade”, acrescentou.
Investimentos
Foi ao falar das obras que o prefeito deixou de fazer referências ao passado. “Na área da mobilidade, renovamos a frota de ônibus com 45 novos veículos. Na próxima semana, 14 novos biarticulados serão entregues para desespero dos nossos invejosos”, provocou Greca, que contabilizou R$ 760 milhões investidos na cidade durante a sua gestão. “São convênios recuperados com o Ministério das Cidades, com a Caixa Econômica Federal, com os financiamentos do Banco do Brasil e do governo do Paraná”, detalhou.
“Só de convênios com o Ministério das Cidades eu consegui receber R$ 400 milhões. Mais de 250 ruas serão revitalizadas, dando preferência para aquelas que recebem os ônibus do sistema de transporte de Curitiba. Do governo do Paraná, e aqui minha gratidão aos governadores Carlos Alberto Richa e Cida Borghetti, os investimentos somam R$ 240 milhões, aplicados em pavimentação e novos terminais de ônibus”.
Recorde de visitas
Greca também agradeceu à Câmara de Curitiba pelos “R$ 60 milhões que ela nos deu para o processo de zeladoria urbana e para o provimento de necessidades de equipamentos da Guarda Municipal e também a compra de novos semáforos”. O presidente da CMC, Serginho do Posto (PSDB), e o líder do Executivo na Casa, Pier Petruzziello (PTB), no início da sessão já tinham elogiado o relacionamento do Executivo com o Legislativo, frisando que, naquele dia, Greca se tornou o prefeito que mais visitou a Câmara durante as sessões plenárias.
“Ele está mostrando o respeito que o Executivo tem com o parlamento municipal, que é a voz do povo. No qual os 38 vereadores representam a população, independente de "lado A" ou "lado B", de apoio [à gestão] ou não”, opinou Petruzziello. Para Serginho, além de respeito, a atitude de Greca “demonstra a harmonia entre os Poderes”. “A Câmara Municipal é parceira da cidade e do prefeito na construção de um futuro melhor”, tinha afirmado o prefeito, no início da fala.
Educação x ideologia
O prefeito Rafael Greca dedicou uma parte maior do seu balanço à educação, por ocasião da realização, nesta semana, da Expo Educação. Organizado pela secretaria da área, o evento, em formato de feira, teve 19,5 mil inscritos e é realizado no pavilhão do parque Barigui. “[A atividade é] para provocar, nos professores e professoras de Curitiba, a grandeza da compreensão que a ideologia não pode aprisionar a escola”.
“A criança tem que enxergar à direita, no centro e à esquerda. Para baixo e para cima. Em todos os horizontes. Professoras que leram orelhas de livro de Marx e Gramsci não têm o direito de impedir as crianças de compreenderem o universo inteiro”, disse Greca, afirmando que é “arcaica” a escola do giz sobre a lousa, devendo esse modelo ser substituído por outro, “digital”, calcado no uso da tecnologia. Ele anunciou a contratação de 700 professores e a inauguração, em um mês, de um novo CMEI.
“Até metade do ano que vem, [vamos] transformar todos Faróis do Saber em Faróis do Saber e da Inovação, com a criação de "Espaços Makers", que ensinarão aos curitibinhas, além dos livros e computadores, as novas tecnologias de produção industrial em terceira dimensão. É nossa ideia que comece a servir às crianças também, e logo, a frota de novos ônibus da Linha do Conhecimento. E também que a nossa escola seja a mais criativa e inovadora do Brasil”, defendeu.
“Próximo prefeito”
“Trago aqui um projeto estruturante, que talvez eu não faça nesses 48 meses. Mas que será legado ao próximo prefeito e aos que vierem depois”, disse Greca, referindo-se à retomada da Conectora 3, ligando o Hauer ao Caiuá, e ao Bairro Novo da Caximba. Esse último, disse, já apresentado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento e à Agência Francesa do Desenvolvimento, num projeto que contempla um dique, uma fazenda agroecológica e a realocação das famílias.
Greca relatou aos vereadores que foi a situação das famílias que moram na região do parque do Bugio que o motivou a ser candidato a prefeito. “Quis Deus que eu fosse levado lá, num culto da Assembleia de Deus, e nesse momento vi um bairro de desvalidos, empurrados para viver entre lixo e sobre o lixo, sem respeito a qualquer direito e em plena vulnerabilidade”.
Dizendo que a prefeitura tem agido para dirimir o abandono dos moradores da área, localizada na região Sul de Curitiba, Greca destacou que “capivaras e narcejas já voltaram a frequentar as lagoas da Caximba”. “Já se prepara o povo para erguer uma igreja católica, que chamaram de Nossa Senhora das Dores, mas não tem visão esse bispo, pois podia chamar Nossa Senhora da Ressurreição”.
Presenças
Na CMC, Greca estava acompanhado do vice-prefeito Eduardo Pimentel, de secretários municipais e de presidentes de autarquias. Entre eles, o presidente do Ippuc e secretário de Governo, Luiz Fernando Jamur; a presidente da Fundação de Ação Social, Elenice Malzoni; o presidente da Cohab-Curitiba, José Lupion Neto; o presidente do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), Alexandre Jarschel; a secretária municipal da Saúde, Márcia Cecília Huçulak; o presidente da Urbs, Ogeny Maia; o secretário de Finanças, Vitor Puppi; o secretário de Abastecimento, Luiz Gusi; o secretário do Esporte, Lazer e Juventude, Emílio Trautwein; o secretário-chefe de Gabinete, João Alfredo Costa Filho; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Ana Castro; o presidente da Curitiba S/A, Bruno Rocha; o secretário da Comunicação Social, Israel Reinstein; e a procuradora-geral do Município, Vanessa Volpi.
“Com essa Câmara Municipal nos ajudando fortemente [com a aprovação dos projetos de ajuste fiscal chamados de Plano de Recuperação], lavamos o que era sórdido, limpamos o que estava sujo, pagamos o que estávamos devendo, aquecemos o que estava frio, fortalecemos o que estava fraco, cuidamos do que estava abandonado, organizamos o caos herdado. E, tendo feito um pouco de cada vez, chegamos a esse tempo, que ainda não é a metade desta gestão, com a certeza do dever cumprido e com a alegria de ter bem servido Curitiba. Vamos criar juntos uma energia política inovadora, capaz de não abandonar o nosso povo”, disse Greca, após mesclar balanço de gestão com a apresentação do novo zoneamento para a cidade (leia mais).
UPA da CIC
“Estou na luta para abrir a UPA da CIC”, disse Greca, no meio da fala aos vereadores, após dizer que a contratualização com os hospitais do SUS custou R$ 435,8 milhões no primeiro semestre, e que as futuras estavam em dia. “Queira Deus permitir isso [a abertura a UPA]”, continuou, “contra a perversidade do sindicato dos médicos e a vesguice da Justiça do Trabalho, que quer negar a Curitiba o que a todas as cidades e estados é concedido, que é o direito de fazer um serviço R$ 500 mil por mês mais barato do que pagamos no modelo estatal”.
“Não posso eu, prefeito da capital da Lava Jato, consentir com quem quer que eu gaste indevidamente R$ 500 mil a mais por mês quando eu posso economizar e prestar um serviço com mais funcionários, porque a UPA estatal tem 135 funcionários e o modelo que nós construímos nos permite cobrar 171 funcionários”, comentou Greca, dizendo ser avesso ao desperdício de dinheiro público. Uma liminar deferida pelo desembargador Benedito Xavier da Silva, do Tribunal Regional do Trabalho, a pedido do Sindicato dos Médicos do Paraná, suspendeu a terceirização da unidade, que seria administrada por uma organização social. A UPA está fechada desde novembro de 2016.
Pagamentos em dia
“No total, a prefeitura já pagou R$ 405,4 milhões em compromissos assumidos e não pagos pela gestão anterior”, disse o chefe do Executivo, que repetidamente comparou seu desempenho ao do ex-prefeito, Gustavo Fruet. Greca enumerou pagamentos de R$ 80 milhões devidos a fornecedores, R$ 15,8 milhões devidos ao Consórcio Municipal para a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e R$ 68 milhões “referentes aos aportes previdenciários que não haviam sido pagos pelo prefeito Fruet em 2015 e 2016”.
“Além disso, honramos R$ 151,8 milhões de restos a pagar sem empenho e R$ 68 milhões de despesas sem empenho deixadas pelo ex-prefeito Fruet”, situações que o atual gestor da cidade classificou como “um grave descompasso com a Lei de Responsabilidade Fiscal”. “Vale lembrar que os relatórios do Tribunal de Contas do Estado apontaram nos últimos anos um montante vultoso de passivos a descoberto. Pela primeira vez, desde 2014 conseguimos reverter esse resultado em ativo líquido no final de 2017”, afirmou Greca.
População de rua
“É preciso a coragem de denunciar o narcotráfico, ou o micro narcotráfico, [que] se esconde atrás do falso direito da defesa da moradia na rua”, disse o prefeito, que antes do comentário apresentava as ações do Executivo na área da assistência social. “Gente com tornozeleira, ligada ao PCC [Primeiro Comando da Capital, uma facção criminosa], usa os moradores de rua como fachada para a criminalidade. E a cidade, que já tem evidências disso, tem responsabilidade e obrigação de dizer que não passarão”.
O ultimato na criminalidade veio depois de Greca dizer que “é possível viver fora da rua”, que “rua não é moradia”. Segundo o prefeito, em um ano foram fornecidas 78 mil refeições, realizados 2 mil atendimentos e contabilizados 1,8 mil encaminhamentos às unidades de acolhimento. O prefeito destacou o esforço de 36 pessoas em situação de rua que aceitaram participar de cursos de informática e de capacitação para o mercado de trabalho.
Funcionalismo
Prometendo o 13º salário para o dia 22 de novembro, Greca comemorou o fato de “os salários dos 33 mil servidores foram pagos rigorosamente em dia”. Ele atribuiu ao ajuste fiscal a cidade não viver uma situação diferente. “Hoje não vivemos a desdita dos direitos sem sustentabilidade, que são os desenganos, por exemplo, do pobre povo de Porto Alegre, que ouviu as sereias do interesse corporativo e arrebentou a sua história no rochedo da ideologia política”.
“Entre horas extras, abonos, gratificações, indenizações e outras vantagens devidas, e que não haviam sido pagas aos servidores pela gestão Fruet, já adimplimos R$ 10,2 milhões. Saneamos o Instituto Curitiba de Saúde, cuja dívida herdada chegava a R$ 53 milhões – desse total já conseguimos pagar R$ 20,5 milhões. Estamos na luta para zerar também esta pendência”. “Pela primeira vez os aportes previdenciários estão garantidos no orçamento da cidade”, acrescentou.
Investimentos
Foi ao falar das obras que o prefeito deixou de fazer referências ao passado. “Na área da mobilidade, renovamos a frota de ônibus com 45 novos veículos. Na próxima semana, 14 novos biarticulados serão entregues para desespero dos nossos invejosos”, provocou Greca, que contabilizou R$ 760 milhões investidos na cidade durante a sua gestão. “São convênios recuperados com o Ministério das Cidades, com a Caixa Econômica Federal, com os financiamentos do Banco do Brasil e do governo do Paraná”, detalhou.
“Só de convênios com o Ministério das Cidades eu consegui receber R$ 400 milhões. Mais de 250 ruas serão revitalizadas, dando preferência para aquelas que recebem os ônibus do sistema de transporte de Curitiba. Do governo do Paraná, e aqui minha gratidão aos governadores Carlos Alberto Richa e Cida Borghetti, os investimentos somam R$ 240 milhões, aplicados em pavimentação e novos terminais de ônibus”.
Recorde de visitas
Greca também agradeceu à Câmara de Curitiba pelos “R$ 60 milhões que ela nos deu para o processo de zeladoria urbana e para o provimento de necessidades de equipamentos da Guarda Municipal e também a compra de novos semáforos”. O presidente da CMC, Serginho do Posto (PSDB), e o líder do Executivo na Casa, Pier Petruzziello (PTB), no início da sessão já tinham elogiado o relacionamento do Executivo com o Legislativo, frisando que, naquele dia, Greca se tornou o prefeito que mais visitou a Câmara durante as sessões plenárias.
“Ele está mostrando o respeito que o Executivo tem com o parlamento municipal, que é a voz do povo. No qual os 38 vereadores representam a população, independente de "lado A" ou "lado B", de apoio [à gestão] ou não”, opinou Petruzziello. Para Serginho, além de respeito, a atitude de Greca “demonstra a harmonia entre os Poderes”. “A Câmara Municipal é parceira da cidade e do prefeito na construção de um futuro melhor”, tinha afirmado o prefeito, no início da fala.
Educação x ideologia
O prefeito Rafael Greca dedicou uma parte maior do seu balanço à educação, por ocasião da realização, nesta semana, da Expo Educação. Organizado pela secretaria da área, o evento, em formato de feira, teve 19,5 mil inscritos e é realizado no pavilhão do parque Barigui. “[A atividade é] para provocar, nos professores e professoras de Curitiba, a grandeza da compreensão que a ideologia não pode aprisionar a escola”.
“A criança tem que enxergar à direita, no centro e à esquerda. Para baixo e para cima. Em todos os horizontes. Professoras que leram orelhas de livro de Marx e Gramsci não têm o direito de impedir as crianças de compreenderem o universo inteiro”, disse Greca, afirmando que é “arcaica” a escola do giz sobre a lousa, devendo esse modelo ser substituído por outro, “digital”, calcado no uso da tecnologia. Ele anunciou a contratação de 700 professores e a inauguração, em um mês, de um novo CMEI.
“Até metade do ano que vem, [vamos] transformar todos Faróis do Saber em Faróis do Saber e da Inovação, com a criação de "Espaços Makers", que ensinarão aos curitibinhas, além dos livros e computadores, as novas tecnologias de produção industrial em terceira dimensão. É nossa ideia que comece a servir às crianças também, e logo, a frota de novos ônibus da Linha do Conhecimento. E também que a nossa escola seja a mais criativa e inovadora do Brasil”, defendeu.
“Próximo prefeito”
“Trago aqui um projeto estruturante, que talvez eu não faça nesses 48 meses. Mas que será legado ao próximo prefeito e aos que vierem depois”, disse Greca, referindo-se à retomada da Conectora 3, ligando o Hauer ao Caiuá, e ao Bairro Novo da Caximba. Esse último, disse, já apresentado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento e à Agência Francesa do Desenvolvimento, num projeto que contempla um dique, uma fazenda agroecológica e a realocação das famílias.
Greca relatou aos vereadores que foi a situação das famílias que moram na região do parque do Bugio que o motivou a ser candidato a prefeito. “Quis Deus que eu fosse levado lá, num culto da Assembleia de Deus, e nesse momento vi um bairro de desvalidos, empurrados para viver entre lixo e sobre o lixo, sem respeito a qualquer direito e em plena vulnerabilidade”.
Dizendo que a prefeitura tem agido para dirimir o abandono dos moradores da área, localizada na região Sul de Curitiba, Greca destacou que “capivaras e narcejas já voltaram a frequentar as lagoas da Caximba”. “Já se prepara o povo para erguer uma igreja católica, que chamaram de Nossa Senhora das Dores, mas não tem visão esse bispo, pois podia chamar Nossa Senhora da Ressurreição”.
Presenças
Na CMC, Greca estava acompanhado do vice-prefeito Eduardo Pimentel, de secretários municipais e de presidentes de autarquias. Entre eles, o presidente do Ippuc e secretário de Governo, Luiz Fernando Jamur; a presidente da Fundação de Ação Social, Elenice Malzoni; o presidente da Cohab-Curitiba, José Lupion Neto; o presidente do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), Alexandre Jarschel; a secretária municipal da Saúde, Márcia Cecília Huçulak; o presidente da Urbs, Ogeny Maia; o secretário de Finanças, Vitor Puppi; o secretário de Abastecimento, Luiz Gusi; o secretário do Esporte, Lazer e Juventude, Emílio Trautwein; o secretário-chefe de Gabinete, João Alfredo Costa Filho; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Ana Castro; o presidente da Curitiba S/A, Bruno Rocha; o secretário da Comunicação Social, Israel Reinstein; e a procuradora-geral do Município, Vanessa Volpi.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba