Na Câmara, autoescolas questionam uso de simuladores de direção
Representantes de autoescolas que atuam no município estiveram na manhã desta quarta-feira (17) na Câmara Municipal para tratar da obrigatoriedade do uso de simuladores de direção nas aulas preparatórias para a condução de veículos, instituída por meio de resolução federal (543/2015). Olga Catarina Zanoni, presidente da Associação dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Paraná (ASCEFOCON), subiu à tribuna para expor a contrariedade de uma parcela dos profissionais quanto ao tema. Do lado de fora da Câmara, vários profissionais de autoescolas estacionaram os veículos em torno do prédio para realçar sua insatisfação.
“Tem sido divulgado por alguns veículos de comunicação que a obrigatoriedade do uso de simuladores pelas autoescolas não vai gerar aumento de custos na habilitação, o que é uma inverdade”, disse Olga Catarina Zanoni. Para ela, haverá aumento nos custos e será expressivo. “Querem colocar essa carga em micro e pequenos empresários; se houver um repasse dessas custas aos alunos em janeiro, a culpa vai ser atribuída às autoescolas”.
“Na prática, 3 empresas vão faturar alguns milhões por 8 aulas de videogame”, disse ela, que complementou: “trata-se de um lobby que começou na Espanha e que, implantado no Brasil, vai beneficiar alguns poucos e gerar a demissão de muitos, haja vista que teoricamente, cada simulador substitui três instrutores”.
“A Associação representa entidades que empregam aproximadamente 200 funcionários. A obrigatoriedade do simulador de direção não vai ser positiva para os alunos candidatos à habilitação e nem para essas autoescolas que podem ter de fechar suas portas. Além disso, há sindicatos que apoiam a adoção do simulador, o que inibe algumas autoescolas de se manifestar”. “Nossa Associação tem consciência de que o tema não é da competência do Legislativo Municipal, mas imploramos apoio e ajuda”, ressaltou Olga Zanoni.
Moção de apoio
Dirceu Moreira (PSB) demonstrou apoio à manifestação das autoescolas. “Embora a matéria não seja da competência da Câmara Municipal, trata-se de uma questão que envolve profissionais que atuam em nossa cidade, profissionais estes que sempre trabalharam em acordo com as normas estabelecidas pelo município e com as obrigações inerentes à atividade. Eles não estavam preparados para uma mudança tão radical nas regras, como foi o caso da resolução que impôs a adoção dos simuladores de direção nos cursos”, defendeu o vereador.
Na segunda parte da ordem do dia, foi aprovada uma moção de apoio de Moreira – que foi autor do projeto que resultou no Dia da Paz no Trânsito (lei 13.436/2010) – à Associação dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Paraná (ASCEFOCON) contra a resolução federal 543/2015, que obriga o uso dos simuladores nas autoescolas (059.00030.2015). “Conseguimos 35 assinaturas entre os vereadores da Casa. A maioria é contrária a essa resolução federal que pode prejudicar milhares de trabalhadores não só em Curitiba, mas em todo o Brasil”, frisou o vereador.
Para Ailton Araujo (PSC), presidente da Casa, a expectativa é que a questão seja resolvida em prol das entidades que vieram à Câmara. “Não devemos priorizar o interesse de quem quer explorar o povo do nosso país”, disse ele, que também agradeceu o comportamento respeitoso dos manifestantes em plenário.
“Tem sido divulgado por alguns veículos de comunicação que a obrigatoriedade do uso de simuladores pelas autoescolas não vai gerar aumento de custos na habilitação, o que é uma inverdade”, disse Olga Catarina Zanoni. Para ela, haverá aumento nos custos e será expressivo. “Querem colocar essa carga em micro e pequenos empresários; se houver um repasse dessas custas aos alunos em janeiro, a culpa vai ser atribuída às autoescolas”.
“Na prática, 3 empresas vão faturar alguns milhões por 8 aulas de videogame”, disse ela, que complementou: “trata-se de um lobby que começou na Espanha e que, implantado no Brasil, vai beneficiar alguns poucos e gerar a demissão de muitos, haja vista que teoricamente, cada simulador substitui três instrutores”.
“A Associação representa entidades que empregam aproximadamente 200 funcionários. A obrigatoriedade do simulador de direção não vai ser positiva para os alunos candidatos à habilitação e nem para essas autoescolas que podem ter de fechar suas portas. Além disso, há sindicatos que apoiam a adoção do simulador, o que inibe algumas autoescolas de se manifestar”. “Nossa Associação tem consciência de que o tema não é da competência do Legislativo Municipal, mas imploramos apoio e ajuda”, ressaltou Olga Zanoni.
Moção de apoio
Dirceu Moreira (PSB) demonstrou apoio à manifestação das autoescolas. “Embora a matéria não seja da competência da Câmara Municipal, trata-se de uma questão que envolve profissionais que atuam em nossa cidade, profissionais estes que sempre trabalharam em acordo com as normas estabelecidas pelo município e com as obrigações inerentes à atividade. Eles não estavam preparados para uma mudança tão radical nas regras, como foi o caso da resolução que impôs a adoção dos simuladores de direção nos cursos”, defendeu o vereador.
Na segunda parte da ordem do dia, foi aprovada uma moção de apoio de Moreira – que foi autor do projeto que resultou no Dia da Paz no Trânsito (lei 13.436/2010) – à Associação dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Paraná (ASCEFOCON) contra a resolução federal 543/2015, que obriga o uso dos simuladores nas autoescolas (059.00030.2015). “Conseguimos 35 assinaturas entre os vereadores da Casa. A maioria é contrária a essa resolução federal que pode prejudicar milhares de trabalhadores não só em Curitiba, mas em todo o Brasil”, frisou o vereador.
Para Ailton Araujo (PSC), presidente da Casa, a expectativa é que a questão seja resolvida em prol das entidades que vieram à Câmara. “Não devemos priorizar o interesse de quem quer explorar o povo do nosso país”, disse ele, que também agradeceu o comportamento respeitoso dos manifestantes em plenário.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba