Mudança na Lei do Silêncio ganha aval para tramitar na Câmara de Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 17/09/2024 17h55, última modificação 18/09/2024 08h29
Reunião da Comissão de Constituição e Justiça avaliou 11 projetos de lei protocolados na Câmara de Vereadores de Curitiba.
Mudança na Lei do Silêncio ganha aval para tramitar na Câmara de Curitiba

Reunião da CCJ foi transmitida ao vivo pelo canal da CMC no YouTube. (Foto: Maicon Soares/CMC)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) decidiu, nesta terça-feira (17), que não há impedimento técnico para incluir, na Lei do Silêncio, horários determinados para música ao vivo nos estabelecimentos comerciais de Curitiba. Assinada por diversos vereadores, a medida é uma demanda da classe artística, que vê na regulamentação uma proteção à sua atividade profissional, que sequer é mencionada atualmente na lei 10.625/2002.

A proposta analisada pela CCJ inclui o artigo 12-A na Lei do Silêncio, prevendo que as atividades de música ao vivo poderão ocorrer de domingo a quinta-feira até às 22h, e nas sextas-feiras, sábados e vésperas de feriados até às 23h, respeitados os níveis de pressão sonora permitidos pela lei 10.625/2002. Antes de ir ao plenário, o projeto precisará passar ainda pelas comissões de Meio Ambiente, Saúde e Urbanismo.

O parecer favorável à regulamentação da música ao vivo em Curitiba foi elaborado pela vereadora Noemia Rocha (MDB) e teve o apoio de Bruno Pessuti (Pode), presidente da CCJ, Mauro Ignácio (PSD), Dalton Borba (PDT), Indiara Barbosa (Novo) e Toninho da Farmácia (PSD). O projeto é assinado por Angelo Vanhoni (PT), Alexandre Leprevost (União), Dalton Borba (PDT), Giorgia Prates - Mandata Preta (PT), Marcos Vieira (PDT), Maria Leticia (PV) e Professora Josete (PT).

Dos 11 projetos levados à votação na reunião da CCJ, apenas 4 receberam parecer positivo da Comissão de Constituição e Justiça. Além da alteração na Lei do Silêncio, receberam autorização para avançarem na CMC a  Política de Educação para o Trânsito (005.00063.2024 com 031.00060.2024), a inclusão da campanha Fevereiro Laranja de conscientização sobre leucemia no calendário oficial de eventos (005.00105.2024) e a homenagem póstuma a Mauro Machado Urbim (009.00013.2024).

CCJ devolve 7 projetos a autores com pedido de alterações

A Comissão de Constituição e Justiça deu prazo de até 60 dias para que os autores de sete projetos de lei alterem as propostas que submeteram à CMC. A medida é o passo anterior ao arquivamento dessas iniciativas, que pode ser prevenida se os autores fizerem as alterações requisitadas pela CCJ. É o que aconteceu com os projetos sobre o cordão AVC Estrela (005.00083.2024), o Programa de Inclusão dos Recicladores de Materiais (005.00100.2024) e a campanha de conscientização sobre famílias atípicas (005.00108.2024).

Os membros da CCJ também julgaram necessários ajustes na criação da campanha Maio Vermelho sobre acidentes vasculares cerebrais (005.00082.2024) e na Política de Enfrentamento ao Racismo nas Unidades Educacionais de Curitiba (005.00096.2024). O mesmo aconteceu com dois pedidos de Declaração de Utilidade Pública, requisitados para o Instituto João Leopoldo de Alcântara (014.00001.2023) e para a Alliance Against Leprosy (014.00036.2024).

Duas proposições não foram debatidas, em razão de pedidos de vista regimental, ficando a deliberação sobre elas para a próxima reunião da CCJ, daqui 15 dias. Elas são o pedido de Utilidade Pública para o Instituto Insiste (014.00037.2024) e a atualização da Política Municipal de Meio Ambiente (005.00107.2024).

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