Motoboys podem ser isentos do EstaR em Curitiba

por Fernanda Foggiato | Revisão: Ricardo Marques — publicado 24/01/2025 08h38, última modificação 24/01/2025 08h38
Projeto de lei em Curitiba pretende isentar motoboys do pagamento do Estacionamento Regulamentado (EstaR).
Motoboys podem ser isentos do EstaR em Curitiba

Além da isenção do EstaR, projeto de lei prevê o cadastramento dos motoboys que atuam em Curitiba. (Foto: Carlos Costa/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) avalia projeto de lei com a intenção de isentar os motofretistas, mais conhecidos como motoboys, do pagamento do Estacionamento Regulamentado (EstaR). O benefício seria concedido aos profissionais devidamente cadastrados pelo Município. Com a justificativa de valorizar e reconhecer o trabalho dessa categoria, a proposta é da vereadora Delegada Tathiana Guzella (União).

A autora defende o papel dos motoboys para a economia urbana de Curitiba e a importância de o Poder Executivo realizar o cadastro desses profissionais. “Em um contexto de crescente demanda por entregas rápidas e serviços de transporte, especialmente com a expansão do comércio eletrônico, esses profissionais se tornam indispensáveis para o funcionamento dinâmico da cidade. Muitas vezes, os motofretistas realizam suas tarefas em horários de pico ou em locais de difícil acesso, enfrentando desafios como a escassez de vagas de estacionamento”, cita a justificativa da proposição.

O cadastramento dos motofretistas é uma medida estratégica para a formalização e regulamentação dessa profissão, permitindo ao município monitorar, identificar e apoiar os profissionais que atuam de maneira legal e responsável”, continua a Delegada Tathiana. “Ao assegurar que apenas motofretistas devidamente registrados possam usufruir da isenção, a proposta também promove a regularização da atividade, estimulando o cumprimento das normas de segurança e as boas práticas exigidas pela legislação municipal.”

Segundo o texto do projeto de lei, teriam direito à isenção os motoboys devidamente cadastrados e que atuem no serviço de entrega e transporte de pequenas encomendas, conforme regulamentação específica do Município. “O tempo máximo de permanência nos locais destinados ao EstaR deverá ser respeitado, conforme as normas e regulamentos vigentes para a zona de estacionamento em questão”, acrescenta a proposta (005.00062.2025). 

Caberia ao Poder Executivo regulamentar o fluxo para o cadastro dos motofretistas e os procedimentos necessários para assegurar a isenção do EstaR aos profissionais da categoria. Caso a proposta seja aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, a lei começa a valer 30 dias depois da publicação no Diário Oficial do Município (DOM).

Qual o caminho até o projeto se torna lei em Curitiba?

Apresentado no dia 13 de janeiro, o projeto de lei da vereadora Delegada Tathiana Guzella primeiramente será instruído pela Procuradoria Jurídica (Projuris) da Câmara de Curitiba. Em seguida, será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a única que pode arquivar uma proposição.

Se admitida pela CCJ, a matéria seguirá para a discussão em outros colegiados temáticos do Legislativo de Curitiba. Não há um tempo determinado para que a votação chegue ao plenário da Câmara de Vereadores.

O teor dos projetos de lei é de responsabilidade do mandato parlamentar. A divulgação deles faz parte da política de transparência do Legislativo, pautada na promoção do debate público e aberto sobre o trabalho dos vereadores. Atenta ao princípio constitucional da publicidade, a Diretoria de Comunicação Social segue a instrução normativa 3/2022.