Mortes no trânsito: vereadores apoiam implantação da Faixa Azul em Curitiba

por José Lázaro Jr. — publicado 04/04/2024 12h08, última modificação 04/04/2024 12h08
Sinalizada entre vias movimentadas, a Faixa Azul é uma área para tráfego prioritário de motos na cidade de São Paulo. Leprevost quer vê-la em Curitiba.
Mortes no trânsito: vereadores apoiam implantação da Faixa Azul em Curitiba

Vereadores pedem estudo sobre implantação de Faixa Azul em Curitiba. (Foto: Edson Lopes Jr./Prefeitura de São Paulo)

LeprevostNesta quarta-feira (3), em votação simbólica, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) declararam apoio à implantação da Faixa Azul na capital do Paraná. A proposta foi apresentada por Alexandre Leprevost (Solidariedade) como uma medida para reduzir os acidentes de trânsito em Curitiba. Inspirada na experiência positiva da cidade de São Paulo, a Faixa Azul é uma área sinalizada, entre as faixas de rolamento das vias mais movimentadas, para tráfego prioritário de motocicletas.

“A sugestão ao Executivo é para que a Prefeitura de Curitiba estude a implantação da Faixa Azul nas vias mais movimentadas da cidade, mas bem que ela já poderia aplicar”, defendeu Leprevost, após receber o apoio de outros parlamentares, durante a discussão da indicação (205.00121.2024). O vereador entende que a criação de uma área para motociclistas prevenirá o ziguezague entre os veículos, que “gera atritos entre os motoristas”. “Foi uma medida [em São Paulo] que acabou com o ‘corredor’ nas vias de grande fluxo”, atestou Professor Euler (MDB).

Antecipando a discussão do Maio Amarelo, que é a principal campanha de conscientização no Brasil sobre segurança no trânsito, o vereador Jornalista Márcio Barros (PSD) convidou Leprevost a levar o assunto à audiência pública que a CMC promoverá nas próximas semanas. Maria Leticia (PV) incluiu na discussão a necessidade de uma medida deste tipo para os ciclistas, ao que recebeu o apoio de Leprevost, para quem um sinal de que o trânsito é perigoso é que há quem prefere andar de bicicleta nas canaletas dos ônibus biarticulados a dividir as ruas com carros e motos.

Maria Leticia - capaVacinação contra gripe dentro da Câmara de Curitiba é debatida em plenário

As indicações de sugestão ao Executivo são um tipo de proposição legislativa diferente dos projetos de lei, porque não têm poder impositivo. Depois de serem aprovadas pelos vereadores, em votação simbólica, são convertidas em ofícios da CMC à Prefeitura de Curitiba. Nesta quarta, o plenário endossou oito sugestões ao Executivo e uma à direção do Legislativo, apresentada por Maria Leticia, para quem a CMC deveria distribuir gratuitamente a vacina da gripe para seus servidores, terceirizados, estagiários e dependentes (204.00005.2024). "Vacinar é priorizar a saúde", argumentou.

Maria Leticia comentou a campanha interna de vacinação, na qual os servidores que quiserem tomar o imunizante contra a gripe serão cobrados em R$ 75. "A OAB [Ordem dos Advogados] cobra R$ 30", comparou a vereadora, exemplificando que o valor é alto para os trabalhadores terceirizados, estagiários, menores aprendizes e estudantes da Guarda Municipal. "Deveria integrar a imunização de modo gratuito a todos, porque se [ficar doente] o servidor acaba se ausentando do trabalho, ou vem, mas com a performance reduzida", disse. Rodrigo Reis (sem partido) não se opôs à proposta, mas frisou que ninguém pode ser obrigado a se vacinar, opinando que a diferença de preço entre a CMC e a OAB provavelmente seria em razão do número, pois na Ordem dos Advogados há muito mais pessoas.