Morte de Brizola é lamentada na Câmara
A morte do ex-governador Leonel Brizola foi registrada ontem, na Câmara Municipal de Curitiba, pelo vereador Mario Celso Cunha (PSB). Em seu mandato como deputado estadual, Mario integrou um grupo de parlamentares que foi a Foz do Iguaçu receber Brizola, que voltava do exílio. O ex-governador chegou sorrindo, vestindo um terno em jeans e usando um distintivo tricolor do antigo Partido Trabalhista Brasileiro, na lapela, lembrou. Foi exatamente às 17h25 do dia 6 de setembro de 1979, quando Brizola encerrou o mais longo exílio já vivido por político brasileiro, de 15 anos, descendo de um bimotor que o trazia de Assunção, acrescentou.
O vereador lembra ainda que, disposto a regressar ao Brasil mesmo sem ter sido anistiado, Brizola foi convencido por amigos e aguardar que seu nome fosse incluído na lei da Anistia. Contudo, seu retorno só foi assegurado duas horas antes do pouso do pequeno avião que o trouxe de Assunção por um recado telefônico de Brasília que mandou riscar seu nome da lista da Polícia Federal, onde ainda figurava apesar da lei da anistia. Para o vereador, Brizola foi uma das figuras mais carismáticas da política brasileira. Logo ao chegar, ele prescreveu as três regras de ouro a serem observadas por todos os seus seguidores nos próximos meses: cautela, paciência e prudência. Mais adiante, organizou primeiro o PTB, depois o PDT e elegeu-se governador do Rio de Janeiro, reelegendo-se em seguida, antes de disputar a presidência e a vice-presidência da República mais adiante, recordou Mario Celso.
Perde a política, mas principalmente perde a histórica brasileira aquele que buscou reinventar, pelas mãos de Oscar Niemeyer, a escola primária brasileira na forma dos Centros Integrados de Educação Pública, os CIEPs, finalizou
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