Moeda social eletrônica pode começar a circular em Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 12/08/2015 13h30, última modificação 01/10/2021 10h41

A circulação da moeda social Neuro na Vila Pantanal, região com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Curitiba, será debatida em audiência pública na Câmara de Vereadores. Organizada por Tiago Gevert (PSC), a atividade ocorrerá nesta quinta-feira (13), às 14h30, no auditório do Anexo II. A moeda social é uma iniciativa do NeuroBanco, uma organização social presidida pelo economista Lutero Couto.

“A moeda social Neuro recebeu aval do Banco Central em 2014”, adianta Couto, “depois de 11 anos de planejamento”. “No mundo todo, mais de 3 mil moedas sociais circulam, como alternativa para evitar a evasão de recursos das comunidades e estimular a circulação de produtos e serviços localmente. Acreditamos que é possível estabelecer uma ponte entre a moeda social e o orçamento participativo na gestão municipal”, defende o economista.

O prefeito Washington Quaquá (PT) participará da audiência para relatar a experiência da cidade de Maricá (RJ) – onde a moeda social eletrônica Mumbuca foi instituída em 2013, como iniciativa de distribuição de dinheiro para a população de baixa renda. Lá, recursos assistenciais são “depositados” em Mumbuca e gastos exclusivamente no comércio local, mediante o uso de cartão eletrônico.

Os fundamentos jurídico, tecnológico e econômico para a adoção de uma moeda social como forma de política pública serão abordados, respectivamente, por Edivaldo Ostroski, José Roberto Ângelo e Lutero Couto. O ministro Marco Buzzi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), falará sobre o contato prévio dele com a iniciativa e os efeitos do uso do Neuro na mediação judicial.

“É dever da Câmara Municipal estimular o debate, buscando entender se o uso de moedas sociais podem integrar políticas públicas em Curitiba”, justifica Gevert, que trouxe o debate para dentro do Legislativo. O evento é aberto a todos os interessados no assunto, mas é limitado à capacidade técnica do auditório, fixada em até 150 pessoas. O Anexo II fica na esquina da rua Lourenço Pinto com a avenida Visconde de Guarapuava.