Moção é arquivada e base promete alternativa de apoio à Feas

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 15/05/2023 15h55, última modificação 15/05/2023 16h17
Moção de apoio a funcionários da Feas, elaborada pela vereadora Maria Leticia (PV), foi criticada pela liderança de governo, que prometeu apresentar nova redação.
Moção é arquivada e base promete alternativa de apoio à Feas

Moção arquivada foi proposta pela vereadora Maria Leticia. (Fotos: Rodrigo Fonseca/CMC)

“A moção [da vereadora Maria Leticia] quer carimbar a Feas [Fundação Estatal de Atenção à Saúde] como uma instituição assediadora, coisa que ela não é. A fundação tem um código de conduta e apenas duas denúncias levadas ao Ministério Público do Trabalho [MPT], sendo uma em 2022 e outra em 2023, considerando um universo de quase 4 mil servidores. Faremos uma nova moção de apoio a todos os funcionários, em agradecimento a todo o trabalho desenvolvido antes e depois da pandemia”, argumentou Tico Kuzma (PSD), nesta segunda-feira (15), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

Os argumentos de Kuzma prevaleceram e, por 18 a 7 votos, a CMC arquivou a moção de apoio  (416.00009.2023) elaborada pela vereadora Maria Leticia (PV), que começou a ser debatida na semana passada, mas teve a discussão interrompida devido ao fim do horário regimental da sessão plenária de quarta-feira (10). A parlamentar chegou a requisitar a votação nominal, mas o plenário rejeitou a proposta, optando por manter a forma regimental, que é a apuração simbólica dos votantes, por contagem visual.

“É importante que o servidor não se deixe iludir por esse discurso de que tudo é lindo, pois são eles [servidores] que enfrentam a precariedade do atendimento. Votar contra uma moção de apoio aos servidores me parece bastante desconexa da sociedade”, rebateu Maria Leticia, que questionou qual seria o problema de pedir esclarecimentos ao Executivo. Ela afirmou ainda que há uma distorção dos argumentos por parte do Executivo e que o novo requerimento vai ser uma “moção maquiada”. “Se a vereadora apontou irregularidades, o trabalho da CMC é apurar se elas existem e quais são [as irregularidades]”, disse Giorgia Prates - Mandata Preta (PT), em apoio à parlamentar. "Eu não consegui entender a dificuldade em relação à moção”, protestou Angelo Vanhoni (PT).

“Faz requerimento pedindo moção de apoio, mas fala que houve morte em unidade de saúde. Eu fiquei em dúvida. O pedido da vereadora era um e a justificativa era outra. Todos somos favoráveis e trabalhamos em prol da fundação, mas acredito que houve um equívoco da vereadora Maria Leticia”, criticou Rodrigo Braga Reis (União), ao retomar a discussão nesta segunda-feira. Não há impedimento regimental para uma nova moção com o mesmo tema ser apresentada na CMC.

Caso Gilmar Mendes

Uma das duas representações sobre a fala do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acerca de Curitiba ter "o germe do fascismo" começou a ser debatida nesta segunda-feira (15), mas a discussão foi interrompida pelo fim do horário regimental. Indiara Barbosa (Novo) abriu o assunto, hoje, em plenário, defendendo a aprovação da moção de desagravo à Curitiba, assinada por ela e mais 18 parlamentares (416.00008.2023). Além dela, Rodrigo Braga Reis (União), Serginho do Posto (União), Angelo Vanhoni (PT), Professor Euler (MDB), João da 5 Irmãos (União) e Eder Borges (PP) trataram do assunto. O debate será retomado nesta terça-feira (16).