Ministro anuncia 4G em Curitiba até janeiro de 2014
O ministro das Comunicações anunciou, nesta sexta-feira (18), que a capital do Paraná terá a rede 4G de internet rápida instalada já no primeiro semestre de 2014. Paulo Bernardo confirmou que o leilão a ser realizado no próximo dia 12 de junho prevê, como condição para a operadora vencedora, o funcionamento do serviço nas sedes da Copa das Confederações até maio de 2013 e nas demais cidades que receberão jogos da Copa Fifa até o início de 2014.
O dado foi apresentado durante seminário organizado pela Câmara de Curitiba, de iniciativa do vereador Pedro Paulo (PT), presidente da comissão criada para acompanhar a preparação da cidade para a Copa de 2014. O ministro Paulo Bernardo (Minc) também anunciou novos cortes em impostos para desobstruir a expansão do setor das telecomunicações, como a desoneração de obras de infraestrutura e uma redução nos impostos de smartphones, semelhante à aplicada aos tablets, ainda em estudo pelo governo federal. “A tecnologia 4G será até dez vezes mais rápida que a anterior e levará a uma ampliação da cobertura 3G no país”, explicou Bernardo.
Fizeram palestras durante o evento o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, sobre leis municipais que dificultam a ampliação dos serviços; o representante do Departamento de Banda Larga da Secretaria de Telecomunicações do Minc, Paulo Vinicius Maciel, que apresentou dados sobre o acordo firmado entre o Brasil e a Fifa para a realização da Copa de 2014, que inclui a infraestrutura necessária às demandas de comunicação do evento; e o professor Glaucio Siqueira, da PUC-RJ, cuja pesquisa desmistifica a influência das antenas de telefonia móvel na saúde das pessoas, argumentando que a expansão ordenada do setor não apresenta risco à saúde.
“O evento serviu para conhecermos os desafios ligados à implementação da rede 4G em Curitiba. Somos a primeira Câmara Municipal a debater o tema em todo o país”, comentou Pedro Paulo. A atividade contou com a participação de diversas autoridades, como os secretários estadual e municipal da Copa, Mario Celso Cunha e Luiz de Carvalho, o deputado federal Dr. Rosinha (PT), vereadores da região metropolitana e representantes das operadoras Oi, Vivo e GVT. Os vereadores Jorge Yamawaki (PSDB), Julião Sobota (PSC), Jonny Stica (PT), Julieta Reis (DEM) e Serginho do Posto (PSDB) compareceram ao seminário, questionando basicamente o impacto da expansão da rede de telefonia móvel na paisagem urbana.
Questões estruturais
O evento confirmou que a expansão das telecomunicações no Brasil depende de investimentos em infraestrutura, tanto do governo quanto das empresas do setor. Se forem confirmadas as expectativas do Minc sobre a instalação da rede 4G, o país será o primeiro a garantir esta tecnologia em escala comercial durante um evento de porte global. Contudo, o acordo entre o Brasil e a Fifa para a realização do Mundial implica todo um conjunto de condições operacionais que habilite, por exemplo, a transmissão dos jogos simultaneamente a diversas redes de televisão pelo mundo.
Paulo Maciel, do Minc, explicou que o governo prepara a ampliação da rede de fibra ótica, implantando um backbone nacional com 31 mil quilômetros de expansão. Também estaria prevista a criação de um datacenter, com estrutura para atrair grandes provedores de conteúdo, a viabilização da TV digital, a modernização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a licitação de novas posições orbitais e o lançamento de um satélite nacional.
Para Eduardo Levy, do Sinditelebrasil, o setor das telecomunicações tem investido progressivamente mais em infraestrutura, tendo chegado a R$ 22 bilhões no ano passado. “O Brasil já possui mais chips ativados que habitantes. A cada segundo, um novo aparelho celular é habilitado. Para se ter uma ideia, a telefonia móvel já chegou a 5.564 municípios. Destes, 2.856 já possuem tecnologia 3G”, informou o diretor-executivo da entidade. Ele criticou leis que julga desconectadas da realidade, que impõem limites operacionais à instalação de novos pontos de retransmissão. “O Brasil possui o mesmo número de antenas que a Itália, um país 28 vezes menor que o nosso. Curitiba está realizando um debate pioneiro, cujo resultado pode servir de exemplo ao resto do país. Já estamos discutindo uma regulação federal, mas a questão do uso do solo cabe a cada município legislar”, disse Levy.
Glaucio Siqueira disse aos presentes que, no atual estágio de desenvolvimento da ciência, não há evidência técnica que comprove efeitos biológicos desta tecnologia na população. “Eu condeno quem preocupa as pessoas com notícias equivocadas. Pelo o que sabemos hoje, e a Organização Mundial da Saúde regula a atividade, os telefones celulares são seguros”, tranquilizou o cientista. Ele explicou que a substituição das torres por postes menores, mas em maior quantidade, não aumenta a exposição das pessoas às ondas eletromagnéticas. “Aumentam as torres, mas a potência diminui. Esse é um equívoco de muitas leis municipais”, alertou o professor da PUC-RJ.
O dado foi apresentado durante seminário organizado pela Câmara de Curitiba, de iniciativa do vereador Pedro Paulo (PT), presidente da comissão criada para acompanhar a preparação da cidade para a Copa de 2014. O ministro Paulo Bernardo (Minc) também anunciou novos cortes em impostos para desobstruir a expansão do setor das telecomunicações, como a desoneração de obras de infraestrutura e uma redução nos impostos de smartphones, semelhante à aplicada aos tablets, ainda em estudo pelo governo federal. “A tecnologia 4G será até dez vezes mais rápida que a anterior e levará a uma ampliação da cobertura 3G no país”, explicou Bernardo.
Fizeram palestras durante o evento o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, sobre leis municipais que dificultam a ampliação dos serviços; o representante do Departamento de Banda Larga da Secretaria de Telecomunicações do Minc, Paulo Vinicius Maciel, que apresentou dados sobre o acordo firmado entre o Brasil e a Fifa para a realização da Copa de 2014, que inclui a infraestrutura necessária às demandas de comunicação do evento; e o professor Glaucio Siqueira, da PUC-RJ, cuja pesquisa desmistifica a influência das antenas de telefonia móvel na saúde das pessoas, argumentando que a expansão ordenada do setor não apresenta risco à saúde.
“O evento serviu para conhecermos os desafios ligados à implementação da rede 4G em Curitiba. Somos a primeira Câmara Municipal a debater o tema em todo o país”, comentou Pedro Paulo. A atividade contou com a participação de diversas autoridades, como os secretários estadual e municipal da Copa, Mario Celso Cunha e Luiz de Carvalho, o deputado federal Dr. Rosinha (PT), vereadores da região metropolitana e representantes das operadoras Oi, Vivo e GVT. Os vereadores Jorge Yamawaki (PSDB), Julião Sobota (PSC), Jonny Stica (PT), Julieta Reis (DEM) e Serginho do Posto (PSDB) compareceram ao seminário, questionando basicamente o impacto da expansão da rede de telefonia móvel na paisagem urbana.
Questões estruturais
O evento confirmou que a expansão das telecomunicações no Brasil depende de investimentos em infraestrutura, tanto do governo quanto das empresas do setor. Se forem confirmadas as expectativas do Minc sobre a instalação da rede 4G, o país será o primeiro a garantir esta tecnologia em escala comercial durante um evento de porte global. Contudo, o acordo entre o Brasil e a Fifa para a realização do Mundial implica todo um conjunto de condições operacionais que habilite, por exemplo, a transmissão dos jogos simultaneamente a diversas redes de televisão pelo mundo.
Paulo Maciel, do Minc, explicou que o governo prepara a ampliação da rede de fibra ótica, implantando um backbone nacional com 31 mil quilômetros de expansão. Também estaria prevista a criação de um datacenter, com estrutura para atrair grandes provedores de conteúdo, a viabilização da TV digital, a modernização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a licitação de novas posições orbitais e o lançamento de um satélite nacional.
Para Eduardo Levy, do Sinditelebrasil, o setor das telecomunicações tem investido progressivamente mais em infraestrutura, tendo chegado a R$ 22 bilhões no ano passado. “O Brasil já possui mais chips ativados que habitantes. A cada segundo, um novo aparelho celular é habilitado. Para se ter uma ideia, a telefonia móvel já chegou a 5.564 municípios. Destes, 2.856 já possuem tecnologia 3G”, informou o diretor-executivo da entidade. Ele criticou leis que julga desconectadas da realidade, que impõem limites operacionais à instalação de novos pontos de retransmissão. “O Brasil possui o mesmo número de antenas que a Itália, um país 28 vezes menor que o nosso. Curitiba está realizando um debate pioneiro, cujo resultado pode servir de exemplo ao resto do país. Já estamos discutindo uma regulação federal, mas a questão do uso do solo cabe a cada município legislar”, disse Levy.
Glaucio Siqueira disse aos presentes que, no atual estágio de desenvolvimento da ciência, não há evidência técnica que comprove efeitos biológicos desta tecnologia na população. “Eu condeno quem preocupa as pessoas com notícias equivocadas. Pelo o que sabemos hoje, e a Organização Mundial da Saúde regula a atividade, os telefones celulares são seguros”, tranquilizou o cientista. Ele explicou que a substituição das torres por postes menores, mas em maior quantidade, não aumenta a exposição das pessoas às ondas eletromagnéticas. “Aumentam as torres, mas a potência diminui. Esse é um equívoco de muitas leis municipais”, alertou o professor da PUC-RJ.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba