Militar faz alerta sobre violência contra a criança
“No Brasil, uma criança é violentada a cada oito minutos.” A afirmação é de Tânia Guerreiro, sargento da Polícia Militar, que ministrou palestra sobre as causas da pedofilia na tarde desta segunda-feira (19), na Câmara de Curitiba, durante audiência pública sobre o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual contra a Criança e o Adolescente, comemorado anualmente em 18 de maio. O evento, coordenado pelo vereador Pedro Paulo, líder do PT, foi uma iniciativa da bancada. A palestrante informou que crianças de até cinco anos não sabem que o abuso sexual é uma agressão. “Para elas, o que o pedófilo está fazendo é uma brincadeira ou um carinho. Só a partir dos seis anos é que a criança começa a perceber a diferença”, explicou.
Segundo dados do Instituto Médico Legal, em Curitiba e região metropolitana quatro crianças são violentadas por dia. “É muito difícil reconhecer o pedófilo, pois ele age, na maioria das vezes, entre quatro paredes”, disse a sargento, acrescentando que “90% dos pedófilos são homens e 10% são mulheres.” A criança que sofre abuso sexual tem danos na estrutura física e nas funções do cérebro; fica mais isolada, porque se sente diferente das outras crianças; tem tonturas, desmaios, ansiedade e raiva; urina freqüentemente na cama e terá uma série de agravantes durante a vida. “25% das crianças abusadas sexualmente apresentarão tendência ao suicídio e 1% a 11% terão gravidez precoce. Distúrbios no sono atingirão 17% a 20%. Outras 5% a 20% terão distúrbios na alimentação e 58% sofrerão de auto-estima enfraquecida”, exemplificou Tânia Guerreiro.
A palestrante também comentou que a criança vítima de pedófilo será, na maioria das vezes, pedófilo quando crescer. “Estudos comprovam que 25% das crianças que são abusadas sexualmente abusarão de alguma criança durante a vida, pois violência gera violência”, afirmou. Tânia Guerreiro falou, ainda, sobre a pornografia infantil na internet, informando que o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de pornografia infantil na internet; sobre os cuidados que os pais devem ter e o papel do professor. Concluiu dizendo que denúncias podem ser feitas por telefone, através dos números 181 e 100.
Atendimento
O diagnóstico do atendimento à criança e ao adolescente em Curitiba foi apresentado pelo conselheiro tutelar Marcos Serafim Furtado. O palestrante destacou os agentes violadores, que são a sociedade, o Estado e a família, e os cinco direitos fundamentais: vida e saúde; liberdade, respeito e dignidade; convivência familiar e comunitária; educação, cultura, esporte e lazer, e profissionalização e proteção ao trabalho. “Entre janeiro de 2007 e início de maio deste ano, foram violados 19.517 direitos em Curitiba, sendo que o bairro Cidade Industrial apresentou a maior porcentagem de violação, 28%”, informou, completando que “o Estado foi o maior violador, com 53%.”
Os vereadores Adenival Gomes e Professora Josete, ambos do PT; Maria Aparecida Cordeiro Rosa, conselheira tutelar; Valéria Teixeira Meiroz Grillo, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente do Ministério Público, e Adriano Mario Guzzoni, diretor de Proteção Social Especial da Fundação de Ação Social (FAS), também falaram sobre o tema.
Presenças
Participaram as conselheiras tutelares Jussara Gouveia e Maria de Fátima Barboza, do Pinheirinho; Inez de Oliveira Domingues e Leoni Santos, do Boa Vista; Carmem Rodrigues e Elenize Fátima Bornn, do Bairro Novo; Luciano da Silva Inácio, da CIC; Rechier Alexandre Sudário e Maria Rosa de Mello, da Matriz; Rosnaldo Mariano, Rosclei Bastos e Claudete Schwarz, do Portão; Terezinha de Paula e Diva Corso, de Santa Felicidade; Luis Augusto Dias, superintendente da Núcleo de Proteção da Criança e do Adolescente (Nucria); Roberson Luiz Bondaruk, sub-chefe do Estado Maior da Polícia Militar, além de professores, estudantes, assistentes sociais e presidentes de associações.
Segundo dados do Instituto Médico Legal, em Curitiba e região metropolitana quatro crianças são violentadas por dia. “É muito difícil reconhecer o pedófilo, pois ele age, na maioria das vezes, entre quatro paredes”, disse a sargento, acrescentando que “90% dos pedófilos são homens e 10% são mulheres.” A criança que sofre abuso sexual tem danos na estrutura física e nas funções do cérebro; fica mais isolada, porque se sente diferente das outras crianças; tem tonturas, desmaios, ansiedade e raiva; urina freqüentemente na cama e terá uma série de agravantes durante a vida. “25% das crianças abusadas sexualmente apresentarão tendência ao suicídio e 1% a 11% terão gravidez precoce. Distúrbios no sono atingirão 17% a 20%. Outras 5% a 20% terão distúrbios na alimentação e 58% sofrerão de auto-estima enfraquecida”, exemplificou Tânia Guerreiro.
A palestrante também comentou que a criança vítima de pedófilo será, na maioria das vezes, pedófilo quando crescer. “Estudos comprovam que 25% das crianças que são abusadas sexualmente abusarão de alguma criança durante a vida, pois violência gera violência”, afirmou. Tânia Guerreiro falou, ainda, sobre a pornografia infantil na internet, informando que o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de pornografia infantil na internet; sobre os cuidados que os pais devem ter e o papel do professor. Concluiu dizendo que denúncias podem ser feitas por telefone, através dos números 181 e 100.
Atendimento
O diagnóstico do atendimento à criança e ao adolescente em Curitiba foi apresentado pelo conselheiro tutelar Marcos Serafim Furtado. O palestrante destacou os agentes violadores, que são a sociedade, o Estado e a família, e os cinco direitos fundamentais: vida e saúde; liberdade, respeito e dignidade; convivência familiar e comunitária; educação, cultura, esporte e lazer, e profissionalização e proteção ao trabalho. “Entre janeiro de 2007 e início de maio deste ano, foram violados 19.517 direitos em Curitiba, sendo que o bairro Cidade Industrial apresentou a maior porcentagem de violação, 28%”, informou, completando que “o Estado foi o maior violador, com 53%.”
Os vereadores Adenival Gomes e Professora Josete, ambos do PT; Maria Aparecida Cordeiro Rosa, conselheira tutelar; Valéria Teixeira Meiroz Grillo, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente do Ministério Público, e Adriano Mario Guzzoni, diretor de Proteção Social Especial da Fundação de Ação Social (FAS), também falaram sobre o tema.
Presenças
Participaram as conselheiras tutelares Jussara Gouveia e Maria de Fátima Barboza, do Pinheirinho; Inez de Oliveira Domingues e Leoni Santos, do Boa Vista; Carmem Rodrigues e Elenize Fátima Bornn, do Bairro Novo; Luciano da Silva Inácio, da CIC; Rechier Alexandre Sudário e Maria Rosa de Mello, da Matriz; Rosnaldo Mariano, Rosclei Bastos e Claudete Schwarz, do Portão; Terezinha de Paula e Diva Corso, de Santa Felicidade; Luis Augusto Dias, superintendente da Núcleo de Proteção da Criança e do Adolescente (Nucria); Roberson Luiz Bondaruk, sub-chefe do Estado Maior da Polícia Militar, além de professores, estudantes, assistentes sociais e presidentes de associações.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba