Mestre Déa fala sobre preconceito

por Assessoria Comunicação publicado 12/03/2007 18h15, última modificação 15/06/2021 09h33
“A melhor arma contra o preconceito é a informação”, opina Mestre Déa (PP), vereador que está iniciando mandato na Câmara de Curitiba e se manifestou durante as discussões para aprovação do projeto de lei que vai instituir cursos e treinamentos sobre epilepsia para servidores da Guarda Municipal, escolas, secretarias municipais e outros órgãos públicos ligados à administração direta.
Déa votou favorável ao projeto do vereador Zé Maria (PPS), aprovado no último dia 6, e é a favor da desmistificação de certos preconceitos que prejudicam a evolução da sociedade, como o que ocorre em relação à epilepsia. “A falta de atitude de certas pessoas, às vezes, é por falta de conhecimento”, pondera, ao justificar porque, muitas vezes, os atendimentos nestes casos são insuficientes ou deixam de existir ainda, infelizmente pelo preconceito em relação à disfunção neurológica que afeta o comportamento e o bem-estar não só do paciente, mas da família e pessoas envolvidas.
Primeiro aparte
O primeiro aparte de Déa na Casa foi, além de oportuno, importante para alertar sobre outro preconceito corriqueiro e imperante na sociedade: a capoeira. Mestre Déa é educador, fundador e atuante do Projeto Educando com Arte, que preconiza medidas preventivas relacionadas à educação e inseridas na formação de crianças e jovens das comunidades de Curitiba. A defesa sobre este projeto forma a principal bandeira de luta de Mestre Déa, que assumiu os trabalhos no Legislativo Municipal buscando a conscientização do problema do menor sem infra-estrutura, carente, especialmente de orientação básica em sua formação.
Integração pela capoeira
Déa se utiliza do Projeto Educando com Arte há 18 anos para integrar, por meio da capoeira, milhares de crianças em comunidades de bairros como a Vila Lindóia, Vila Fanny, Uberlândia, Vila Torres e entidades educacionais, entre elas o CEI Belmiro Cézar, na Fanny, a Creche Pimpão e os atendidos pela Paróquia Menino Jesus de Praga. Entretanto, ele afirma que, no início, e infelizmente até hoje, “ainda existe muito preconceito em torno da prática da capoeira. E isto acontece por falta de mais informação”.
A capoeira se utiliza de jogos acrobáticos em forma de luta ao som de instrumentos próprios como o berimbau, o agogô ou atabaque e retrata a histórica luta dos negros escravizados. Os meios de comunicação e a informática são instrumentos valiosos, segundo a avaliação de Déa, para esclarecer a população sobre estas questões importantíssimas, como a epilepsia, que pode gerar transtornos e incidentes relativos à saúde de quem é portador. A Liga Brasileira de Epilepsia disponibiliza site de orientação a esse respeito: www.epilepsia.org.br, onde todas as informações podem ser acessadas com clareza.