Mesário mais antigo do Brasil é cidadão honorário

por Assessoria Comunicação publicado 30/04/2009 18h20, última modificação 24/06/2021 07h03
José Carlos Mello Rocha, o mesário mais antigo do Brasil, foi homenageado, na noite desta quinta-feira (29), com o título de cidadão honorário de Curitiba. A solenidade, atendendo proposta do vereador João do Suco (PSDB), contou com a presença de autoridades, familiares e amigos, lotando o plenário na Câmara Municipal. Na saudação, o vereador sintetizou a história do homenageado, destacando seu comprometimento com a democracia, incentivando as pessoas a exercerem cidadania, trabalhando como voluntárias nas eleições. “Cidadão exemplar em todos esses anos como mesário, absteve-se somente quando um parente de primeiro grau estava concorrendo a um cargo eletivo e em outra oportunidade, por motivo de saúde”, acrescentou.
Segundo João do Suco, o homenageado dedicou parte de seus 78 anos à atuação como mesário, participando de pelo menos 45 eleições. Sua trajetória começou em Jaguariaíva, no interior do Paraná, onde trabalhou pela primeira vez como mesário, em 1950, no pleito que elegeu Getúlio Vargas presidente da República. Em 61, veio para Curitiba, onde vive até hoje.
Por sua dedicação às eleições, Rocha recebeu, em 1998, homenagem pelos 49 anos de trabalho como mesário. Em 2004, apareceu em rede nacional de televisão: foi garoto propaganda da campanha para incentivar os mesários voluntários e recebeu medalha de Comenda do Mérito Eleitoral das Araucárias e o Prêmio Cidade de Curitiba, em 2007. “Com seu espírito altruísta e generoso, inspira a juventude brasileira na tarefa de garantir a democracia”, frisou João do Suco.
Depois de receber o título, Rocha fez pronunciamento agradecendo a indicação, em especial a Marion Matesich, do centro de Convivência Menina Mulher, que, com João do Suco, organizou o evento. “Afirmo, sem pretender quaisquer homenagens e honrarias, que meu trabalho como mesário e algumas vezes como escrutinador sempre esteve em primeiro lugar. Era mais importante. Assim, 58 anos se passaram. Em poucas eleições não estive atuando”, afirmou, se comprometendo a jamais deixar de votar e colaborar com a Justiça Eleitoral. “Votar, e de boa vontade, é consagrar seu legítimo direito.”