Mediação de conflitos pode integrar currículo de profissionais do ensino
Os vereadores Chico do Uberaba (PMN), Geovane Fernandes (PTB) e Helio Wirbiski (PPS) propõem a inserção de técnicas de mediação de conflitos nos cursos e estratégias de formação e capacitação da rede municipal de ensino (031.00057.2015).
Na prática, diretores, professores e educadores do ensino fundamental poderão aprender “a estimular uma atmosfera colaborativa dentro do estabelecimento a partir do hábito de diálogo, da consciência dos atos e resolução de conflitos por meio de soluções apresentadas pelos próprios envolvidos e, portanto, principais interessados em resolvê-los". Se aprovada e sancionada, a iniciativa deve ser regulamentada pela prefeitura.
A proposta é um substitutivo geral ao projeto apresentado em 2013, pelos mesmos vereadores, que pretendia instituir a função de mediador de conflitos na rede municipal de ensino (005.00439.2013). Esse texto criava a função de mediador, cujas atividades seriam as de mediar conflitos entre professores e alunos nos atos de indisciplina escolar, atitudes de rebeldias, agressões físicas e morais.
A alteração em relação ao projeto original atende observações do vereador Jorge Bernardi (Rede), relator da matéria na Comissão de Legislação, Justiça e Redação. No parecer, Bernardi destacou que o primeiro projeto tem vício de iniciativa, pois propunha a criação de função pública da administração direta, contrariando o inciso I do artigo 53 da Lei Orgânica do Município. Ele ainda apontou que a proposta original não indicou a estimativa do impacto orçamentário-financeiro, mesmo criando "despesa de caráter continuado".
Participação popular
A justificativa do novo projeto apresentado explica que a ideia surgiu de debates sobre violência nas escolas em audiência pública na Câmara Municipal no dia 27 de maio de 2013 (leia mais). Durante o encontro, foi salientado que a educação se pauta por três objetivos: desenvolvimento da pessoa de forma plena, preparação para o exercício da cidadania e preparação e qualificação para o trabalho.
Tramitação
Protocolado no dia 14 de dezembro, o projeto já foi lido no pequeno expediente, que se considera o início oficial da tramitação. No momento, o texto está na Procuradoria Jurídica, que emitirá uma instrução técnica sobre a legalidade da proposta e indicará por quais comissões temáticas ela deve ser analisada. Durante a análise dos colegiados, podem ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos faltantes, revisões no texto ou o posicionamento de outros órgãos públicos. Depois de passar pelas comissões, a matéria segue para o plenário e, se aprovada, para sanção do prefeito para virar lei. Todo esse processo pode ser acompanhado no Sistema de Proposições Legislativas (SPL) da Câmara Municipal.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba