O Centro Universitário Positivo realizou esta semana, entre os dias 18 e 20, o 3º Congresso de Jornalismo. O evento abordou questões sobre o Conselho Federal de Jornalismo, novas tecnologias em jornalismo, a charge no jornalismo, assessoria de imprensa e jornalismo investigativo.
O vereador e jornalista Mario Celso participou do debate, na manhã de segunda-feira, e comentou sobre a criação do Conselho Federal de Jornalismo. Para ele, a preocupação maior é com o poder que essa entidade passará a ter no exercício da profissão de jornalista. Até que o convençam do contrário, o parlametnar não é a favor do Conselho. Mario falou, também, sobre a repressão que sofreu na época da ditadura, quando, ao ler um artigo na Rádio Cruzeiro do Sul, foi imediatamente retirado do ar, sofrendo posteriormente represália e pressão psicológica.
Outra preocupação de Mario Celso é que o Conselho Federal de Jornalismo siga os moldes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde formandos de direito têm que fazer exame para atuar regularmente como advogados. O receio é que isso seja adotado na área de jornalismo e assim sejam criados cursinhos preparatórios para tais exames, com o intuito de obter lucro.
Mario Celso ainda falou sobre o estágio em jornalismo. Para ele, “é um absurdo que não tenha estágio em jornalismo”. O pior acontece depois que o aluno se forma, pois o mercado de trabalho está esgotado. “O mercado de trabalho exige muito do profissional e, se o jornalista não tiver experiência, é muito difícil que consiga emprego, por isso o estágio durante o curso é fundamental”, afirmou o vereador. Ao concluir seu comentário, Mario Celso foi aplaudido pela platéia, formada por alunos e professores de jornalismo, que acompanhava o Congresso de Jornalismo.