Manutenção é maior demanda de escolas municipais, aponta balanço
Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Turismo no ano passado, o primeiro da atual legislatura, Professor Euler (PSD) apresentou, na sessão desta segunda-feira (5) da Câmara de Curitiba, um balanço das atividades do grupo. O vereador destacou o resultado do programa de visitação às 185 escolas municipais, que havia sido anunciado por ele no início de 2017. Segundo o parlamentar, os diretores dos equipamentos públicos apresentaram 306 demandas a seu gabinete, sendo a maior parte pedidos de manutenção para as partes elétrica e hidráulica, piso, jardinagem, pintura, telhados e toldos dos edifícios.
“Nesses prédios antigos a rede elétrica não dá mais conta, com a ampliação do número de aparelhos que utilizamos”, citou. As visitas também identificaram demandas relacionadas à segurança das escolas; verba restrita e repasse do Fundo Rotativo; falta de motivação dos professores; merenda; e número de funcionários. Os pedidos resultaram em 212 protocolos à Prefeitura de Curitiba, com solicitações para melhorias nos equipamentos da rede municipal de educação.
Sobre o Fundo Rotativo, Professor Euler alertou que a quinta e última parcela não foi repassada, no final do ano passado. “Isso prejudica demais. Utilizado [o fundo] para a manutenção da estrutura física e compra de materiais, estraga todo o planejamento. R$ 3 milhões não é pouco dinheiro, se a gente pensar que têm sido usados 200 milhões para asfalto. Acho que é uma atitude que pode ser revista pela prefeitura no próximo ano”, disse.
Vice-presidente do colegiado, Professor Silberto (PMDB) afirmou que “a direção da escola conta com esses recursos”. “É a mesma coisa que chegar ao final do ano, ter salário a receber e a empresa cortar esse salário.” “Foi grande a preocupação com a quinta parcela”, completou Marcos Vieira (PDT), que também integrou a Comissão de Educação em 2017 e para quem também devem ser debatidos os furtos e casos de vandalismo nas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).
Apesar das demandas, Euler destacou iniciativas bem sucedidas de escolas municipais. Da Prefeito Omar Sabbag, por exemplo, lembrou que seis alunos receberam, há um ano, o prêmio Ozires Silva, na categoria Jovens Empreendedores, por um projeto de robótica desenvolvido no contraturno escolar. Professora Josete (PT), por sua vez, falou do projeto Equidade. Já Mauro Ignácio (PSB), que assim como a parlamentar não integra o colegiado, disse que os CMEIs inaugurados na gestão passada “sem previsão orçamentária” devem começar a funcionar neste ano.
Além de Euler, Silberto e Marcos Vieira, fizeram parte da Comissão de Educação, no ano passado, os vereadores Geovane Fernandes (PTB) e Mestre Pop (PSC). Os membros dos colegiados permanentes devem ser indicados pelos líderes, pelo período de um ano, até o dia 10 de fevereiro, observada a proporcionalidade partidária ou dos blocos parlamentares.
Leia mais:
Em 2017, Comissão de Educação emitiu 285 pareceres
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba