Manter a qualidade de vida de Curitiba é um grande desafio

por Assessoria Comunicação publicado 13/03/2008 16h30, última modificação 21/06/2021 07h10
A qualidade de vida conquistada por Curitiba é um processo altamente positivo para seus habitantes, mas também é um desafio cada vez maior e mais complexo para a administração Beto Richa. Quem afirma isso é o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), ao avaliar que “o desenvolvimento econômico da capital paranaense, alcançado com muito trabalho, colocou nossa cidade no grupo dos dez municípios brasileiros que concentram 25% de toda a riqueza produzida no País. Entretanto, essa conquista tem exigido receitas crescentes da gestão municipal e rigoroso controle das contas públicas”, observou.
Ele usou essa argumentação aproveitando a prestação de contas feita recentemente pelo secretário Municipal das Finanças Luiz Eduardo Sebastiani, no Legislativo, destacando que “manter nossa cidade com números tão positivos na economia tem sido um exercício crítico que merece elogios, mas ao mesmo tempo preocupa”, disse. “Curitiba atrai muita gente entre turistas e migrantes e vai continuar refletindo essa situação pelas boas condições de vida que oferece. Aqui nós sintonizamos crescimento econômico com desenvolvimento social e respeito aos interesses da cidadania, mas tudo isso implicou num verdadeiro salto nos investimentos em políticas sociais e na infra-estrutura da cidade, numa soma que passa de 1 bilhão de reais, só para falarmos do ano passado”, acrescentou.
Para Derosso, Curitiba tem uma característica mais desafiadora. “O desenho atual da gestão metropolitana, colocado na Constituição, contém entraves de natureza institucional, política e de financiamento e ainda não se tem clareza de como enfrentar a questão sob o desenho institucional posto, sem a repactuação da federação em torno da questão metropolitana. Os recortes metropolitanos criados não vêm a constituir uma dimensão política, além de que há uma gama de regiões sem um arcabouço que as estruture enquanto espacialidades. Tudo isso gera complexas dificuldades para a administração Beto Richa”, definiu.
O presidente da Câmara, entretanto, se diz otimista com o futuro da cidade e explica por quê: “Estamos vivendo num tempo muito mais democrático. Os curitibanos não são vistos nem como espectadores das realizações da Prefeitura, nem como simples consumidores da mercadoria urbana. Seus habitantes são pensados como cidadãos em construção, que, ao se construírem, constroem também a cidade. Estamos vivendo um momento histórico. Temos a possibilidade de ser protagonistas de um momento da história de nossas cidades porque estamos tomando parte num processo em que a utopia da cidade democrática começa a se concretizar.”