"Mamografia não tem fila no SUS", garante Mãe Curitibana

por Assessoria Comunicação publicado 22/10/2019 15h50, última modificação 11/11/2021 08h26
Nesta terça-feira (22), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) promoveu uma palestra com o tema “Outubro Rosa: saúde da mulher”. A iniciativa do evento foi da vereadora Julieta Reis (DEM) e teve apoio do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (SIEMACO-Curitiba). A vereadora agradeceu a presença de todos e realçou a importância de se discutir o tema. Ela lembrou que se detectados no início, 75% dos casos de câncer de mama têm cura. Mauro Ignacio (PSB) congratulou Julieta pela iniciativa e salientou a interação entre a vereadora e as pessoas da terceira idade. 

“Julieta é nossa professora”, disse o vereador Mauro Bobato (PODE). Para ele, “a maciça presença de pessoas nesse evento é a maior prova da credibilidade que ela possui em nossa cidade”. Dr. Wolmir (PSC) parabenizou Julieta pela iniciativa. “Presido a Comissão de Saúde, Bem Estar Social e Esporte e vejo que a vereadora tem trabalhado nessa causa. Para Wolmir, “o mais importante é expandirmos a cultura da prevenção. O mês de outubro foi escolhido para lembrarmos do câncer de mama, mas o cuidado deve ser todo o ano”.

O primeiro convidado a se manifestar foi Edvin Javier Boza Jimenez, coordenador do programa Mãe Curitibana, da Secretaria Municipal de Saúde. Ele contou que participa do programa desde seu início em 1999. “O que se verificou foi uma diminuição das mortalidades materna e infantil de 99 para cá. Mas segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os números tiveram um leve aumento nos últimos anos, o que pode ser uma decorrência do aumento do sedentarismo entre as mulheres; de um descuido alimentar; ou da postergação da gravidez”. O médico garantiu que no momento não há filas para a realização de mamografias no SUS. 

Karina Utrabo Prosdócimo, médica do Programa Mãe Curitibana, destacou o programa teve seu início na década de 90 , buscando a sensibilização da população, principalmente das mulheres, sobre os principais sinais do câncer de mama. “O diagnóstico precoce é fundamental para a cura. Trata-se de uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama gerando um  tumor que pode se comportar de diversas maneiras”. Ela explicou que há cânceres mais agressivos e outros menos. De acordo com ela, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele. “A doença é mais comum entre mulheres acima de 50 anos mas pode ocorrer com mulheres de qualquer idade”

Ela elencou alguns fatores de risco da doença, como por exemplo, a idade; o sexo feminino [ser mulher é um fator de risco]; o estilo de vida [sedentarismo, tabagismo, álcool, drogas sobrepeso]; antecedentes ginecológicos; postergação da gestação; e fatores genéticos e hereditários. A médica esclareceu que 28% dos casos podem ser reduzidos através de alimentação saudável, atividades físicas e controle do peso. Karina destacou que a amamentação é um fator de proteção da mama. “E também o auto-conhecimento, conhecer o próprio corpo. É necessário estimular as mulheres a conhecerem seu próprio corpo, a perceberem as mudanças que ocorrem ao longo do tempo” afirmou Karina. Ela também lembrou que o Ministério da Saúde recomenda a realização do exame a cada dois anos. “O SUS em Curitiba fornece mamografia sem filas para todas as idades, mas o rastreamento vai depender do acompanhamento individual de cada mulher”, alertou. Karina também destacou o slogan da campanha promovida pela prefeitura: “Você não pode prever o futuro mas pode se cuidar hoje”.

Cláudia Diniz, enfermeira do SIEMACO-Curitiba, também se manifestou e enfatizou as recomendações dadas por  Edvin Javier Boza Jimenez e Karina Utrabo Prosdócimo. Ela mencionou o caso de uma mulher que, aos 42 anos, descobriu por acaso ser portadora do câncer de mama e, justamente por ter detectado cedo o problema, pode se tratar. “Hoje ela faz apenas acompanhamento médico”, disse a enfermeira. Além disso, houve também apresentação do Grupo Dança Cigana da Praça Afonso Botelho, coordenado pela professora Regiane Atalah. Também compuseram a mesa: Rosane Hasselmann, coordenadora de Saúde do SIEMACO; Amélia Palhares, secretária do SIEMACO; e Lourédes Pacondes, diretora do SIEMACO.