Maio Amarelo e violência no trânsito são debatidos em plenário
O vereador Goura (PDT) foi à tribuna na sessão plenária desta terça-feira (9) para falar sobre as atividades de prevenção às mortes no trânsito durante a campanha Maio Amarelo. Segundo ele, este é um mês “de conscientização, não de celebração”, já que os dados “não são nada animadores”. “São dados de guerra civil, terríveis para a saúde pública”. Ele anunciou que no dia 26 de maio, das 9h às 18h, a Frente Parlamentar de Mobilidade Sustentável da Câmara de Curitiba vai promover um evento sobre o tema.
O parlamentar informou que o Brasil é o quinto país entre os recordistas em mortes no trânsito. “Segundo o Ministério da Saúde, em 2015 foram 37.306 óbitos e 204 mil pessoas feridas.” Acrescentou ainda que o Paraná é o terceiro estado brasileiro com maior número de mortes no trânsito, ficando atrás de São Paulo e Minas Gerais, com 3.164 mortes em 2013. “O gasto do Estado foi de R$ 1 bilhão para tratar de mortes no trânsito”, complementou.
Sobre o evento do dia 26, ele destacou que haverá um debate com a deputada federal Christiane Yared (PR) – mãe de Rafael de Souza, morto em um acidente de carro em 2009 – além de especialistas em trânsito. “Será na praça Eufrásio Correia, à tarde, e teremos vivências e ações educativas para que esse mês não passe em branco e para que tenhamos uma cidade mais calma, um transito mais calmo, desonerando a saúde”, disse.
O líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB), manifestou apoio à ação e lembrou que também foi vítima do trânsito. “No meu acidente foi um pedestre que atravessou a rua de forma irresponsável e fez com que eu perdesse meu braço.” Ele reforçou a importância de fazer seu depoimento pessoal para conscientização de todos “O meu acidente foi coisa grave, perdi 5 litros de sangue, fui internado praticamente morto, posso dizer que ressuscitei mesmo. Subi e desci. Um sujeito alcoolizado passou a pé na minha frente e eu capotei o carro. Desviei para não matar o pedestre e capotei.”
Emergências
Felipe Braga Côrtes (PSD) complementou o debate ao informar que o Samu e o Siate estão com dificuldades de encaminhar pessoas acidentadas aos serviços de emergência dos hospitais Cajuru, do Trabalhador e Evangélico. Ele disse que solicitou à prefeitura, por meio de requerimento protocolado ontem (8), informações sobre o atendimento em Curitiba, “haja vista relatos de que os pacientes têm sido enviados pelo Samu e pelo Siate para hospitais da região metropolitana, por falta de insumos e/ou capacidade dos hospitais desta Capital”, diz o documento (062.00261.2017).
“Matérias que saíram ontem em alguns jornais falam que a prefeitura admite que tem problemas e que a situação está grave em função do hospital Evangélico, que está atendendo só casos de queimadura, gravidez e lesão leve. Alguma coisa tem que ser feita.” Para ele, é importante que o Evangélico volte à ativa, “se não vai entrar em colapso todo o sistema”.
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