Depois de debates demorados entre vereadores, o plenário da Câmara de Curitiba aprovou o substitutivo ao projeto de lei de autoria do vereador Paulo Salamuni (PMDB), que torna obrigatório o desligamento dos equipamentos de fiscalização eletrônica de trânsito, no período entre 1h e 5h da manhã. Na defesa do seu projeto, Salamuni diz “que é louvável a intenção de proteger o pedestre através das lombadas eletrônicas e radares e ainda elogiou o fato de os semáforos, em sua maioria, permanecerem em alerta, mas acredita que, nos horários onde o trânsito é muito pequeno, principalmente de madrugada, estes locais se tornam perigosos pelo fato de o motorista diminuir muito a velocidade, passando a ficar sujeito a assaltos ou seqüestros”.
Para Salamuni, na madrugada os marginais atacam principalmente nos locais mais escuros e, com a redução da velocidade, os motoristas ficam mais expostos. Com a tolerância maior, ou seja, o aumento no limite de velocidade nestes locais, o risco diminuiria muito. Para os vereadores que votaram contra o projeto, já existe deliberação na esfera federal, limitando a velocidade nestes locais e o próprio Código Nacional de Trânsito disciplina a matéria. Alguns parlamentares questionam o resultado prático da medida e outros acreditam ser complicado mexer em toda a estrutura dos equipamentos para que a lei possa ser cumprida.
Os que votaram a favor do projeto alegam que, neste horário, as ruas estão vazias e os transtornos causados com a medida seriam muito pequenos. Outros acham que o aumento da velocidade dos veículos que transitam na madrugada inibirá a ação de marginais.
Depois de enviado à sanção do prefeito Cassio Taniguchi, se sancionado, o projeto estipula que a Urbs ficará responsável pela orientação aos motoristas.