Lixo tecnológico é tema de debate

por Assessoria Comunicação publicado 04/04/2008 18h40, última modificação 21/06/2021 08h56
O que fazer com o lixo tecnológico foi discutido em sessão plenária da Câmara de Curitiba, nesta semana. O diretor do Comitê pela Democratização da Informática (CDI), Edgar Spitz Pinel, esteve na Casa a convite do vereador Pedro Paulo (PT), em função da semana municipal da inclusão digital. A sugestão de Pinel é formar uma comissão com os vereadores, para discutir o impacto significativo causado pelo lixo tecnológico e os desafios da inclusão digital.
O crescimento do lixo oriundo de aparelhos eletrônicos usados preocupa curitibanos e brasileiros em geral. Computadores, televisões e iPods têm, entre seus componentes, elementos tóxicos, como bário e mercúrio, que prejudicam o meio ambiente. Pinel informou que cerca de 15% do material são reciclados. O restante acaba em lixões, poluindo o meio ambiente com seus componentes químicos. Exemplificou, ainda, que elementos de um monitor de computador demoram 300 anos para desaparecer da natureza. “O reaproveitamento é possível. O CDI faz peças de artesanato, por exemplo.”
O diretor ressaltou que estão sendo feitos estudos para o reaproveitamento do material e substituição por produtos que não agridam o ambiente. “A tecnologia também utiliza recursos naturais, que estão se esgotando. A nossa proposta inicial é a criação de uma comissão na Câmara para discutir o tema e criar legislação e alternativas para minimizar o problema na cidade. Soluções criadas em conjunto são de grande valia para a sociedade”, explicou, lembrando o apelido pelo qual Curitiba é conhecida. “Nada melhor do que dar este grande passo em Curitiba, capital ecológica”.
Campanha
No Legislativo, o CDI lançou uma cartilha sobre orientações ao uso responsável da internet, campanha da instituição, também apoiada pela Fundação Xuxa Meneghel, em defesa da criança e do adolescente. O material foi entregue aos vereadores.