Líder quer soluções para violência nas escolas

por Assessoria Comunicação publicado 05/04/2006 18h30, última modificação 08/06/2021 10h45
A criação de uma comissão especial multidisciplinar para avaliar e propor sugestões para a redução da violência nas escolas da rede municipal de ensino esta sendo proposta à prefeitura de Curitiba pelo vereador Mario Celso Cunha (PSDB). Lembrando episódios recentes registrados em escolas da Capital, o vereador sugere um estudo aprofundado sobre o assunto, que venha a incorporar experiências bem sucedidas já realizadas no Brasil e em outros países.
Para o vereador, “o problema de tomar proporções maiores se soluções não forem encontradas, em conjunto, pelo poder público, por especialistas em educação, por professores e pela própria comunidade, já que existe um envolvimento de toda a sociedade com a questão, que preocupa também, os países de primeiro mundo”. Segundo Mario Celso, “não chegamos a extremos como os registrados no Estados Unidos, como assassinatos em massa, mas não podemos ficar adotando soluções paliativas enquanto o problema aumenta”.
O líder do prefeito considera que representantes da Secretaria Municipal de Educação, Câmara Municipal, entidades de classe, associações de pais, profissionais da área de pedagogia e psicologia poderiam integrar a comissão, que estudaria a situação em Curitiba, avaliando a situação das escolas e propondo sugestões para combater a violência.
Exemplos
Segundo Mario Celso, existem vários exemplos de ações já desenvolvidas e que deram resultado em diversos casos. “Caso da iniciativa do empresário Roberto Demeterco, que criou em 1999 a Associação Projeto Não-Violência Brasil, que chegou a ter uma atuação destacada nas escolas públicas de Curitiba. Ou o projeto Pela Vida, Não à Violência, implantado no final da década de 80, em São Paulo, cuja atuação pode servir de referência para estudos, a partir dos procedimentos básicos que adotou”, sugeriu o vereador.
No caso do projeto paulista, os métodos adotados permitiram que se ampliasse o elo da escola com a comunidade em atividades como reforma da escola em mutirão, abertura da escola em fins-de-semana para atividades culturais, esportivas e comunitárias, cursos de primeiros socorros e debates sobre temas de interesse da comunidade relacionada à violência. A partir da ampliação da ligação com a comunidade, as queixas de violência foram reduzidas.
“Projetos como estes mostraram que é possível administrar a violência, mantendo-a em patamares que ofereçam um mínimo de tranqüilidade para o funcionamento da rede pública de educação”, completou.