Líder quer golpe do emprego investigado

por Assessoria Comunicação publicado 26/01/2007 14h00, última modificação 15/06/2021 08h13
O líder do prefeito na Câmara Municipal de Curitiba, Mario Celso Cunha (PSDB), fez apelo à Secretaria de Estado de Segurança Pública para que determine uma investigação junto a empresas que oferecem, através de classificados de jornais e da Internet, emprego sem sair de casa. Segundo denúncias que vem recebendo, muitas destas empresas praticam, na verdade, crime contra a economia popular, além de iludir quem procura emprego.
O vereador diz que o próprio Procon do Paraná também vem emitindo boletins onde alerta para a questão, lembrando que anos atrás, Curitiba e Região Metropolitana foram, nos anos 90, alvo de muitos golpes nestes moldes, prejudicando centenas de pessoas que encontram dificuldade para entrar no mercado de trabalho ou buscam uma nova colocação.
Segundo o vereador, o que acontece de maneira geral neste golpe é que o autor acaba por arrecadar expressivas quantias em conta bancária, a título de depósito inicial para fornecimento de produto ou material e depois desaparece, sendo que o interessado nem chega a receber material algum para trabalhar em sua residência.
Mario Celso diz que normalmente, nos anúncios, aparece apenas um nome fictício, normalmente estrangeiro, além de uma caixa postal, para onde deve ser enviado o vale postal, ou número de conta bancária sem o nome e identificação do titular da conta. “Iludido com a perspectiva de ganhar algum dinheiro para sua sobrevivência, os menos avisados emprestam dinheiro ou usam suas últimas economias para adquirir o primeiro lote de produto para iniciar a nova atividade. Em muitos casos, perde o dinheiro e nunca mais ouvirão falar da empresa”, acrescenta.
Em outros casos, o vereador diz que o interessado começa a receber produtos para vender, como calçados, revistas, cosméticos e outros. Depois, não conseguindo se desfazer dos produtos é obrigado a pagar por eles, sob pena de ser denunciado ao sistema de proteção ao crédito. “Em ambos os casos ocorre crime contra o consumidor, num golpe que cresce a cada dia e que deve motivar uma ação da polícia para proteger aqueles que já enfrentam problemas com o desemprego”, finaliza.