Líder lamenta tratamento da corrupção com projeto

por Assessoria Comunicação publicado 22/12/2009 15h00, última modificação 28/06/2021 11h22
O líder do prefeito na Câmara Municipal de Curitiba, Mario Celso Cunha (PSB), afirmou lamentar que no País seja necessário se apresentar um projeto para combater a corrupção, ao se referir à iniciativa anunciada pelo presidente Lula, nesta semana. “Para se combater a corrupção, já existe legislação suficiente. O que é necessário é se aplicar o que diz a lei, para livrar o Brasil dos escândalos”, afirmou o vereador, para quem o projeto – que se limita a altas autoridades federais – terá dificuldades para tramitar no Congresso.
“Além disso, pelo Senado e Câmara Federal tramitam vários projetos que tratam do mesmo assunto, inclusive um de autoria do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB), mas não existe muito entusiasmo de boa parte dos parlamentares para que o trâmite seja acelerado”, acrescentou o vereador.
Para Mario Celso, já existe uma cultura de que poderoso não vai para a cadeia por corrupção e os inúmeros escândalos que vêm sendo mostrados pela mídia comprovam a máxima popular. “O que aconteceu com o pessoal do mensalão do PT? Parece que só serviu para dar idéias para o governador José Arruda, de Brasília. Os casos são inúmeros e deixam claro de que não é por falta de projeto que combata a corrupção que ela deixará de existir, mas pela aplicação rígida das leis e pela modernização do Judiciário”, defende o líder.
Ele lembra que o Brasil é conhecido internacionalmente pela impunidade e que vários criminosos internacionais já procuraram viver aqui para ficarem livres da justiça de seus países, como no caso de Ronald Biggs, do assalto ao trem pagador inglês. “Além de aplicar a lei, é preciso se empenhar para que mude a mentalidade de nossos dirigentes e políticos. O bem público precisa ser tratado com o respeito que ele merece. O dinheiro que está sendo colocado com certeza vai deixar crianças sem escola, famílias sem casa para morar, doentes sem atendimento médico e assim por diante. É preciso criar a consciência do respeito ao ser humano que paga o imposto e dele depende em suas necessidades primárias”, complementou.