Líder lamenta debate tardio sobre reforma

por Assessoria Comunicação publicado 19/10/2005 15h30, última modificação 02/06/2021 09h48
O líder do prefeito na Câmara Municipal de Curitiba, Mario Celso Cunha (PSDB) lamentou, nesta quarta-feira, que, “faltando menos de um ano para as eleições, o País ainda não tem regras claras de como vai acontecer o processo de escolha de governadores, senadores e deputados”. Mesmo não sendo candidato em 2006, o vereador considera que a indefinição “é um desrespeito não só com aqueles que pretendem se candidatar, mas também com o eleitor”. Radialista, Mario lembra que até as regras dos campeonatos de futebol são decididas com mais de um ano de antecedência. “É inacreditável que ainda se discuta se muda ou não a forma de escolha de nossos representantes daqui a pouco mais de onze meses”, acrescentou.
O vereador se refere especialmente às articulações na Câmara Federal visando votar dois projetos, um desestimulando a troca de partidos e outro derrubando a verticalização. “ O pior é que nem o próprio presidente da Câmara, Aldo Rebelo, sabe se, aprovados, os projetos podem ou não entrar em vigor nas eleições do ano que vem. Teoricamente, o prazo para alterações expirou no dia 30, mas existe uma corrente defendendo que as mudanças podem acontecer até o último dia do ano, ou seja, pouco mais de nove meses antes das eleições, o que é no mínimo polêmico”, acrescenta Mario Celso.
Resposta
Para o vereador, o que o comando da Câmara Federal pretende é dar uma resposta à sociedade, depois que vários deputados foram envolvidos no caso do “mensalão” e o ex-presidente Severino Cavalcanti renunciou. “Assim, pontos fundamentais de uma reforma eleitoral foram deixados em segundo plano – caso do financiamento público e redução de custos das campanhas – para se debater, exclusivamente, medidas consideradas de maior impacto junto ao eleitor, como critérios mais rígidos para troca de mandato. Ou seja, se discute uma reforma meia-sola de regras para uma eleição cujos candidatos estarão em campanha daqui a dez meses”, acrescentou.
Mario Celso defende uma reforma política que torna as campanhas menos “milionárias”, que fortaleça os partidos e que tenha ampliada a fiscalização sobre recursos, mas considera que não pode aprovar mudanças no afogadilho. Tanto os candidatos, quanto os eleitores, merecem respeito, finaliza.