Líder do PDT comenta Carta de Porto Alegre

por Assessoria Comunicação publicado 23/06/2005 16h55, última modificação 26/05/2021 09h47
Ao fazer uso da tribuna, na sessão plenária desta quarta-feira (22), o líder do PDT na Câmara, vereador Jorge Bernardi, comentou sobre a reunião do diretório do partido, realizada em Porto Alegre, no último dia 20, por ocasião do primeiro aniversário da morte do seu fundador, Leonel Brizola.
O parlamentar leu a carta de Porto Alegre, redigida na oportunidade, onde o partido assume o compromisso de defender a apuração e punição de todos os envolvidos nos episódios de corrupção, suborno e desvio de dinheiro público que vêm sendo denunciados. O vereador ressaltou, também, que o partido irá protestar contra qualquer interferência do poder Executivo ou das forças políticas a ele ligadas, além de limitar, obstruir ou impedir a total averiguação da origem e dos responsáveis pelo fluxo criminoso de dinheiro.
Neste sentido, afirmou Bernardi, que o PDT, ao lado do PPS e do PV, quer a imediata instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para apurar o suposto "mensalão" pago a deputados da base governista. "O PDT, coerente com seu compromisso histórico com a ética na política, repele a impunidade e confia nas CPIs", finalizou o parlamentar.
Brizola
Leonel de Moura Brizola nasceu em 1922, em Carazinho, Rio Grande do Sul. Estudante de engenharia, ingressou no recém-fundado PTB, em 1945, para apoiar a política social de Getúlio Vargas. No curso de muitas lutas, Brizola cresceu e se afirmou como principal líder brasileiro de esquerda. No Parlamento, se tornou o líder das esquerdas e principal coordenador do grupo de pressão sobre Jango na execução das reformas de base, principalmente a agrária.
Quando se desencadeou o golpe militar de 1964,optou pelo exílio na Uruguai. De volta ao Brasil, exerceu dois governos no Rio de Janeiro.